Delegado Bardal teria recebido até R$ 100 mil de pedágio para não prender assaltantes de banco

A Operação Jogo Duplo deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, com apoio do Ministério Público, através da GAECO, prendeu na manhã desta quarta-feira (28) o delegado de polícia civil Tiago Bardal e mais 3 pessoas: o investigador João Batista Marques e os dois advogados Werther Ferraz e Ary Cortez Prado. Eles são suspeitos de receber “pedágio” para facilitar atuação de quadrilhas de roubo a banco, no interior do Maranhão.

O Delegado Bardal já estava afastado por ordem da justiça, depois de ter sido preso acusado de integrar uma quadrilha de contrabando.

Além das prisões, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos. Foram apreendidos diversos materiais como celulares, computadores e documentos.

O esquema de extorsão, denunciado por criminosos, funcionava com a participação do delegado e outras pessoas que facilitavam a atuação das quadrilhas. A cada roubo era feito pagamento ao delegado e grupo para que a quadrilha não fosse presa, em uma das ações foi pago “pedágio” de R$ 100 mil.

O grupo teria recebido a propina do assaltante de banco Adriano Brandão, recentemente resgatado de presídio no Pará em uma ação que envolveu mais de 100 presos. O pedágio teria sido pago em pelo menos cinco assaltos da quadrilha de Adriano, que atuava ainda no Pará, Tocantins e no Maranhão.

A justiça decretou prisões preventivas. A Polícia Civil tem dez dias para concluir o inquérito e mais pessoas podem ser presas.

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