Processo seletivo com vagas para todo Maranhão

Estão abertas, até o dia 21 de abril, inscrições para processo seletivo do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), para contratação de profissionais de nível médio e superior, para atuarem nas unidades dos órgãos em todo o Maranhão. Os salários variam de R$ 1.100 a R$ 5.711,86.

As inscrições são R$ 70 para ensino médio e R$ 90 para ensino superior. Podem ser feitas exclusivamente pela internet no https://sistemas.fiema.org.br/seletivos/. As avaliados são por prova objetiva, prática e entrevista. A etapa objetiva está prevista para dia 02 de maio, na cidade da vaga ofertada – São Luís, Imperatriz, Açailândia, Bacabal, Caxias, Rosário ou Balsas. Os seletivos serão executados pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e supervisionados pela Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Sistema Fiema.

São três seletivos, um na modalidade intermitente (prestação de serviços não contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade). As oportunidades são para cargos de instrutores nas áreas de informática, mecânica, química, metalmecânica, eletrotécnica, têxtil e vestuário, mecânica automotiva, madeira e mobiliário. Há ainda vagas para professor de língua inglesa, educação artística, história, matemática, biologia, geografia, física, língua portuguesa e educação física, além de contador, pedagogo e suporte técnico.

Jornalistas aderem ao MEI para serem empreendedores

Entre as ocupações permitidas para registro como Micro Empreendedor Individual (MEI), pelo menos sete podem ser aproveitadas por jornalistas que precisem se tornar empreendedores. Atualmente, 1.323 maranhenses se formalizaram no estado, conforme as estatísticas do Portal do Empreendedor do Sebrae. Neste, que é o Dia do Jornalista – 7 de Abril – uma opção para ter mais autonomia.

Dentre os 466 tipos de atividades para requerer um CNPJ como MEI, podem ser listadas como da área de atuação dos jornalistas: apurador, coletor e fornecedor de recortes de matérias publicadas em jornais e revistas independente, editor de jornais não diários independentes, editor de jornais diários independentes, editor de revistas independente, editor de vídeo independente, filmador de vídeo e fotógrafo independente.

Os registros se concentram no audiovisual, abrangendo quatro atividades  – apurador, coletor e fornecedor de recortes de matérias publicadas em jornais e revistas independente; editor de vídeo independente; filmador de vídeo; e fotógrafo independente. A estimativa é que cerca de 100 novos jornalistas são formados pelas universidades maranhenses e chegam ao mercado todos os anos.

O MEI permite a atuação em até 15 atividades profissionais. Além das sete  típicas de quem atua na Comunicação, é possível ampliar com atividades complementares que se adequem ao perfil do profissional. Tudo isso, podendo emitir notas fiscais e tendo acesso à seguridade social garantida a esse perfil jurídico.

Jornalistas podem procurar orientações em uma das 12 unidades regionais do Sebrae (Portal do Sebrae Maranhão – Encontre o Sebrae no Maranhão) no estado. De lá, já saem com o CNPJ, informações sobre recolhimento mensal dos tributos do MEI e outras necessárias à boa gestão do negócio.

Podem ainda se formalizar sozinhos e gratuitamente, no Portal do Empreendedor. Basta clicar na aba “Quero ser MEI” e seguir as instruções. Consultando o artigo ‘Jornalismo abraça o digital para ganhar novos horizontes’, é possível identificar oportunidades surgidas nesse ambiente atual de transformações da atividade jornalística.

Indígenas de cinco povos ocupam sede do Incra em São Luís

A sede do Incra em São Luís, capital do Maranhão, amanheceu na ultima segunda-feira, 6, ocupada por volta de 100 indígenas dos povos Akroá-Gamella, Krenyê, Gavião, Pychobyh e Tremembé. O protesto tem como objetivo visibilizar o descaso do órgão indigenista com relação à demarcação do território tradicional do povo Gamella, além de demandas fundiárias e sociais envolvendo os Krenyê, Tremembé e Gavião. A ocupação não tem prazo de duração. Lideranças quilombolas estão com os indígenas, em solidariedade.

Sede do Incra é ocupada em São Luis. Índios proíbem retirada de veículos do local, mesmo os de propriedade privada

O caso Akroá-Gamella é emblemático dada a situação de vulnerabilidade e violência impostas ao povo. “Mesmo o Governo Estadual do Maranhão tendo disponibilizado recurso financeiro, o Termo de Cooperação ainda não foi concluído pela Funai. Sentimos então que não há vontade político-administrativa para a publicação da portaria de criação do Grupo de Trabalho (GT) para a realização do Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação”, explica Kum’Tum Gamella.
Desde o último mês de maio, a Funai alega não conseguir elaborar o documento de cooperação com o governo maranhense por conta de questões técnicas. Após um massacre contra os Akroá-Gamella vitimar 22 indígenas, deixando dois deles com as mãos decepadas a golpes de facão, o governador Flávio Dino disponibilizou recursos para a realização da demarcação. A Funai aceitou a ajuda e se pronunciou afirmando não ter orçamento para executar o trabalho. No entanto, sequer encaminhou o orçamento e plano de trabalho.
Conforme Caw Gamella, representantes do governo maranhense explicam que só podem repassar a quantia com o Termo de Cooperação firmado. No dia 22 de outubro, Caw participou de uma audiência pública durante 165º Período de Sessões da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ocorrida em Montevidéu, no Uruguai, e denunciou o descaso da Funai, Ministério da Justiça e governo federal. A audiência tratou das violações aos direitos indígenas e quilombolas no Brasil. Os Tremembé também reivindicam um GT para a realização da identificação territorial.
No início da tarde o movimento de ocupação protocolou a pauta de reivindicação ao presidente da Funai, o general Franklimberg Ribeiro de Freitas. “A pauta fundiária é a principal, mas queremos também discutir com a Funai a efetivação de políticas de promoção social, tais como o acesso a benefícios previdenciários e emissão do Rani”, explica Kum’Tum. O povo Krenyê, por exemplo, reivindica a regularização do envio de cestas básicas: como a Funai não cumpriu com decisão da Justiça Federal e adquiriu terras a estes indígenas, os Krenyê têm dificuldades na produção de alimentos.
Empreendimentos nestes territórios são outras ameaças vivenciadas pelas aldeias. Os Gamella destacam a passagem de linhões de energia pelas terras e de novos projetos do gênero a serem executados. A reivindicação é para que o povo seja consultado conforme prevê a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com acompanhamento do Ministério Público Federal (MPF). “Cabe ressaltar também que por mais que o território não esteja demarcado, a Constituição Federal embarga tais projetos até a definição da demarcação”, pontua Kum’Tum Gamella.
Enquanto aguardam uma resposta do general da Funai, danças e rituais movimentam a ocupação. A Teia dos Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão apoia a ocupação, bem como o Movimento Quilombola (Moquibom), Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), Cáritas, Coletivo Nódoa, Jornal Vias de Fato, Comissão Pastoral pela Terra (CPT) e Conselho Indigenista Missionário (Cimi).