Sem Lula, Bolsonaro lidera em pesquisa

Sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) lidera a corrida eleitoral de 2018 para o Palácio do Planalto, seguido por Marina Silva (Rede), com quem empataria no segundo turno, e Ciro Gomes (PDT).

Os dados são de pesquisa da CNT/MDA realizada de 9 a 12 de maio com 2.002 eleitores, em 137 municípios em 25 estados. O estudo tem 2,2 pontos percentuais de margem de erro.

Bolsonaro aparece com 18,3% contra 11,2% de Marina em cenário com 14 candidatos. Nele, a candidata da Rede disputa a segunda colocação com o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, que aparece com 9%, configurando empate técnico.

Quando as candidaturas se restringem, o percentual dos dois candidatos se aproximam: em cenário com cinco candidatos, Bolsonaro fica com 19,7% e Marina com 15,1%.

Já em cenário em que o tucano Geraldo Alckmin é substituído pelo emedebista Henrique Meirelles, o deputado federal fica com 20,7% contra 16,4% da candidata da Rede.

A dupla é seguida por Ciro, com 11,1% e 12%, respectivamente.

Sem Lula, os principais beneficiados são Marina e Ciro Gomes, que ganham cerca de quatro pontos percentuais cada.  Além disso, sem o ex-presidente na pesquisa, o número de brancos e nulos chega a 30% —no cenário com o petista, soma 18%.

Quando aparece, Lula, mesmo preso em Curitiba, lidera a pesquisa: com 32,4% de intenções de voto. No segundo turno, venceria todos os candidatos.

Sem o ex-presidente, o vencedor da maior parte dos cenários seria Jair Bolsonaro, que só aparece empatado com Marina Silva, tendo ambos 27,2% das intenções de voto. Contra Ciro Gomes, o deputado tem 28,2% contra 24,2% do pedetista. Já o cenário mais favorável para o deputado é contra o presidente Michel Temer, onde aparece com 34,7% contra 5,3%.

De acordo com o presidente da CNT, Clésio Andrade, a saída do ministro aposentado Joaquim Barbosa (PSB) da disputa —ele não foi considerado nas perguntas— estimula o aumento de brancos e nulos.
Na pesquisa espontânea, o número de brancos, nulos e indecisos soma 61%.

Colocado como plano B para o PT, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, chega a apenas 4,4% das intenções de voto.

O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin é rejeitado por 55,9% dos eleitores, que dizem que não votariam nele de jeito nenhum. É um aumento de 5,2% em relação à pesquisa realizada em março de 2018. Ele tem de 4% a 8% de intenções de votos nos cenários estimulados.

Já o presidente Michel Temer se mantém com a maior taxa de rejeição, com 87,8%. Apenas 0,3% dos eleitores afirmaram que o emedebista seria o único candidato em quem votaria, e 7,8% afirmaram que seria possível votar nele.

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