Houve um tempo em que ter o sobrenome Sarney ou Murad na carteira de identidade significava prestígio e até vantagem na eleição. Mas já faz muito tempo. Com os sucessivos escândalos, denúncias e governos ruins envolvendo as duas famílias, esses sobrenomes passaram a ser rejeitados pelos eleitores. E se tornaram um peso nas eleições deste ano.
Não é à toa que as peças da campanha eleitoral de Roseana Sarney, Ricardo Murad e Andrea Murad vêm escondendo os sobrenomes dos três.
Assim, Roseana Sarney virou apenas Roseana. Ricardo Murad agora é apenas Ricardo. E Andrea Murad se tornou somente Andrea.
A recomendação foi feita pelo marketing eleitoral do trio. Foi a estratégia encontrada para tentar tirar o peso negativo da oligarquia, o que se reverte em alta rejeição do eleitorado.
O problema é que, durante décadas, esses rostos foram associados aos sobrenomes que têm. Vai ser difícil que a tática tenha sucesso.