Reforma da Previdência não pode prejudicar os mais pobres, diz Weverton

O senador Weverton (PDT-MA) criticou pontos da reforma da Previdência que prejudicam os mais pobres. De acordo com o parlamentar, a proposta do governo não ataca privilégios e prejudica os desfavorecidos.

“O trabalhador rural, por exemplo, terá que pagar mais e trabalhar por mais tempo. A proposta muda de 15 para 20 anos o tempo de contribuição da categoria. Esses trabalhadores ainda terão que contribuir com R$ 600,00 por safra. É um absurdo”, explicou.

Weverton também não concorda com o aumento do tempo de serviço das professoras.

“Elas contribuirão 40 anos para ter direito a aposentadoria integral. Pela regra atual, são 25 anos. Como não há regra de transição, a professora que já está perto de se aposentar terá que trabalhar mais 15 anos. Isso não é justo”, enfatizou.

Antes de chegar ao Senado, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência precisa ser aprovada na Câmara. O texto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e será analisado agora por uma Comissão Especial da Câmara dos Deputados.

Se aprovada, a PEC seguirá para a ordem do dia do plenário da Casa, onde será votada em dois turnos. Para ser aprovada nessa etapa, é necessário que a proposta receba três quintos dos votos (308), em votação nominal.

“Depois da Câmara o texto será analisado no Senado. Os parlamentares precisam ter sabedoria e responsabilidade na análise da PEC. Temos que fazer um debate franco, não só com o Congresso, mas com todo o povo brasileiro Sou contrário a uma reforma que atinja os direitos dos mais pobres”, ressaltou.

Weverton afirma que é preciso tirar o Brasil da crise econômica, mas a reforma da Previdência tem que ser justa com todos e atenta a regras de transição razoáveis. O parlamentar pediu atenção a determinados pontos do texto que, se não forem bem analisados, prejudicarão especialmente as mulheres.

“Essa reforma não pode penalizar a mulher, o trabalhador rural, o professor, a professora. Não vamos aceitar uma proposta que favoreça apenas quem está no topo da cadeia econômica”, destacou.

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