Capelli aponta que acampamento bolsonarista foi central em ataques do 8 de janeiro

O interventor federal na Segurança Pública do Distrito Federal (DF), Ricardo Cappelli, apontou que o acampamento bolsonarista em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, como central para os ataques golpistas que resultaram na invasão e depredação das sedes dos três poderes, no dia 8 de janeiro, na capital.

“Isso [a centralidade do acampamento] fica claro e evidente porque todos os atos de vandalismo que aconteceram na capital, passaram, tiveram a sua organização, o seu planejamento e o ponto de apoio naquele acampamento que virou um centro de construção de planos contra a democracia brasileira”, disse.

Cappelli disse ainda que houve falta de comando e responsabilidade do então secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, e do alto comando da Polícia Militar no planejamento operacional relacionado aos atos do dia 8, uma vez que havia um relatório de inteligência mostrando a intenção de prática de violência.

“Na melhor das hipóteses faltou comando e responsabilidade. A Justiça está apurando e esse conjunto de coincidências podem caracterizar algo muito pior do que ausência de comando e responsabilidade”, afirmou.

As considerações de Cappelli foram feitas durante a entrega do relatório detalhado sobre o episódio. A previsão era de que o documento fosse entregue na última quinta-feira, mas houve adiamento para que imagens da depredação ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) fossem analisadas.

O interventor disse que o documento servirá para apurar o que aconteceu e na individualização das condutas das pessoas envolvidas com os ataques. Cópias do relatório foram encaminhadas para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), e para o ministro do STF, Alexandre de Moraes, responsável por conduzir o inquérito que apura os atos.

O documento pode ser acessado na íntegra, na página do ministério.

Relatório sobre ataques é entregue ao STF; Dino diz que documento traz “tudo sobre aquele dia”

O relatório com informações sobre a invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e das dependências do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro de 2023 está pronto. O documento será entregue pelo interventor federal na segurança pública do Distrito Federal e secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Cappelli ao STF, nesta sexta-feira (27),

Nos últimos dias, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), deu indícios do conteúdo do relatório. “Esse relatório do Capelli vai narrar todos os fatos que levaram aos eventos do dia 8 de janeiro”, afirmou Dino.

O ministro citou que o documento traz, desde a montagem e manutenção de acampamentos ilegais, como esses acampamentos funcionaram, as tentativas de retirar estas estruturas e como isso funcionou como referência para a perpetuação de crimes.

“O relatório vai mostrar a dinâmica do que aconteceu entre os dias 6 e 9 de janeiro. Esse passo a passo vai revelar que houve problemas de planejamento e na execução”, explicou Flávio Dino.

Prefeitura maranhense é investigada por suposta fraude licitatória

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (26), uma operação que investiga a prefeitura do município de Cachoeira Grande, a 138 km de São Luís. A operação Deterrimus tem como alvo, suspeitos de cometer fraudes licitatórias.

A investigação teve início a partir do encaminhamento de informações do Ministério Público de Contas do Estado do Maranhão. O Ministério havia identificado suposta simulação e direcionamento em processo licitatório que visava a contratação de empresa para aquisição de material de limpeza e descartáveis.

O intuito era atender as secretarias de Cachoeira Grande, cujos contratos somados superam o valor de 430 mil reais. Tendo confirmado as suspeitas do Ministério Público de Contas, a Polícia Federal constatou ligações financeiras entre os empresários que participaram do processo licitatório, além de grande probabilidade de utilização de empresas de fachada.

Além de Cachoeira Grande, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão nos municípios de São José de Ribamar, Bacuri e na capital do estado, São Luís.

Caso sejam confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação,  lavagem de capitais e associação criminosa com penas que somadas podem chegar a 21 anos de prisão.

Segundo a Polícia Federal, a escolha do nome “Deterrimus” possui relação de oposição com o nome do principal alvo das investigações. Deterrimus, em latim, significa “muito pior”, sendo sinônimo de “péssimo”.

Operação prende nove suspeitos por tráfico de drogas no Maranhão

A Polícia Civil realizou uma operação nesta terça-feira (24) e prendeu nove pessoas por suposto envolvimento com o tráfico drogas. Segundo a investigação, o suposto crime ocorreu nos municípios de Pinheiro, São Vicente Ferrer, São João Batista e Cajapió.

Batizada de ‘Gaiola’, a operação cumpriu 14 mandados de busca e apreensão e nove de prisão preventiva que foram expedidos pela Justiça.

Segundo a polícia, o suposto grupo criminoso tinha atuação região da baixada maranhense com o comércio de drogas, que vinha de Minas Gerais. No Maranhão, a droga era recebida por um suspeito em São Vicente Ferrer e distribuída a outros municípios da baixada.

Além das prisões preventivas, duas pessoas foram autuadas em flagrante pelo crime de tráfico de drogas porque a polícia encontrou, em suas residências, maconha, além de apetrechos utilizados para o tráfico.

Durante a operação também foram apreendidas duas pistola na residência de um dos investigados. Todos os detidos foram encaminhados a presídios na região.

Operação policial prende suspeitos por falsificação de documentos públicos

A Polícia Civil do Maranhão realizou operação contra uma quadrilha especializada em falsificação de documentos públicos.. Segundo as investigações, o grupo praticava diversas fraudes no Maranhão. Durante a ação, duas pessoas foram presas em São Luís.

De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos conseguiam ter acesso a centenas de documentos de identidade, entre originais, adulterados e falsificados. Com o auxílio de terceiros, eles recebem valores de empréstimos bancários e previdenciários adquiridos em nome de pessoas reais ou fictícias.

O grupo vinha sendo investigado desde o ano passado. Na primeira fase de operação, realizada em 27 de julho, duas pessoas suspeitas de envolvimento com o esquema criminoso, já haviam sido presas ao tentar abrir uma conta em um banco com uso de documentos falsos.

A polícia afirmou que as investigações devem continuar sendo realizadas para tentar identificar todos os membros da organização criminosa, tais como agentes públicos e funcionários de instituições financeiras.

Os suspeitos detidos foram encaminhados ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde vão permanecer à disposição da justiça. A operação aconteceu com o apoio da Superintendência Estadual de Investigação Criminais (Seic).

Bolsonaro rebate Lula e diz que caso Yanomami é “farsa da esquerda”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu as falas do atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afirmou que a culpa é dele pela crise humanitária dos povos Yanomamis.  “Um crime premeditado” e um “genocídio”, disse o petista se referindo a Bolsonaro em uma rede sociais.

Em seu canal no Telegram, Bolsonaro apontou o caso dos Yanomamis como “mais uma farsa da esquerda”, e destacou ações que seu antigo governo fez em prol do território indígena em quatro anos.

“Os cuidados com a saúde indígena são uma das prioridades do governo federal. De 2019 a novembro de 2022, o Ministério da Saúde prestou mais de 53 milhões de atendimentos de Atenção Básica aos povos tradicionais, conforme dados do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do SUS, o SasiSUS”, alegou Bolsonaro.

Ele postou ainda que, “o Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo Coronavírus em Povos Indígenas é o legado de um planejamento que atendeu os 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei) e englobou diversas iniciativas a partir de 2020. Assim, foi possível ampliar 1,7 mil vagas no quadro de profissionais na saúde indígena e a contratação de 241 profissionais”.

Ainda segundo Bolsonaro, o governo dele adotou protocolos sanitários de entrada no local durante a crise sanitária e operações ofertaram consultas especializadas à população local.

“As 20 operações contaram ainda com parceria do Ministério da Defesa, além de outras organizações governamentais e não governamentais. Foram atendidas localidades dos seguintes distritos: Alto Rio Negro, Vale do Javari, Leste de Roraima, Yanomami, Amapá e Norte do Pará, Xavante, Araguaia, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Alto Rio Juruá, Kayapo do Pará, Guama Tocantins e Alto Rio Solimões”, detalhou.

Flávio Dino determina que Polícia Federal investigue crime contra Yanomami

A Polícia Federal (PF) vai investigar crime ambiental e de genocídio contra o povo Yanomami, em Roraima. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, vai pedir a abertura de um inquérito. A apuração iniciou nesta segunda-feira (23).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou o povo Yanomami, em Roraima, no último sábado, em meio a uma viagem para o resgate de crianças indígenas desnutridas e com diversas doenças na região. Na última sexta, foi decretado estado de Emergência em Saúde de Importância Nacional (Espin) no território.

“Há fortes indícios de crime de genocídio”, declarou Flávio Dino, segundo o MJSP. O ministro também está no estado acompanhando o presidente Lula.

Falta de medicamentos

Em novembro, a Polícia Federal fez uma operação contra o desvio de remédios para malária e verminoses, destinados para crianças indígenas Yanomami. Na ocasião, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão. A operação foi baseada em uma investigação do Ministério Público Federal (MPF), que se iniciou após uma denúncia da Hutukara, associação Yanomami.

Lista aponta 11 maranhenses envolvidos nos atos de vandalismo no Distrito Federal

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal divulgou a listagem atualizada de todos os envolvidos nos ataques à Praça dos Três Poderes, em Brasília. 11 maranhenses estão entre os listados. Os nomes foram divulgados no último domingo.

Os presos participaram da invasão e depredação das sedes do Supremo Tribunal Federal, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional no último dia 8 de janeiro. 7 mulheres e 4 homens maranhenses estão entre os detidos.

São eles: Antônio Marques da Silva – 48 anos, Danyele Kristy Santos Rios da Silva – 32 anos, Edigleuma Maria da Rocha – 46 anos, Edmilson de Sousa Pereira  – 31 anos, Francisca Elisete Cavalcante Farias – 43 anos, Izaquiel Cruz Fernandes –  34 anos, Joseneide Martins Silva – 40 anos, José Alves Costa – 51 anos, Kerilene Santos Lopes – 36 anos, Maria de Fátima Almeida Barros – 50 anos e Zulene Silva de Carvalho – 58 anos.

Ainda segundo as listagens da Secretaria, os maranhenses Danyele Kristy Santos, Edigleuma Maria da Rocha, Joseneide Martins Silva, Maria de Fátima Almeida Barros, Zulene Silva de Carvalho e Antônio Marques da Silva foram liberados, mas são monitorados por tornozeleira eletrônica.

Mais de 380 investigados pelos ataques no DF permanecem na prisão

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva de 386 acusados de participarem dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O ministro também decidiu colocar 115 investigados em liberdade, mediante a adoção de medidas cautelares.

Até o momento, foi analisada a situação de 1.075 presos. Desses, 740 tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva, por tempo indeterminado, e 335 foram soltos. No total, 1,4 mil pessoas foram presas em Brasília após os atos.

Os investigados que serão soltos deverão colocar tornozeleira eletrônica, estão proibidos de sair de suas cidades e de usar redes sociais. Além disso, eles terão os passaportes cancelados e os documentos de posse de arma suspensos.

Após as prisões, Alexandre de Moraes delegou as audiências de custódia para juízes federais e do Tribunal de Justiça do DF. As informações sobre os presos são centralizadas no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e remetidas ao ministro, a quem cabe decidir sobre a manutenção das prisões.

Após sofrer insultos em rádio de Porto Alegre, Dino cobra retratação

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), usou suas redes sociais, na manhã desta quarta-feira (18), para pedir retratação por uma série de ofensas proferidas por comentarista, apresentador e convidados do programa Boa Tarde Brasil, transmitido pela rádio Guaíba, de Porto Alegre.

Em programa ao vivo, um dos comentaristas, o advogado Luiz Antônio Beck, chamou Dino de “comunista obeso”. “O Dino é uma hipocrisia total, porque ele é um… Nada contra os obesos, mas ele é uma pessoa obesa. E um COMUNISTA OBESO não dá. Poderiam comer três ou quatro famílias com aquilo que ele come diariamente”, disparou, sendo endossado pelo apresentador Julio Ribeiro e os outros convidados.

Dino se manifestou em suas redes sociais. “Soube que em uma rádio do RS se dedicaram a comentários agressivos, preconceituosos e criminosos contra mim. Espero retratação. De todo modo, adianto que não invejo a esqualidez de pessoas que precisam de Código Penal, Código de Ética e um espelho”, postou.