Bolsonaro, Cid e mais 15 são indiciados por fraude em certificado vacinal

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e mais 15 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por falsificação de certificados vacinais.

A PF aponta que houve crime pelo uso indevido de uma documentação falsa. O indiciamento de Bolsonaro significa que o Ministério Público terá que tomar decisão se apresenta denúncia contra o trio ou arquiva a investigação. A informação foi publicada pelo blog da Daniela Lima e confirmada pelo UOL.

Procurada pelo UOL, a defesa do ex-presidente disse “estranhar” o procedimento. Os advogados informam que tentaram ontem, por volta das 19h, adquirir atualizações do processo e nada constava.

As inserções de dados falsos sobre as vacinas teriam ocorrido entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, segundo a PF. O período contempla a gestão de Marcelo Queiroga à frente do Ministério da Saúde.

Os registros tinham inconsistências. Conforme mostrou o UOL, os registros de vacinação das filhas de Cid indicam que elas teriam recebido a primeira dose da vacina contra covid-19 quando ainda não havia começado a campanha de imunização para crianças e adolescentes. Além disso, teriam tomado Jassen quando tinham menos de 18 anos, o que não é permitido.

À PF, Bolsonaro negou em depoimento que tenha orientado a falsificação do certificado.

Em maio de 2023,o ex-presidente disse que “jamais se vacinou, que desconhecia toda e qualquer iniciativa para eventual falsificação, inserção, adulteração no seu cartão de vacinação bem como de sua filha”. Ele disse ter tomado conhecimento do cartão falso no dia da deflagração da operação que prendeu Cid e da qual ele também foi alvo de busca e apreensão.

Por Uol

Veja lista completa | CPI dos Atos Golpistas: relatora pede indiciamento de Bolsonaro, Torres, Cid, Braga Netto e militares

A relatora da CPI dos Atos Golpistas, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pede em seu relatório o indiciamento de 61 pessoas, entre civis e militares. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e parte do núcleo de governo dele – cinco ex-ministros e quatro ex-auxiliares – estão na lista.

O relatório final, protocolado no sistema do Senado, foi apresentado na manhã desta terça-feira (17) ao colegiado. A votação, no entanto, deve ocorrer somente na quarta (18).

Além de focar no entorno de Bolsonaro, o documento confirma o apelo de parlamentares da base aliada ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pede o indiciamento de militares das Forças Armadas, como os ex-comandantes da Marinha, Almir Garnier Santos, e do Exército, Marco Antônio Freire Gomes.

Também estão no rol integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal, responsável pela segurança da Esplanada dos Ministérios (veja a lista completa abaixo).

Os pedidos feitos por Eliziane no parecer não significam indiciamentos automáticos. A lista é, na prática, uma sugestão. Cabe aos órgãos responsáveis, como o Ministério Público, avaliar a apresentação de denúncias.
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Os indiciados

O parecer da senadora sugere indiciamentos por 26 delitos diferentes. Os crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de depor governo legítimo são os mais frequentes.

No total, os dois tipos penais foram atribuídos a 46 pessoas.

São indiciados pela relatora no documento:

  1. ex-presidente Jair Bolsonaro
  2. general Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa
  3. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e então secretário de Segurança Pública do DF nos atos
  4. general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Bolsonaro
  5. general Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro
  6. general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro
  7. almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha
  8. general Freire Gomes, ex-comandante do Exército
  9. tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e principal assessor de Bolsonaro
  10. Filipe Martins, assessor-especial para Assuntos Internacionais de Bolsonaro
  11. deputada federal Carla Zambelli (PL-SP)
  12. coronel Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
  13. general Ridauto Lúcio Fernandes
  14. sargento Luis Marcos dos Reis, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
  15. major Ailton Gonçalves Moraes Barros
  16. coronel Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde
  17. coronel Jean Lawand Júnior
  18. Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de inteligência do Ministério da Justiça e ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF
  19. Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal
  20. general Carlos José Penteado, ex-secretário-executivo do GSI
  21. general Carlos Feitosa Rodrigues, ex-chefe da Secretaria de Coordenação e Segurança Presidencial do GSI
  22. coronel Wanderli Baptista da Silva Junior, ex-diretor-adjunto do Departamento de Segurança Presidencial do GSI
  23. coronel André Luiz Furtado Garcia, ex-coordenador-geral de Segurança de Instalações do GSI
  24. tenente-coronel Alex Marcos Barbosa Santos, ex-coordenador-adjunto da Coordenação Geral de Segurança de Instalações do GSI
  25. capitão José Eduardo Natale, ex-integrante da Coordenadoria de Segurança de Instalações do GSI
  26. sargento Laércio da Costa Júnior, ex-encarregado de segurança de instalações do GSI
  27. coronel Alexandre Santos de Amorim, ex-coordenador-geral de Análise de Risco do GSI
  28. tenente-coronel Jader Silva Santos, ex-subchefe da Coordenadoria de Análise de Risco do GSI
  29. coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF
  30. coronel Klepter Rosa Gonçalves, subcomandante da PMDF
  31. coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante do Departamento de Operações da PMDF
  32. coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, comandante em exercício do Departamento de Operações da PMDF
  33. coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, comandante do 1º CPR da PMDF
  34. major Flávio Silvestre de Alencar, comandante em exercício do 6º Batalhão da PMDF
  35. major Rafael Pereira Martins, chefe de um dos destacamentos do BPChoque da PMDF
  36. Alexandre Carlos de Souza, policial rodoviário federal
  37. Marcelo de Ávila, policial rodoviário federal
  38. Maurício Junot, empresário
  39. Adauto Lúcio de Mesquita, financiador
  40. Joveci Xavier de Andrade, financiador
  41. Meyer Nigri, empresário
  42. Ricardo Pereira Cunha, financiador
  43. Mauriro Soares de Jesus, financiador
  44. Enric Juvenal da Costa Laureano, financiador
  45. Antônio Galvan, financiador
  46. Jeferson da Rocha, financiador
  47. Vitor Geraldo Gaiardo , financiador
  48. Humberto Falcão, financiador
  49. Luciano Jayme Guimarães, financiador
  50. José Alipio Fernandes da Silveira, financiador
  51. Valdir Edemar Fries, financiador
  52. Júlio Augusto Gomes Nunes, financiador
  53. Joel Ragagnin, influenciador
  54. Lucas Costar Beber, financiador
  55. Alan Juliani, financiador
  56. George Washington de Oliveira Sousa, condenado por envolvimento na tentativa de atentado ao aeroporto de Brasília
  57. Alan Diego dos Santos, condenado por envolvimento na tentativa de atentado ao aeroporto de Brasília
  58. Wellington Macedo de Souza, condenado por envolvimento na tentativa de atentado ao aeroporto de Brasília
  59. Tércio Arnaud, ex-assessor especial de Bolsonaro apontado como integrante do chamado “gabinete do ódio”
  60. Fernando Nascimento Pessoa, assessor de Flávio Bolsonaro apontado como integrante do chamado “gabinete do ódio”
  61. José Matheus Sales Gomes, ex-assessor especial de Bolsonaro apontado como integrante do chamado “gabinete do ódio”

Por O Anhanguera

Acusações e pouco diálogo propositivo marcam debate entre Lula e Bolsonaro

Um debate marcado pela falta do diálogo. Essa foi a tônica do último encontro entre os candidatos ao Planalto antes do segundo turno, realizado pela TV Globo, na noite de sexta (28). Por pouco mais de duas horas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) promoveram um debate com poucas propostas, com muitas referências ao passado e calcado em ataques.

Com a tensão presente na interação entre os candidatos, que qualificavam o adversário com termos que iam de mentiroso a descompensado, nem o mediador do debate, o jornalista William Bonner, conseguiu manter a paciência. Em meio ao clima bélico, Lula pode ser saído como vencedor do debate.

Bolsonaro e Lula pouco se preocuparam com os eleitores indecisos e podem ter apenas agradado suas ‘bolhas’. Com a maior parte do tempo dedicada a ataques mútuos, faltou debater propostas. E não houve nenhum grande fato novo, que poderia alterar o cenário polarizado, no qual o petista teve vantagem no primeiro turno e está melhor nas pesquisas para a eleição de domingo.

Foi um debate de surdos, com críticas mútuas e sem qualquer chance de diálogo. Um candidato perguntava e outro respondia sobre outro assunto. Bolsonaro explorou novamente os processos aos quais Lula respondeu na Justiça.

O debate foi uma troca mútua de ataques e xingamentos. Tanto um quanto outro se referiu ao adversário como mentiroso. Esse tipo de acusação, de maneira geral, não favorece o agressor, a não ser que seja acompanhado de provas.

Bolsonaro repetiu todo o seu repertório e encontrou um Lula mais preparado e na sua melhor performance em todos os debates. Lula imprimiu uma tônica de estadista. Martelou o fato de o Brasil ter se isolado do mundo. Citou os escândalos familiares de corrupção da família Bolsonaro e, no geral, enfrentou melhor os ataques de Bolsonaro.

A votação será no domingo (30), das 8h às 17 horas.

Lula na frente de Bolsonaro, mostra pesquisa Datafolha

A nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (27), mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 49% das intenções de voto totais. Já o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), oscilou um ponto para baixo e agora tem 44% dos votos.

Considerando os votos válidos, a distância entre os dois candidatos aumentou dois pontos quando, são excluídos os votos nulos, brancos e os indecisos. Segundo o Datafolha, Lula tem agora 53% dos votos válidos contra 47% de Bolsonaro, distância de seis pontos percentuais.

A pesquisa foi feita entre terça-feira e esta quinta. O Datafolha entrevistou 4.580 pessoas, em 252 municípios, entre os dias 25 e 27 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-04208/2022.

Rejeição

A rejeição aos dois candidatos permaneceu a mesma registrada há uma semana: 50% dos eleitores não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro e 45% afirmam que jamais votariam em Lula.

Regiões

Na análise por regiões, destaque para a virada de Lula na região Norte. Há uma semana, o petista tinha 46% dos votos contra 50% de seu adversário. Agora, Lula tem 48% dos votos e Bolsonaro tem 47%.

Colégios eleitorais

Em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, Bolsonaro tem 49% dos votos ante 43% de Lula. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, ou seja, o cenário pode ser de empate técnico entre os paulistas.

A mesma situação acontece em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral, onde Lula tem a vantagem, mas também pode haver empate técnico: o petista tem 48% dos votos contra 43% do atual presidente. No terceiro maior colégio, o Rio de Janeiro, Bolsonaro tem 51% dos votos contra 41% de Lula.

Gênero

Entre as mulheres, Lula cresceu 1 ponto (de 51% para 52%) e Bolsonaro caiu um ponto (de 42% para 41%). Entre os homens, os dois oscilaram negativamente: o petista caiu de 47% para 46% dos votos e o atual presidente caiu de 49% para 48%.

Renda

Na análise por faixa de renda, destaque para o crescimento importante do ex-presidente entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos, de 57% para 61%. Nessa faixa do eleitorado, Bolsonaro caiu de 37% para 33% dos votos.

Em contrapartida, Bolsonaro teve um bom crescimento entre quem ganha de 5 a 10 salários, de 54% para 60%. Nesse grupo, Lula oscilou negativamente de 41% para 32%.

Ipec no segundo turno: Lula tem 54% e Bolsonaro, 46%

Pesquisa Ipec realizada com entrevistas pessoais, encomendada pela TV Globo e divulgada na noite desta segunda-feira (24), aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente no segundo turno eleitoral, com 54% dos votos válidos. O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 46%. Votos válidos são calculados com exclusão de brancos, nulos e indecisos.

Em votos totais, Lula tem 50% e Bolsonaro, 43%, no cenário estimulado —quando os eleitores recebem uma lista dos candidatos.

Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados não recebem a lista de candidatos previamente, Lula tem 48% das intenções de voto e Bolsonaro, 42%. Os votos em branco e nulo oscilam de 6% para 5%.

A pesquisa realizou 3.008 entrevistas face a face em 183 municípios entre os dias 22 e 24 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE sob o número BR-06043/2022 e custou R$ 356.901,84.

O segundo turno eleitoral acontecerá no próximo domingo (30).

Rejeição
A pesquisa também testou a rejeição dos candidatos ao Planalto. Bolsonaro ficou com 47%; e Lula com 41%.

A oito dias do segundo turno, pesquisas mostram vantagem de Lula

A vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto varia de 2,6 para mais a 8 para menos. A maior distância foi registrada pela pesquisa Ipec (ex-Ibope), realizada de 15 a 17 de outubro de 2022. No levantamento, o petista tem 54%, enquanto Bolsonaro registra 46% dos votos válidos.

A pesquisa PoderData, realizada de 16 a 18 de outubro, mostra o ex-presidente liderando a disputa com 52% dos votos válidos na sucessão presidencial. Bolsonaro tem 48%. Os mesmos números foram registrados pelo último levantamento Datafolha.

As últimas pesquisas Quaest e Ipespe registraram a mesma porcentagem para os candidatos: 53% para o petista e 47% para o atual presidente.

Todas estas pesquisas estão registradas na Justiça Eleitoral. O segundo turno será realizado em 30 de outubro.

Eleições 2022: Último debate entre Lula e Bolsonaro será dia 28, na Globo

O último debate do segundo turno entre os candidatos à Presidência da República será na próxima sexta-feira (28), na Globo, a partir das 21h30. O debate, mediado por William Bonner, poderá ser acompanhar ao vivo ainda, pelo g1, GloboNews e no Globoplay. Participam do debate os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dois disputam o segundo turno das eleições no domingo (30).

As regras do programa foram aprovadas pelas assessorias dos dois candidatos.

Neste debate, os candidatos terão que administrar o próprio tempo entre perguntas, respostas, réplicas e tréplicas. O tempo poderá ser utilizado e dividido da maneira como cada candidato preferir, mas não poderá ser ‘guardado’ de um bloco para o outro.

No primeiro bloco, por exemplo, cada um dos presidenciáveis receberá o tempo de 15 minutos. Se o candidato usar 1 minuto para fazer a primeira pergunta, terá 14 minutos restantes para fazer a tréplica, novos questionamentos ou responder questões feitas pelo adversário.

Blocos

O debate terá quatro blocos, sendo dois com temas livres e outros dois com temas determinados. Primeiro bloco: 30 minutos de debate com tema livre. Cada candidato terá que administrar o tempo de 15 minutos para perguntas, respostas, réplicas e tréplicas;

Segundo bloco: 20 minutos de debate com temas determinados, sendo dividido em duas rodadas de 10 minutos. Cada candidato terá direito a escolher um tema que foi definido pelo Jornalismo da Globo. Neste bloco, os candidatos terão 5 minutos de fala para cada uma das rodadas;

Terceiro bloco: mais 30 minutos de debate com tema livre. Assim como no primeiro bloco, os candidatos terão que administrar o tempo de 15 minutos para perguntas e respostas;

Quarto bloco: mais duas rodadas de 10 minutos com temas definidos, sendo que os candidatos terão 5 minutos de tempo de fala em cada rodada. Neste bloco, os candidatos também terão direito a 1 minuto e 30 segundos cada para considerações finais.

A ordem de quem começará questionando e quem começará respondendo em cada bloco foi definida em sorteio.

Direito de resposta

O candidato que sofrer uma ofensa pessoal do adversário pode pedir direito de resposta. A solicitação deve ser feita em silêncio, com o presidenciável levantando a mão para o mediador.

A produção do debate irá analisar o pedido. Caso o direito de resposta seja concedido, o candidato terá um minuto para responder às ofensas.

Troca de farpas, acusações e provocações marcam debate entre Lula e Bolsonaro na Band

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual, Jair Bolsonaro (PL), se enfrentaram em debate promovido pela Band, na noite do domingo (16). O encontro foi marcado por discussões sobre a redemocratização, aspectos políticos e também ideológicos do país. Sem meias palavras, os candidatos a presidência do país estiveram cara a cara. O petista defendeu os desfavorecidos e Bolsonaro se baseou na agenda conservadora.

Iniciado às 20h, o debate teve momentos de enfrentamento direto entre os candidatos e também, perguntas dos jornalistas direcionadas a ambos. Os candidatos tinham 15 minutos cada um para administrar como quisessem, podendo propor temas e sugerir mudanças de rumo nas conversas. Um formato em que o tempo era contado, mas o candidato tinha o direito de se pronunciar até o último segundo.

Questionados sobre economia, ambos se dedicaram a ataques múltiplos e mostras de falhas do adversário. Lula não detalhou seus planos para o setor e apontou erros de Bolsonaro. Este, por sua vez, apostou em falar da corrupção no governo do petista. Bolsonaro citou a Lavajato e o ex-juiz Sérgio Moro, eleito senador e que voltou a ser seu aliado.

Quando perguntado sobre Petrolão (a Lula) e orçamento secreto (a Bolsonaro), ambos escaparam pela tangente. Os dois descartaram suas participações nos casos e criticaram o jornalista que fez a pergunta. Lula gastou boa parte do tempo defendendo a descoberta do pré-sal e enaltecendo os feitos do seu governo com a Petrobrás. Bolsonaro teve mais de cinco minutos para falar sozinho, pois o petista havia gastado seu tempo com respostas anteriores sobre o mesmo tema.

Lula se saiu melhor no primeiro bloco, determinando o ritmo da conversa, a partir de perguntas sobre a pandemia do coronavírus. Bolsonaro levou vantagem no segundo bloco, questionando o candidato petista sobre corrupção. Nas perguntas dos jornalistas, os dois fugiram das respostas, sem questionamento, pois não houve réplica ou tréplica. Ao final, o presidente teve mais de cinco minutos para falar livremente.

Nos momentos de falas livres, Lula e Bolsonaro utilizaram para ataques um ao outro. Enquanto Lula taxava de mentiroso o atual presidente, este batia na tecla da corrupção e roubo na gestão petista.

Foram muitas farpas e ataques trocados, com poucas propostas mostradas. Lula citou bastante o Nordeste e Bolsonaro frisou a família. Faltaram ideias e sobraram provocações. Ou seja, polarização do início ao fim.

Eleições 2022: Movimentos pró-Lula no Maranhão reforçam campanha

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem todas as condições de ampliar sua vantagem de 68,84% para 80% dos votos no Maranhão, neste segundo turno. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL), se depender dos aliados políticos eleitos e reeleitos, tende a não melhorará em nada sua performance eleitoral no estado. inclusive, pode perder votos.

O senador eleito Flávio Dino (PSB) tem feito verdadeira pregação para mobilizar os aliados do líder petista, de modo que eles saiam a campo em ações efetiva de pedir votos. Ele tem encampado e participado de caminhadas, adesivaço, encontros com população e políticos, por todo o Maranhão, levando o projeto da volta de Lula.

Enquanto isso, nada se sabe sobre a organização dos aliados bolsonaristas no Maranhão, após o primeiro turno das eleições.

O segundo turno das eleições será dia 30 de outubro.

Datafolha: Lula tem 49% no 2º turno, e Bolsonaro, 44%

Pesquisa Datafolha aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 49% de intenção de votos no segundo turno, e o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 44%. O levantamento foi divulgado na noite de sexta-feira (7), sob encomenda da Globo e Folha de S.Paulo. Esta é a primeira pesquisa realizada pelo instituto, após o primeiro turno das eleições.

Brancos e nulos somaram 6% e que não sabem ou não responderam, 2%. Considerando os votos válidos, o levantamento apontou que Lula tem 53%, e Bolsonaro, 47%. Os votos válidos não incluem brancos, nulos, nem indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.

A pesquisa foi feita entre quarta-feira (5) e sexta-feira (7) e os resultados se referem à intenção de voto no momento das entrevistas. Foram entrevistadas 2.884 pessoas em 170 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-02012/2022.

No primeiro turno, Lula recebeu 57,2 milhões de votos (48,4%), e Bolsonaro, 51,07 milhões (43,2%). O segundo turno está marcado para 30 de outubro.

Rejeição

A pesquisa Datafolha apontou ainda, o índice de rejeição dos candidatos. A sondagem mostra que 51% dos eleitores brasileiros não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro, e 46% não votariam de jeito nenhum em Lula.