Civis são retirados da Ucrânia após cessar-fogo russo

Foi retomada a retirada de civis da Ucrânia, nesta quarta-feira (9). Russos e ucranianos concordaram em respeitar um cessar-fogo para permitir a retirada, disse a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk. Segundo ela, a Rússia informou que respeitará a trégua de até as 21h, no horário local.

O corredor humanitário está sendo formado na cidade de Sumy, porém, a polícia ucraniana informou que há saída de civis em cidades da região de Kiev. Em Energodar, a quase 700 quilômetros ao sudeste da capital, e Izium, distante 610 quilômetros a leste de Kiev, também há esquema de evacuação —nesta cidade, bombardeios na região atrapalham a operação, segundo o governo local.

A invasão russa ao território ucraniano chega ao 14º dia hoje, com o Ocidente aumentando o isolamento da Rússia na economia. Além dos ataques e da busca pela retirada de civis, outro ponto de preocupação da Ucrânia é com as usinas nucleares.

Ucrânia inicia retirada de civis

Rússia e Ucrânia entraram em acordo e a população têm conseguido deixar ao menos duas cidades do país invadido. Um corredor humanitário foi aberto nesta terça-feira (8), em Sumy, cidade ucraniana a cerca de 330 quilômetros a leste da capital, Kiev, perto da fronteira com a Rússia.

Sumy foi atingida por um ataque russo, que matou crianças; nesta manhã, houve relato de um tiroteio, apesar do corredor. “Vamos tentar de novo”, disse Mykhailo Podolyak, conselheiro da Presidência da Ucrânia. O país espera a abertura de mais corredores.

Hoje, 13º dia da invasão russa, a Ucrânia acusou a Rússia de impedir a saída de mulheres, idosos e crianças de Mariupol. “O inimigo executou um ataque exatamente na direção do corredor humanitário”, disse o Ministério da Defesa ucraniano.

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou hoje, que o número de refugiados em razão do conflito na Ucrânia superou a marca de 2 milhões de pessoas. Cerca de metade foi para a Polônia.

 

 

 

Rússia e Ucrânia não se entendem e novo cessar-fogo fracassa

Estava prevista para este domingo (6), a saída de pelo menos 215 mil pessoas dos distritos, que estão cercados por forças russas na Ucrânia. Mas, pelo segundo dia consecutivo, um acordo de cessar-fogo para a retirada de civis das cidades de Mariupol e Volnovakha falhou.

Autoridades da Ucrânia e Rússia trocam acusações sobre quem tem a culpa pelo fracassado do cessar-fogo. Ucrânia alega que a Rússia e separatistas continuam a bombardear áreas que deveriam ser seguras. O primeiro acordo de cessar-fogo para a retirada de civis por corredores humanitários foi encerrado ontem pelo mesmo motivo.

A Rússia acusa nacionalistas ucranianos de impedirem a retirada de civis durante o cessar-fogo anunciado ontem e dizem que pessoas comuns estão sendo usadas como escudos humanos contra as tropas russas na região.

O controle de Mariupol daria à Rússia a continuidade territorial entre a península de Crimeia e as cidades separatistas Donetsk e Lugansk, na região de Donbass.