Ciro lança manifesto, mantém candidatura e culpa petistas por bolsonarismo

O presidenciável Ciro Gomes (PDT) realizou, nesta segunda-feira (26), um “manifesto à nação”. Em uma transmissão ao vivo, Ciro repetiu o discurso de sua campanha, contrapondo-se ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT).

Ciro afirmou que Bolsonaro não existiria “se não fosse a grave crise econômica e moral dos governos petistas” e que Lula não sobreviveria “se não fossem os desatinos criminosos de Bolsonaro”.

“Mesmo assim, as máquinas poderosas do lulismo e do bolsonarismo estão conseguindo ludibriar a percepção popular, passando a falsa ideia de que apenas um pode derrotar o outro”, ressaltou o candidato.

Ele disse que o debate foi reduzido a “um choque vazio entre um suposto bem e um suposto mal”.

Ciro destacou que o país adota um modelo econômico “que entrega a riqueza do país para quem já tem muito e que distribui migalhas para quem tem pouco” e que isso resultou no crescimento da desigualdade social e no aumento da fome.

“Por mais jogo sujo que pratiquem, eles não me intimidarão. Não fugirei do verdadeiro embate democrático e não compactuarem com estar farsa. Tenho compromisso de vida e morte com a luta por um Brasil melhor e nada me amedrontará nem ira me deter”, concluiu o presidenciável.

Aliança PDT e PT pode minar com pré-candidatura de Ciro Gomes

A possibilidade de composição do PT com o PDT, para as eleições 2022, pode ser barrada com a confirmação do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, como pré-candidato à presidência. Ao firmar o nome dele, o partido parece descartar, de vez, uma aliança com petistas, ao menos em nível nacional. Isso complica a definição nos estados. Para o Maranhão, o anúncio pode ser uma ameaça.

Aqui no estado, o senador pedestista Weverton Rocha, sonhava dividir palanque com o PT e ter a força do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua campanha.

A entrada de Ciro, ao contrário, desfavorece o PT e é benéfica para o PSDB do vice-governador Carlos Brandão. Mesmo apesar do anúncio feito, em vídeo, por Lula, rechaçando uma composição com o partido tucano. Weverton terá que se curvar à nacional e abraçar a pré-candidatura de Ciro e não de Lula, como era desejado.

A pré-candidatura de Ciro se mostra uma pedra no sapato de Weverton e uma provável esperança para Brandão.