MA: Defesa de gerente da Codevasf diz que provará inocência

O advogado Márcio Almeida, que representa o gerente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), declarou, nesta quinta-feira (6), que provará a inocência do seu cliente. O gerente foi afastado de suas atividades, pela Justiça Federal, por suspeita de envolvimento em um esquema de desvios de recursos públicos federais,

Márcio de Almeida Filho informou no comunicado que ainda não existe oferecimento de denúncia por parte do Ministério Público Federal (MPF) e que, caso isso ocorra, provará que o servidor não tem nenhum tipo de participação nos atos.

Segundo a Polícia Federal (PF), o inquérito teria identificado pagamentos de R$ 250 mil, feitos ao gerente pela Construservice. Diante dos indícios, a polícia à Justiça Federal o afastamento do gerente de suas funções na Codevasf no estado.

Empresário da Construservice chegou a ser preso, no dia 20 de julho, no âmbito da Operação Odoacro, mas pagou fiança de R$ 121 mil e foi solto com o uso de tornozeleira eletrônica.

Uma análise bancária comprovou, segundo a polícia, o gerente recebeu da Construservice, ao menos, R$ 249 mil, sendo R$ 204 mil de forma direta e R$ 45 mil de forma indireta, por intermédio da conta bancária da esposa do gerente da Codevasf.

O advogado de defesa ressaltou que a investigação está em curso e ainda não existe oferecimento de denúncia por parte do Ministério público. Informou ainda que, caso isso ocorra, “provaremos nos autos a inocência dele, que não tem qualquer tipo de participação nestes atos”.

Justiça Federal afasta gerente da Codevasf no MA

A Justiça Federal determinou afastamento de um gerente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em São Luís. O gerente é apontado pelo suposto recebimento de propina de empresas que realizavam licitação com a estatal e investigado por supostos desvios no órgão. A polícia também cumpriu mandados busca e apreensão na residência do gerente na mesma data.

Segundo a investigação, o inquérito teria identificado pagamentos de R$ 250 mil feitos pelas empresas. Diante dos indícios, a policia pediu à Justiça o afastamento do gerente de suas funções.

O caso tem relação com a Operação Odacro, deflagrada pela Polícia Federal em julho deste ano, após a constatação de que um esquema na Codevasf envolvia as mesmas pessoas e empresas já investigadas em 2015 pela Polícia Civil do Maranhão, por suspeitas de desvios de recursos públicos da Prefeitura de Dom Pedro, no Maranhão.

Segundo a polícia, o gerente investigado teria aberto empresas em nome de terceiros para competir entre si nas licitações, com o objetivo de vencer os certames na Codevasf. Além de colocar as suas empresas e bens em nome de parceiros, o investigado também possui contas bancárias vinculadas a CPFs falsos, como forma de dificultar a atuação dos órgãos de controle.

Em nota, emitida após o afastamento do gerente, a Codevasf informou “que colabora com o trabalho da Justiça e que o processo judicial correspondente encontra-se sob segredo de Justiça”.

O comunicado diz ainda que, “assim que foi comunicada sobre o caso pelas autoridades, a companhia prontamente afastou de suas funções o profissional associado aos temas sob investigação. A empresa possui sólida estrutura de governança implantada; indícios de conduta ilegal ou antiética por parte de seus funcionários são apurados, em quaisquer casos”.

Revista IstoÉ aponta Josimar de Maranhãozinho em esquema da Codevasf

Mais um capítulo do ^caso envolvendo a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) vem à tona. A instituição virou um símbolo do orçamento secreto com capitalização junto a prefeituras, entre essas, as maranhenses. Edição desta semana da revista IstoÉ traz a reportagem O Propinoduto da Codesvafs, em destaca os desvios de recursos públicos detectados pela Controladoria Geral da União (CGU).

A revista cita o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) no esquema. Segundo o texto, o parlamentar pode estar trás dos desvio de emendas para a estatal.

Trecho da reportagem diz que “numa operação da Polícia Federa foi preso o empresário Eduardo Imperador, a PF o aponta como líder do esquema criminoso para desvio de dinheiro da Codevasf por meio de fraude em licitações. Outro personagem revelado nas investigações policiais é o deputado federal Josimar Maranhãozinho, a PF investiga se o parlamentar está por trás dos desvio de emendas a estatal”.

O suposto envolvimento do deputado está sob investigação da Polícia Federal, aponta a IstoÉ.

 

Polícia Federal investiga fraude em licitações da Codevasf no Maranhão

Os municípios de São Luís, Dom Pedro, Codó, Santo Antônio dos Lopes e Barreirinhas são alvos da operação Odoacro, executada pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (20). O foco é o combate a suspeitos de fraudar licitações, desviar recursos públicos e lavar dinheiro de verbas da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

A polícia apurou que são abertas empresas de fachada e simulam competições durante as licitações, mas o propósito é fazer com que a empresa vencedora seja sempre a do líder do grupo, que possui grandes contratos com a Codevasf. A operação vai cumprir um mandado de prisão e 16 de busca e apreensão.

O esquema foi descoberto pela Polícia Civil, em 2015, no município de Dom Pedro e segundo a polícia, o esquema saiu da fraude de verbas municipais para federais. O líder do grupo colocava suas empresas e bens em nome de terceiros, possui contas bancárias vinculadas a CPFs falsos e assim, realizava as supostas fraudes, dificultando a atuação dos órgãos de controle.

Os investigados podem responder por fraude à licitação, lavagem de capitais e associação criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 16 anos de prisão.

Operação

O nome da operação faz referência a um dos suspeitos investigado, que tem o apelido de “Imperador” e Odoacro é o sobrenome do soldado italiano que capitaneou uma revolta, dando fim ao Império Romano.