Lula, Dino e Bolsonaro são os maiores cabos eleitorais de São Luís


A pesquisa Luneta de intenções de votos para prefeito de São Luís divulgada na segunda-feira (saiba mais) também apontou quais podem ser as lideranças políticas com maior influência na definição de candidatos em 2024.

Quando questionados sobre quem poderia influenciar na escolha de um candidato na capital, 33,42% afirmara que este nome seria o do presidente Lula (PT).

Em segundo lugar aparece o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), com 25,73% das menções; seguido de perto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem 25,09%.

O governador Carlos Brandão (PSB), a deputada federal Roseana Sarney (MDB), o senador Weverton Rocha (PDT), e o ex-prefeito de Sao Pedro dos Crente Lahesio Bonfim (PSC) também foram citados.

Como, nesse caso, o entrevistado pode mencionar mais de um nome, a soma dos percentuais ultrapassa a casa dos 100%.

Flávio Dino diz que Polícia Federal pode acionar Jair Bolsonaro

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou nesta terça-feira (28), que a Polícia Federal solicitará providências ao Judiciário, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não comparecer a depoimentos para os quais seja intimado.

“Há uma investigação em curso e ele é um dos investigados formalmente. É claro que em algum momento ele vai ter de ser ouvido. Se ele não comparecer nos próximos meses, é claro que a Polícia Federal vai pedir providências ao Poder Judiciário, para que deflagre algum mecanismo de cooperação internacional, que é uma tendência que nós estamos defendendo. Não é algo restrito a essa investigação”, explica Flávio Dino.

“No limite”, prosseguiu Dino, seria possível pedir a extradição do ex-presidente à Justiça norte-americana, mas a medida “não é algo que está colocado na ordem do dia”.

Ele acrescentou ainda que, “seria possível. Seria possível alguma providência de cooperação jurídica internacional. Uma carta rogatória, por exemplo, seria possível”.

O ex-presidente viajou aos Estados Unidos em 30 de dezembro, dois dias antes de Lula (PT) assumir a Presidência da República, e ainda não retornou. Por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro passou a ser investigado em um inquérito que apura a instigação dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Flávio Dino diz que Bolsonaro tem motivos para temer prisão

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados podem ter motivos ocultos para temer a prisão. “Assim como quem não deve não teme; quem deve teme. Bolsonaro e os seus sabem o que fizeram no verão passado para ter tanto medo”, afirmou.

Em entrevista ao Estadão, Dino declarou que, atualmente, não haveria razões para Bolsonaro ser detido. Fez questão de destacar, porém, que esse cenário pode mudar. “Sabe Deus o que essa gente fez”, insistiu o ministro. O ex-presidente foi para os Estados Unidos em 30 de dezembro do ano passado, dois meses após perder a eleição, e não tem data para voltar.

Sobre muitos no governo avaliarem que uma eventual prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro pode fazer dele uma vítima e parecer uma perseguição política e que todos concordam que ele deve ficar inelegível, Dino disse que não se trata de decisão política.

“É uma decisão do Poder Judiciário. Nesse momento, não há justificativa para que ele seja preso. Mas, sabe Deus o que essa gente fez. Então, quando os aliados dele dizem que ele está com medo de ser preso, é porque eles sabem alguma coisa que a gente não sabe ainda. Assim como quem não deve não teme; quem deve teme. Então eles devem saber o que eles fizeram no verão passado. Bolsonaro e os seus sabem o que fizeram no verão passado para ter tanto medo. Eu não sei o que vai aparecer ainda”, avaliou.

Bolsonaro está nos Estados Unidos e ainda vai participar da Conferência Anual de Ação Política Conservadora, em Washington, no início de março. “Se Biolsonaro voltar amanhã, ele vai ser preso? Não vejo por que, falando como jurista, como professor de Direito. Amanhã o Bolsonaro vai ser preso? Por quê? Hoje, faço questão de frisar, não há motivo. Agora, há um processo no Tribunal Superior Eleitoral sobre inelegibilidade, que obedece a outros critérios. Então, eu não vejo realmente esse risco. Agora, que ele está com medo, está. Por que ele está com medo eu não faço a menor ideia. Ele deve saber”, ressalta Flávio Dino.

Sobre se o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro já apareceu em depoimentos sobre os ataques golpistas do dia 8 de janeiro, Dino disse que o próprio se colocou no caso. “Quem colocou o presidente Bolsonaro no inquérito foi ele próprio, quando publicou aquele vídeo, e os aliados dele quando narraram aquela reunião no palácio do então deputado (Daniel Silveira), com o senador (Marcos do Val), da qual nós não tínhamos conhecimento, para tramar… Bolsonaro publicou um vídeo (no Facebook, logo depois dos ataques golpistas de 8 de janeiro) e apagou depois. Esse vídeo ensejou que ele fosse para o inquérito (a postagem traz as frases “Lula não foi eleito pelo povo. Ele foi escolhido e eleito pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Formalmente, Bolsonaro figura como investigado no inquérito. Agora vieram esses dois senhores (Daniel Silveira e Marcos do Val) que dizem que tiveram uma reunião com o então presidente para tratar de uma tentativa de golpe de Estado. É importante esclarecer que, à luz da lei do terrorismo e do Código Penal, quando você trama você já está cometendo um crime”, explicou.

Ainda assim, partidos de esquerda argumentam que a Lei Antiterrorismo não pode alcançar movimentos políticos e sociais, mas, Dino explica que não há necessidade de alterar a norma. “Mas, sim, entender bem o que nela está escrito. Não está dito lá que movimento social pode pegar uma bomba e explodir um prédio público. Então, do mesmo modo que eu digo que essa gente é terrorista, se amanhã uma entidade colocar uma bomba para explodir um ministério, vou dizer do mesmo jeito que é terrorismo”, concluiu.

PL cogita Michelle como opção caso Bolsonaro não seja candidato

Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL, comentou que Michelle Bolsonaro seria uma candidata forte para disputar a Presidência da República em 2026, pela legenda, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não queira disputar novamente o posto -ou seja impedido em caso de inelegibilidade.

“Se ele [Bolsonaro] não for candidato, será mais forte ainda, porque esse movimento de direita veio para ficar”, declarou à CNN, complementando que “no lançamento do Bolsonaro no Maracanã [Maracanãzinho], ela se revelou”.

Valdemar também declarou que o partido irá “acertar a entrada de Michelle Bolsonaro no PL Mulher” para ela trazer mais nomes femininos para a sigla.

A ex-primeira-dama desembarcou em Brasília na noite da última quinta-feira, após passar quase um mês em Orlando, nos Estados Unidos. Ela retornou ao país sem o marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que segue no país norte-americano.

Também é esperado o retorno de Jair Bolsonaro para o país até o fim do mês. A princípio, a viagem a Orlando está prevista para durar até o dia 30 de janeiro. Porém, o ex-presidente cogitou antecipar sua volta ao Brasil por razões de saúde.

TSE vê ambiente para julgar inelegibilidade de Bolsonaro neste primeiro semestre

Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) avaliam que existe ambiente para julgar ação que pede a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda no primeiro semestre deste ano – mais provavelmente entre abril e maio. Ao todo, tramitam 16 ações contra ele. A mais avançada é a que trata da reunião de Bolsonaro com embaixadores no Palácio da Alvorada, quando ele ameaçou o sistema eleitoral com ataques às urnas.

Há uma corrida contra o tempo nos bastidores do TSE para colocar em pauta essas ações, por conta da composição da corte. Em maio, o ministro Ricardo Lewandowski se aposenta e, além do Superior Tribunal Federal (STF), deixa a vaga de titular do TSE. Para a vaga, assumiria Kassio Nunes Marques, aliado de Bolsonaro e que, entre outras ações, poderia pedir vista e interromper esse julgamento, caso o tema fosse jogado para o segundo semestre.

Diante da gravidade dos acontecimentos de 8 de janeiro, o julgamento tornou-se prioridade e que é possível um outro arranjo para que Nunes Marques não assuma a vaga de Lewandowski.

Tradicionalmente, ocuparia a vaga o ministro com mais tempo de corte. Porém, segundo o que é discutido nos bastidores, pode haver votação para que o ministro Dias Toffoli – e não Kassio Nunes- assuma a vaga de Lewandowki.

Se a ação for adiante, Bolsonaro pode ser tornar inelegível.

O próprio entorno de Bolsonaro acredita nessa possibilidade e teme, ainda, que o ex-presidente seja preso.

As ações que constam no TSE podem contar com provas já obtidas em um inquérito administrativo, que foi aberto pelo ministro Luiz Felipe Salomão, no ano passado. Os documentos tratam do descumprimento de regras e sobre a conduta de Bolsonaro durante a eleição.

Bolsonaro rebate Lula e diz que caso Yanomami é “farsa da esquerda”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu as falas do atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afirmou que a culpa é dele pela crise humanitária dos povos Yanomamis.  “Um crime premeditado” e um “genocídio”, disse o petista se referindo a Bolsonaro em uma rede sociais.

Em seu canal no Telegram, Bolsonaro apontou o caso dos Yanomamis como “mais uma farsa da esquerda”, e destacou ações que seu antigo governo fez em prol do território indígena em quatro anos.

“Os cuidados com a saúde indígena são uma das prioridades do governo federal. De 2019 a novembro de 2022, o Ministério da Saúde prestou mais de 53 milhões de atendimentos de Atenção Básica aos povos tradicionais, conforme dados do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do SUS, o SasiSUS”, alegou Bolsonaro.

Ele postou ainda que, “o Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo Coronavírus em Povos Indígenas é o legado de um planejamento que atendeu os 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei) e englobou diversas iniciativas a partir de 2020. Assim, foi possível ampliar 1,7 mil vagas no quadro de profissionais na saúde indígena e a contratação de 241 profissionais”.

Ainda segundo Bolsonaro, o governo dele adotou protocolos sanitários de entrada no local durante a crise sanitária e operações ofertaram consultas especializadas à população local.

“As 20 operações contaram ainda com parceria do Ministério da Defesa, além de outras organizações governamentais e não governamentais. Foram atendidas localidades dos seguintes distritos: Alto Rio Negro, Vale do Javari, Leste de Roraima, Yanomami, Amapá e Norte do Pará, Xavante, Araguaia, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Alto Rio Juruá, Kayapo do Pará, Guama Tocantins e Alto Rio Solimões”, detalhou.

Ministério da Saúde revoga portarias sobre aborto e Farmácia Popular

O Ministério da Saúde revogou seis portarias da gestão anterior que tratavam sobre aborto, retirada de medicamentos pelo Farmácia Popular e outros assuntos. Segundo a pasta, o objetivo é “extinguir políticas contrárias às diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS)”.

Entre as revogações, está a Portaria GM/MS nº 2.561, de 23 de setembro de 2020, que indicava a necessidade de o médico comunicar o aborto à autoridade policial responsável. O texto também destacava que era preciso preservar possíveis evidências materiais do crime de estupro, como fragmentos do embrião ou feto.

Outra mudança importante foi a reversão da obrigatoriedade de apresentação de prescrição médica eletrônica para retirar medicamentos do programa Farmácia Popular. A medida poderia dificultar o acesso de parte da população aos medicamentos, segundo justificado pela pasta.

Revogações

Portaria GM/MS nº 4.809, de 30 de dezembro de 2022, que “Institui o Fórum Permanente de Articulação com a Sociedade Civil”;

Portaria GM/MS nº 1.079, de 11 de maio de 2022, que “Formaliza e institui programas nacionais de prevenção e detecção precoce de câncer, no âmbito da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer”;

Portaria GM/MS nº 2.561, de 23 de setembro de 2020, que “Dispõe sobre o Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS”;

Portaria GM/MS nº 3.473, de 12 de setembro de 2022, que “Altera a Portaria de Consolidação GM/MS nº 5, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização, e dá outras providências”;

Portaria GM/MS nº 715, de 4 de abril de 2022, que “Altera a Portaria de Consolidação GM/MS nº 3, de 28 de setembro de 2017, para instituir a Rede de Atenção Materna e Infantil (Rami)”;

Portaria GM/MS nº 2.228, de 1º de julho de 2022, que “Altera a Portaria de Consolidação GM/MS nº 3, de 28 de setembro de 2017, e a Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre a habilitação e o financiamento da Rede de Atenção Materna e Infantil (RAMI)”.

PL fará vaquinha para garantir salário de R$ 46 mil a Bolsonaro

Hospedado na mansão do lutador de MMA José Aldo Júnior, em um condomínio de luxo próximo a Orlando, nos EUA, Jair Bolsonaro (PL) está sendo abandonado pelo próprio partido. O PL já prevê a inelegibilidade do ex-presidente e, assim, ele não teria mais serventia alguma para a legenda.

Com mais uma decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre Moraes, de autorizar a quebra de sigilo telefônico de oito bolsonaristas investigados na ação das milícias digitais, integrantes do PL acreditam que o próximo passo será decretar a prisão e tornar Bolsonaro inelegível.

A quebra de sigilo dos bolsonaristas pode mostrar a conexão entre o clã Bolsonaro e a propagação de fake news e discurso de ódio nas redes, que incitaram extremistas a ameaçarem autoridades e cometerem atos terroristas nas ruas, como foi visto no dia 12 de dezembro em Brasília.

Com essa perspectiva, de um Bolsonaro definitivamente fora da vida política, o PL desistiu de pagar o aluguel da mansão que alugou para Bolsonaro viver.  A legenda montou um escritório político em Brasília, caso ele resolva voltar dos EUA.

A sigla também aumentou o salário que pagará a Bolsonaro, dos prometidos R$ 39 mil para R$ 46,6 mil. No entanto, o PL não tem como pagar depois da multa de R$ 22,9 milhões aplicada por Moraes, por litigância de má-fé, após o partido seguir as orientações do próprio ex-presidente e contestar, de maneira rasa e irresponsável, o resultado das eleições.

O PL ainda não sabe como fará o pagamento do primeiro salário a Bolsonaro, agora em janeiro. A sigla estuda fazer uma vaquinha para obter doações para honrar o compromisso.

Lula revoga decretos de Bolsonaro, reduz acesso a armas e prorroga isenção de combustíveis

Em um de seus primeiros atos como presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revogou neste domingo (1°), decretos que foram feitos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O ato era uma das promessas feitas por Lula durante a campanha eleitoral.

Um dos principais destaques foi a assinatura de um despacho determinando que a Controladoria-Geral da União reavalie, no prazo de 30 dias, decisões do ex-presidente que impuseram sigilo sobre documentos e informações da Administração Pública.

Além disso, Lula assinou uma edição de medida provisória, que garante o pagamento de R$ 600 para as famílias inscritas no atual programa Auxilio Brasil, que deverá voltar a se chamar Bolsa Família. O presidente também prorrogou, por mais 60 dias, a isenção de tributos federais nos combustíveis.

Lula ainda determinou aos ministros e às ministras que encaminhem propostas para retirar do processo de desestatização empresas públicas como Petrobras, Correios e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), entre outras.

O presidente assinou um decreto que reduz o acesso às armas e munições e suspende o registro de novas armas de uso restrito de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs). Também suspende as autorizações de novos clubes de tiro até a edição de nova regulamentação.

O decreto condiciona a autorização de porte de arma à comprovação da necessidade – atualmente, bastava uma declaração. E determina o recadastramento no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal, em 60 dias, de todas as armas adquiridas a partir da edição do Decreto n° 9.785, de 2019.

Entre as restrições estabelecidas pelo decreto assinado por Lula estão a proibição do transporte de arma municiada, a prática de tiro desportivo por menores de 18 anos e a redução de seis para três na quantidade de armas para o cidadão comum, entre outras.

Pelo decreto, o presidente determinou a criação de um grupo de trabalho que terá 60 dias para apresentar uma proposta de nova regulamentação do Estatuto do Desarmamento.

Crime ambiental e desmatamento

Por meio de despacho, o presidente determinou ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima que apresente, em 45 dias, uma proposta de nova regulamentação para o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Outro decreto assinado neste domingo reestabelece o Fundo Amazônia e viabiliza a utilização de R$ 3,3 bilhões em doações internacionais para combater o crime ambiental na Amazônia.

Também por meio de decreto, o presidente revogou medida do governo Bolsonaro que incentivava o garimpo ilegal na Amazônia, em terras indígenas e em áreas de proteção ambiental.

Sem foro privilegiado, Bolsonaro deve responder a várias investigações

Sem o foro privilegiado ao deixar o Palácio do Planalto em 1º de janeiro, Jair Bolsonaro (PL) irá responder por investigações criminais, em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF). São investigações relacionadas às recorrentes ameaças e ataques feitos aos integrantes da Corte.

Após o fim do seu mandato, parte dos processos a que o atual presidente precisará responder será enviado à primeira instância. Agora, elas passarão a tramitar sob o comando de outros delegados, procuradores e juízes. No caso das três investigações que tramitam no STF, elas devem ser enviadas à Justiça Federal, das três, duas delas estão em fase final.

Dentre os inquéritos a ser respondidos pelo atual chefe do Executivo, um deles preocupa Bolsonaro, a Polícia Federal (PF) concluiu que foi cometido o delito de “incitação ao crime”, que tem pena prevista de três a seis meses, isso aconteceu porque ele incentivou a população a não usar máscaras e utilizou notícias falsas em uma live.

No mesmo caso, a PF argumentou que, também ao tentar associar a vacina contra o novo coronavírus ao desenvolvimento da Aids, o presidente que perdeu as eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cometeu crime de contravenção, que é uma ilegalidade de menor potencial ofensivo ao “provocar alarme a terceiros, anunciando perigo inexistente”. O ministro Alexandre de Moraes está como relator do caso.

A PF não precisará de autorização judicial para indiciar Bolsonaro e nem ouvi-lo, quando o processo chegar à primeira instância. Com a posse da nova gestão do governo Lula isso poderá ocorrer a qualquer momento.

Outro caso, que também está em fase inicial, pode ser arquivado. Não foram encontrados crimes nas interferências feitas por Bolsonaro na PF pelos investigadores. O inquérito em questão foi aberto depois de o ex-ministro Sergio Moro acusar o presidente de ter atuado indevidamente na corporação para obter acesso a informações de seu interesse. Após análise da PF, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou arquivamento.

Se o relator Alexandre de Moraes não despachar o pedido de arquivamento até o dia 31 de dezembro, o caso irá parar na primeira instância. A partir disso, outro procurador pode assumir o caso e reanalisar as provas para avaliar se pedirá denúncia contra Bolsonaro ou irá manter o arquivamento.

Já um outro processo está em fase inicial e em apuração, este caso envolve suspeitas de corrupção no Ministério da Educação sob a gestão de Milton Ribeiro. O caso está no STF após Ribeiro citar o presidente em uma interceptação telefônica. À época, a relatora, ministra Cármen Lúcia, pediu ao delegado Bruno Calandrini para investigar se de fato Bolsonaro cometeu crime. Sem foro privilegiado, o processo será conduzido pela Justiça Federal do DF, mas continuará com o mesmo delegado.

Sobre as investigações da ligação das milícias digitais a Bolsonaro e a conclusão da CPI da Covid ainda não há uma definição, como os dois casos envolvem a atuação de parlamentares eles podem continuar com foro privilegiado, e continuem no STF.

Para ser investigado, um presidente da República precisa ser responsabilizado na esfera criminal pelo procurador-geral da República, que hoje é o lugar ocupado por Augusto Aras. Na primeira instância, todos os inquéritos são distribuídos de maneira aleatória a procuradores que têm independência funcional e poder para apresenta