Flávio Dino prorroga Polícia Federal e Força Nacional em terra indígena

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino anunciou a ampliação da presença da Polícia Federal (PF) e da Força Nacional em Roraima, ao longo da semana. O reforço será usado para as ações da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) na proteção de indígenas isolados.

“Dando cumprimento ao Decreto do presidente Lula, determinei a ampliação da presença da Polícia Federal e da Força Nacional em Roraima, ao longo desta semana. Queremos que a desintrusão das terras indígenas ocorra em paz, sem conflitos. Contamos com a colaboração de todos”, escreveu Dino, nas redes sociais.

Além disso, Flávio Dino determinou abertura de inquérito para entender o que levou o povo yanomami de Roraima a altos níveis de desnutrição e precariedade. De acordo com Dino, a apuração vai determinar se houve crime de genocídio e quais crimes ambientais foram cometidos.

A interdição de áreas com presença de grupos de indígenas isolados é importante para assegurar o direito desses povos ao seu território sem a necessidade de contatá-los, respeitando a vontade do grupo de se manter isolado.

Polícia Federal realiza mais uma fase da operação Lesa Pátria

A Polícia Federal realiza, nesta sexta-feira (27), a terceira fase da operação Lesa Pátria. A ação tem com o objetivo identificar pessoas que participaram ou financiaram os atos golpistas no dia 8 de janeiro, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos e depredados.

Ao todo, estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF, nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e no Distrito Federal.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

As investigações continuam em curso e a operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

Prefeitura maranhense é investigada por suposta fraude licitatória

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (26), uma operação que investiga a prefeitura do município de Cachoeira Grande, a 138 km de São Luís. A operação Deterrimus tem como alvo, suspeitos de cometer fraudes licitatórias.

A investigação teve início a partir do encaminhamento de informações do Ministério Público de Contas do Estado do Maranhão. O Ministério havia identificado suposta simulação e direcionamento em processo licitatório que visava a contratação de empresa para aquisição de material de limpeza e descartáveis.

O intuito era atender as secretarias de Cachoeira Grande, cujos contratos somados superam o valor de 430 mil reais. Tendo confirmado as suspeitas do Ministério Público de Contas, a Polícia Federal constatou ligações financeiras entre os empresários que participaram do processo licitatório, além de grande probabilidade de utilização de empresas de fachada.

Além de Cachoeira Grande, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão nos municípios de São José de Ribamar, Bacuri e na capital do estado, São Luís.

Caso sejam confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação,  lavagem de capitais e associação criminosa com penas que somadas podem chegar a 21 anos de prisão.

Segundo a Polícia Federal, a escolha do nome “Deterrimus” possui relação de oposição com o nome do principal alvo das investigações. Deterrimus, em latim, significa “muito pior”, sendo sinônimo de “péssimo”.

Flávio Dino determina que Polícia Federal investigue crime contra Yanomami

A Polícia Federal (PF) vai investigar crime ambiental e de genocídio contra o povo Yanomami, em Roraima. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, vai pedir a abertura de um inquérito. A apuração iniciou nesta segunda-feira (23).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou o povo Yanomami, em Roraima, no último sábado, em meio a uma viagem para o resgate de crianças indígenas desnutridas e com diversas doenças na região. Na última sexta, foi decretado estado de Emergência em Saúde de Importância Nacional (Espin) no território.

“Há fortes indícios de crime de genocídio”, declarou Flávio Dino, segundo o MJSP. O ministro também está no estado acompanhando o presidente Lula.

Falta de medicamentos

Em novembro, a Polícia Federal fez uma operação contra o desvio de remédios para malária e verminoses, destinados para crianças indígenas Yanomami. Na ocasião, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão. A operação foi baseada em uma investigação do Ministério Público Federal (MPF), que se iniciou após uma denúncia da Hutukara, associação Yanomami.

CNJ aciona PF por falsa ordem de prisão de Moraes contra ele mesmo

O Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP) foi acessado indevidamente para a publicação de um mandado de prisão falso, supostamente expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra ele mesmo.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável pela operação do BNMP, confirmou que o sistema foi retirado do ar nesta quinta-feira (15), devido a uma “publicação indevida”.

No falso documento, consta que Moraes teria mandado se prender por “litigância de má-fé”, isto é, por ter acionado o sistema judiciário sem causa plausível.

Trecho da falsa decisão determina a remessa “de todos os inquéritos de censura e perseguição política, em curso no Supremo para o CNJ, a fim de que me punam exemplarmente. Diante de todo o exposto, expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L.”, diz trecho da decisão.

Em outra passagem, o texto diz que Moraes teria autorizado a medida “sem me explicar, porque sou como um deus do Olimpo, defiro a petição inicial, tanto em razão da minha vontade como pela vontade extraordinária de ver o Lula continuar na Presidência”.

O caso é investigado pelo CNJ, que acionou a Polícia Federal (PF) para apurar o cometimento de crime pelo uso indevido da plataforma. Segundo o órgão, o BNMP, que monitora o cumprimento de mandados judiciais de prisão, deverá ser restabelecido ainda hoje.

“O Conselho Nacional de Justiça informa que a inconsistência encontrada na quarta-feira (4), no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, foi causada pelo uso indevido de credencial de acesso ao sistema, que já foi devidamente bloqueada”, diz o CNJ. Em nota, o conselho informa que, até as 13h de hoje, o sistema estaria completamente restabelecido.

Após Barroso ser hostilizado, Dino diz que Polícia Federal está à disposição do STF

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, usou suas redes sociais nesta terça-feira (03) para dizer que a Polícia Federal (PF) está à disposição para investigar episódios de agressão e ameaças a ministros do tribunal.

“Vou enviar ofício à presidente do STF, frisando que a Polícia Federal está à disposição para investigar os episódios de agressão e ameaças a ministros daquele Tribunal e de outros. São extremistas antidemocráticos, que perseguem magistrados nas ruas, aeroportos, restaurantes etc”, escreveu Dino.

A declaração de Dino acontece um dia depois de o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, ter sido hostilizado por passageiros no aeroporto de Miami (EUA).

Um vídeo que circulou nas redes sociais, mostra passageiros gritando “sai do voo”. Na gravação também é possível ouvir vaias e algumas pessoas xingando o ministro, além de gritar coisas como “pede para sair”, “lixo” e “ladrão”.

Operação da Polícia Federal prende suspeitos pedofilia em São Luís

Nesta segunda-feira (5), a Polícia Federal prendeu três pessoas durante a operação Inimigo Inesperado. A ação investiga crimes relacionados à produção, armazenamento, exposição, venda de pornografia infantil e até mesmo estupro de vulnerável. Foram cumpridos ainda 3 mandados de busca e apreensão.

Dois investigados são suspeitos do cometimento dos crimes de estupro de vulnerável, de produção e de armazenamento de conteúdo pornográfico infantil previstos, cujas penas somadas podem chegar a 27 anos de reclusão.

O terceiro investigado é suspeito da prática dos crimes de Armazenamento, Compartilhamento e Exposição à venda de material contendo cenas pornográficas infantis tipificados, com penas que podem atingir os 18 anos de reclusão.

O nome da operação faz alusão à proximidade dos abusadores em relação às crianças e adolescentes vítimas desses crimes, os quais costumam ser familiares ou pessoas do convívio dessas vítimas sob as quais não pairam, inicialmente, quaisquer suspeitas.

Polícia Federal realiza operação contra drogas sintéticas em São Luís

Duas pessoas foram presas nesta quarta-feira (30) pela Polícia Federal (PF) durante a operação “Pseutis” contra o tráfico de drogas sintéticas por meio de correspondências enviadas pelos Correios de São Paulo para São Luís. A estimativa é de que a quadrilha movimentava milhares de reais por mês.

A investigação teve por objetivo desarticular organização criminosa que se utilizava da estrutura da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – EBCT para enviar e receber drogas sintéticas por correspondências. As encomendas sempre tinham como remetentes pessoas que registravam as postagens em cidades do interior de São Paulo e destinatários residentes em São Luís.

Durante a investigação foram apreendidos frascos de lança perfume, vários comprimidos de exctasy e unidades de LSD. Além dos mandados de prisão temporária, a Polícia Federal cumpriu ainda dois mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juiz da Central de Inquéritos e Custódia da Comarca da Ilha de São Luís.

Os responsáveis foram indiciados pelos crimes de tráfico de drogas interestadual e associação para tráfico previstos nos artigos 33, 35 e 40, V da Lei nº 11.343/2006. A operação foi denominada “Pseutis” e significa mentiroso, fazendo alusão aos depoimentos prestados por alguns investigados que faltaram com a verdade na tentativa de embaraçar a instrução do inquérito policial.

Polícia Federal apreende dinheiro falso no Maranhão

Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos em operação da Polícia Federal. nesta sexta-feira (4). O trabalho investiga a venda e circulação de moeda falsa no Maranhão. Batizada de ‘CTRL+P’, a ação ocorreu em São Luís, São José de Ribamar, Pinheiro, Arari, São João do Carú, Satubinha e Trizidela do Vale.

A operação busca identificar consumidores e distribuidores de 11 objetos postais, contendo um total de 326 cédulas falsas. As notas foram enviadas via Correios de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde ainda funcionam “laboratórios” clandestinos de falsificação de moeda.

Os suspeitos estão sujeitos a pena de até 12 anos de reclusão, além de multa.

Roberto Jefferson chega a presídio no Rio 14 horas após atacar policiais a tiros

O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) chegou no início da madrugada desta segunda-feira (24) ao Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, cerca de 14 horas depois de receber voz de prisão da Polícia Federal (PF) e de reagir a tiros e granadas, na manhã de domingo (23).

Do ataque aos agentes, por volta das 11h de domingo, à chegada a Benfica, à 1h15 desta segunda, foram 14 horas de tensão. Havia a previsão de transferência, ainda nesta segunda, para Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó.

O aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) atacou policiais federais que foram a Comendador Levy Gasparian, no interior do RJ, para cumprir um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na chegada dos agentes federais, por volta das 11h, Jefferson jogou três granadas e deu tiros de fuzil. Foram oito horas desrespeitando a ordem do STF até a rendição, às 19h.

Inicialmente, Moraes tinha expedido um mandado de prisão contra Jefferson por ele ter violado medidas de prisão domiciliar. Depois, o ministro mandou prendê-lo em flagrante sob a acusação de tentativa de homicídio.

Jefferson cumpria prisão domiciliar, determinada no inquérito sobre uma organização criminosa que atenta contra o Estado Democrático de Direito.

Ele descumpriu várias medidas da prisão domiciliar, como passar orientações a dirigentes do PTB, usar as redes sociais, receber visitas, conceder entrevista e compartilhar fake news que atingem a honra e a segurança do STF e seus ministros, como ao ofender a ministra Cármem Lúcia. Por causa de todos estes descumprimentos, Alexandre de Moraes revogou a prisão domiciliar e determinou sua volta ao regime fechado.