Domingos Paz teve o seu mandato cassado por quebra de decoro parlamentar, após enfrentar processo por assédio e abuso contra mulheres.
Ele negou as acusações e se colocou na condição de vítima de perseguição na Casa.
Paz chegou a anunciar renúncia de mandato, mas o pedido não foi aceito pela Mesa Diretora, que seguiu com a votação em Plenário do relatório que recomendava a cassação de mandato.
Ele foi cassado por 24 votos favoráveis e nenhum contrário. Houve duas abstenções (Antônio Garcêz e Astro de Ogum) e dois parlamentares não compareceram ao Plenário: Chaguinhas e Zeca Medeiros.
Reação
Além de negar todas as acusações, Domingos Paz criticou a postura dos colegas de Parlamento.
“Eu tenho um filho de 8 anos que está me assistindo, a minha esposa, os meus amigos. É uma injustiça o que estão fazendo. Estão felizes? Estão realizados?”, disse Domingos Paz aos colegas da Câmara.
Ele também se dirigiu aos demais vereadores e disse que não quer mais contato com nenhum membro da Casa.
“Nós vamos nos encontrar nos bairros e me façam o favor de não me dirigir uma palavra, nenhum. É um favor que vocês vão fazer. Não me dirijam uma palavra, por que vocês não são amigos. Não venham cometer injustiça”, disse.
Domingos Paz afirmou que ainda retornará à Casa num futuro mandato e disse que por ser cristão da igreja Assembleia de Deus, foi perseguido.
“Vocês não são coerentes. Se defendem a mulher a criança, e o meu filho? E a minha esposa? […] Vocês não defendem ninguém. Vocês deveriam falar sobre o R$ 1 milhão de reais, mas não falam”, continuou.
“Entrego a minha vida nas mãos de Deus e fiquem sabendo que se nos encontrarmos na rua não aceitarei nenhuma fala. Lá na curva do vento nós podemos nos encontrar novamente. Aqui tem um grupo orquestrado”, finalizou.