O amor vencerá o ódio, por Robson Paz

O Brasil está diante da eleição mais importante da história, desde a redemocratização do país. De um lado, a luz da democracia e do amor. Do outro, a escuridão da intolerância e da barbárie.
No centro, a população dividida. Parte desta, inebriada com pregações de ódio e violência. Não estamos, portanto, diante de simples decisão sobre quem será o presidente pelos próximos quatro anos. Mas, a escolher entre o caminho da dignidade humana, das liberdades individuais e o medievalismo das ‘santas inquisições’.

As recentes pesquisas mostram que há progressivo desencanto com o ‘mito’ da candidatura, que se apresenta como signatária da antipolítica, do combate à corrupção e à violência. Isto porque as práticas mostram o inverso. O representante da extrema direita tem se revelado um político intolerante, enredado em denúncias de corrupção, caixa dois e defensor da violência e da tortura.
A pregação do ódio aos opositores e morte, inclusive de inocentes, estarrece o país e o mundo. Quem em sã consciência seria capaz de utilizar o voto para autorizar um presidente da República a torturar e matar seus semelhantes?
Ainda mais contraditório é tentar associar a violência, misoginia, racismo, homofobia, intolerância, guerra, armamento com a mensagem de amor, da coexistência e da paz deixada por Jesus para a humanidade.

Decerto, o filho de Deus feito homem condenou práticas imorais e a corrupção. É verdade! Contudo, o fez convertendo estes por meio do amor e do perdão. Foi assim com a mulher que seria apedrejada por adultério, com os cobradores de impostos, entre outros tantos exemplos. “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. (…) Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.” Sábias palavras, que ecoam por séculos, milênios.

Jesus não pregou a extinção, mas o respeito aos diferentes. “As pessoas saudáveis não precisam de médico, mas sim os doentes. (…) Pois eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.” (Mateus 9:12, 13)

É preciso dizer não à ameaça à democracia no Brasil, aos direitos humanos e às liberdades individuais. Valorizar as famílias é assegurar igualdade de direitos e oportunidade para todos e todas, moradia digna, educação gratuita e com qualidade, acesso à saúde.

O futuro do nosso país depende de cada um de nós. É auspicioso ver que eleitores indecisos e propensos em votar em branco e/ou nulo começam a entender que se omitir do processo é fortalecer os ideais odiosos e intolerantes, que ameaçam a dignidade humana.

Dos mais brilhantes líderes da história, Nelson Mandela afirmou que “ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”.

É preciso refletir sobre tudo isto na hora de votar. Não podemos ser cúmplices, nem compactuar com a morte da esperança numa nação melhor e mais justa para esta e as próximas gerações. É o destino de mais de 200 milhões de brasileiros que está em jogo. O amor vencerá o ódio!

Por Robson Paz

Radialista, jornalista, Secretário adjunto de Comunicação Social e diretor-geral da Nova 1290 Timbira AM

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