O debate em torno da Margem Equatorial, para exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, vem ganhando força e aumentando as polêmicas. Esta margem alcança o Maranhão e os parlamentares do estado querem a autorização do Ibama para a Petrobras perfurar os poços em toda esta Margem Equatorial.
As polêmicas giram em torno das questões ambientais. Ongs de várias partes do país argumentam que os impactos serão grandes. Os políticos, claro, querem a exploração. Os representantes do Amapá, por exemplo, são os maiores defensores desta exploração. Eles falam em bilhões de reais a serem conseguidos pelos estados envolvidos. Falam de expectativa de 10 bilhões de barris de petróleo.
No Maranhão, os deputados e senadores falam em aumento de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.
Da bancada maranhense, não há até o momento um parlamentar que tenha se posicionado contra. Alguns até trabalham na linha de frente pressionando o Ibama e também o ministério do Meio Ambiente para acelerar o processo do estado da Petrobras.
Alguns deputados como Pedro Lucas Fernandes (União), Márcio Jerry (PCdoB), André Fufuca do (PP) concordam coma exploração. Pedro Lucas chama de novo pré-sal do Brasil.
Somente Rubens Júnior (PT) disse que, neste momento, concorda com o estudo que a Petrobras fará.
O senador Weverton Rocha (PDT) é mais enfático e diz que concorda plenamente com a exploração. Na análise do pedetista, os benefícios que poderão chegar ao Maranhão com a Margem Equatorial não se resume ao petróleo que poderá ser encontrado. O Porto do Itaqui deverá ser uma das portas de escoamento do produto.
“A população da Amazônia precisa de alternativas de desenvolvimento econômico e a exploração do petróleo pode ser uma, desde que sejam feitos todos os estudos necessários para que se saiba qual o impacto ambiental e capacidade de sustentabilidade dessa exploração para que a bacia amazônica seja preservada”, disse o senador.
A pressão deverá aumentar para a liberação da exploração até mesmo porque estudos mostram que o pré-sal no Rio de Janeiro deverá findar até meados de 2030. Pressão que passará por pautas caras para o governo e até o trâmite da indicação para o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte: Imirante