Atos em defesa e contra o governo federal estão previstos nesta terça-feira, 7, em centenas de cidades no País. O feriado de 7 de Setembro se tornou a mais elevada aposta política do presidente da República, Jair Bolsonaro, desde que assumiu o Palácio do Planalto. O presidente acirrou as tensões institucionais ao convocar manifestações de apoio ao governo e ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
No sentido oposto, grupos de esquerda também programam atos em quase 200 municípios, o que motivou autoridades da segurança pública a criarem esquemas inéditos de policiamento para evitar embates entre os manifestantes, especialmente no transporte público.
Bolsonaro e apoiadores intensificaram a convocação para os atos após a rejeição da PEC do voto impresso na Câmara dos Deputados. Às vésperas do Dia da Independência, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretou a prisão de bolsonaristas que ameaçaram integrantes da Corte.
A Procuradoria-Geral da República viu “levante” em atos convocados por apoiadores de Bolsonaro, que chegou a comparar as manifestações a um “ultimato” contra Moraes e ao ministro Luís Roberto Barroso, também do STF.
Na noite da segunda-feira, 6, apoiadores do presidente começaram a se dirigir para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, levando cartazes com pedidos de fechamento do STF e do Congresso. O presidente sobrevoou de helicóptero o local durante o dia.
Bloqueio na Esplanada
Um grupo de apoiadores de Jair Bolsonaro conseguiu furar o bloqueio de segurança montado pelo governo do Distrito Federal na Esplanada no período da noite da segunda-feira e tiveram acesso durante a madrugada de terça à região com carros e caminhões ao local onde ocorrerão as manifestações.
A circulação no local estava restrita desde a madrugada de segunda-feira como medida preventiva. Apenas a passagem de pedestres estava permitida.