A pequena cidade de lara Vêneta, localizada na região do Vêneto, norte da Itália, foi palco de manifestações contra e a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nesta segunda (1º). Há uma semana o município vive a polêmica provocada pela concessão do título de cidadão honorário ao líder brasileiro pela prefeita Alessandra Buoso, ligada ao partido de ultradireita Liga Norte.
A honraria foi aprovada a toque de caixa por Buoso, que justificou-se afirmando que “era uma homenagem aos italianos que haviam partido para o Brasil, uma homenagem às origens vênetas”, uma vez que foi em Anguillara Vêneta, uma cidade de 4.000 habitantes, que o bisavô de Bolsonaro nasceu.
Manifestantes contrários ao líder brasileiro começaram a chegar por volta das 9h, no horário local, na praça Matteotti, espaço autorizado pela polícia para a realização do protesto. Um outro grupo, de cerca de 20 pessoas pró- Bolsonaro, também chegou cedo e, sem perceber, uniu-se à manifestação contrária.
Durante uma hora, os movimentos sociais e as legendas que organizaram o ato —Partido Democrático, Refundação Comunista, CGIL, o maior sindicato dos trabalhadores da Itália, ANPI, que reúne membros da resistência italiana ao fascismo, além de organizações não governamentais— dividiram as indignações.
Bolsonaro chegou ao local por volta das 12h20. Após empurra-empurra entre manifestantes e profissionais da imprensa, o presidente saiu rapidamente do local para cumprimentar simpatizantes. As manifestações contra a decisão da prefeita começaram já na sexta-feira, (29), quando alguns manifestantes ligados ao grupo ambientalista Rise Up 4 Climate Justice jogaram esterco na entrada da prefeitura e picharam a fachada com “Fora Bolsonaro”. Para o grupo, “o presidente representa o modelo capitalista, predatório, destrutivo e colonialista contra qual lutamos”.