Uma das grandes dúvidas que domina o cenário político do Maranhão é a possível candidatura do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), ao governo do estado. Publicamente, o gestor disse que não vai tratar de eleições este ano. Somente em 2026. Mas a aliados, Braide tem dito que analisa o tabuleiro do jogo político para, até o fim deste ano, decidir se entra na disputa ou não.
E análise do prefeito Eduardo Braide não se reduz aos percentuais que ele aparece nas pesquisas. Ele trata com todo o cuidado a possibilidade de deixar a prefeitura de São Luís que deve ter para 2026 um orçamento de mais de R$ 6 bilhões.
Deixar a prefeitura é entregar o poder para sua vice, Esmênia Miranda, que tem membros da família que não se alinham com Eduardo Braide e, por isso, o prefeito sabe das possibilidade de um rompimento de sua vice com ele caso saia do comando do Palácio de La Ravadière em abril do próximo ano.
Deixar a prefeitura pode significar também abrir mão de fazer seu sucessor em 2028 para um possível mandato de 6 anos, caso haja mudanças na legislação eleitoral que o Congresso Nacional já ensaia em fazer.
Aos aliados, Braide tem dito que está em uma situação confortável na Prefeitura de São Luís (avaliação alta, dinheiro em caixa com superavit pelo quinto ano seguidos) e isso dá a vantagem dele analisar os cenários e quem serã seus possíveis adversários em 2026.
Outra vantagem é o próprio partido de Braide. O presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, gosta da da ideia da candidatura dele ao Palácio dos Leões.
O fato é que Eduardo Braide tem cerca de 9 meses para decidir se deixa a prefeitura e se aventura na disputa estadual de governador.