85% da população de Alcântara é quilombola, aponta IBGE

Quase 85% da população que vive na cidade de Alcântara, no Maranhão, é quilombola. É o que aponta o Censo 2022 divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (27). Essa é a maior proporção deste grupo em uma cidade brasileira.

Na sequência do ranking, aparecem Berilo (MG), com 58,4% de quilombolas entre a população local; e Cavalcante (GO), com 57,1%. Esta é a primeira vez que a pesquisa apura dados sobre essa parcela da população.

Considerando números absolutos, a liderança é da cidade de Senhor do Bonfim, localizada na região centro-norte da Bahia. Entre os 74.490 habitantes da cidade, 15.999 são quilombolas. Salvador, a capital baiana, aparece na sequência com 15,9 mil e Alcântara, é a terceira, com 15,6 mil quilombolas.

A origem de Alcântara remete ao começo do século 17, quando a região passou a ser ocupada por franceses. No período, indígenas tupinambás viviam no local.

Na metade do século 18, a região passou a receber um fluxo maior de escravizados africanos para trabalhar na agricultura. Foi nesse período que começaram a surgir os primeiros territórios quilombolas.

Fonte: Folha de S. Paulo

Resultado do Censo pode mudar número de vereadores em nove cidades do MA

No Maranhão, pelos menos sete Câmaras Municipais podem reduzir o número de vereadores e duas devem aumentar a quantidade de vagas, de acordo com o Censo de 2022, divulgado na quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número de vereadores de um município é definido pela Constituição Federal de acordo com faixas de habitantes. Cidades que têm até 15 mil moradores podem ter no máximo nove parlamentares e esse número aumenta proporcionalmente. O máximo é para cidades com população acima de 8 milhões, que podem ter até 55 vereadores.

Os dados demonstram que a população reduziu nos municípios de Bom Jesus das Selvas, Monção, Joselândia, Conceição do Lago-Açu, Lago Verde, Senador La Rocque e Nova Olinda do Maranhão.

Em contrapartida, o número de habitantes aumentou em Chapadinha e Raposa em relação ao censo elaborado pelo Instituto em 2010. Com atualização do recenseamento, as cidades terão que adequar vagas nas Câmaras ao número de moradores.

Esse resultado também pode acabar refletindo diretamente nas políticas públicas, como na ordenação dos recursos da União aos municípios, que é realizada com base no quantitativo de habitantes.

Menos cadeiras

Veja a seguir a quantidade de vagas que cada uma das Câmaras Municipais atingidas podem perder:

Bom Jesus das Selvas (MA) e Monção (MA) perdem duas vagas, caindo de 13 para 11;

Joselândia (MA), Conceição do Lago-Açu (MA), Lago Verde (MA), Senador La Rocque (MA) e Nova Olinda do Maranhão (MA), perdem duas cadeiras saindo de 11 para 9.

Mais cadeiras

Com resultados do Censo do IBGE, duas Câmaras Municipais podem aumentar vagas para vereadores:

Raposa (MA), pode subir de 11 para 13 vereadores;

Chapadinha (MA), deve sair de 15 para 17 parlamentares

Pesquisa do IBGE aponta que expectativa de vida sob maranhense é a menor do país

As pessoas nascidas no Maranhão são as que têm menor expectativa de vida no Brasil, segundo números divulgados hoje  (01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O estado apresenta também uma das maiores taxas de mortalidade infantil, pois para cada mil crianças nascidas são registrados 21,3 óbitos.

De acordo com os dados, uma pessoa nascida no Brasil em 2016 tinha expectativa de viver, em média, até os 75,8 anos, o que representa um aumento de três meses e 11 dias a mais do que para uma nascida em 2015.

Entre as Unidades da Federação, a maior expectativa de vida foi encontrada em Santa Catarina, 79,1 anos, e a menor no Maranhão, 70,6 anos. Uma pessoa idosa que completasse 65 anos em 2016 teria a maior expectativa de vida (20,1 anos) no Espírito Santo. Por outro lado, em Rondônia, uma pessoa que completasse 65 anos em 2016 teria expectativa de vida de mais 15,9 anos.