Paralisação: passageiros de 15 bairros ficam sem ônibus da 1001 nesta sexta-feira, em São Luís


Rodoviários da empresa de ônibus 1001 realizam um protesto na manhã desta sexta-feira (14) e paralisaram toda a frota. A mobilização ocorre por causa de salários atrasados, além da falta de pagamento do plano de saúde, tíquete-alimentação e outros benefícios.

Desde o dia 20 do mês de outubro, os trabalhadores ativos da empresa não receberam os salários nem benefícios, segundo informações do presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, Marcelo Brito. Além disso, de acordo com ele, os valores da rescisão do contrato de trabalho também não foram pagos aos funcionários desligados.

Com a paralisação total, moradores de cerca de 15 bairros enfrentam dificuldades para se deslocar. A empresa ainda não se manifestou sobre a situação. Entre as áreas afetadas estão:

1. Ribeira
2. Viola Kiola
3. Vila Itamar
4. Tibiri
5. Cohatrac
6. Parque Jair
7. Parque Vitória
8. Alto do Turu
9. Vila Lobão
10. Vila Isabel Cafeteira
11. Vila Esperança
12. Pedra Caída
13. Recanto Verde
14. Forquilha
15. Ipem Turu

Muitos passageiros tentam alternativas para chegar ao trabalho ou a outros compromissos. Há relatos de usuários que estão pagando mais caro por corridas em aplicativos de transporte devido à alta demanda. 

A paralisação continuará, segundo o Sindicato dos Rodoviários, até que os empresários ou o sindicato patronal (SET) apresentem uma solução. Além da 1001, outras empresas que operam no transporte público de São Luís podem aderir ao movimento pelas mesmas questões. Leia a nota:

“Os trabalhadores da empresa 1001 seguem paralisados em São Luís. O movimento continuará, até que os empresários ou o sindicato patronal (SET), apresentem uma solução para todas as reivindicações dos Rodoviários, que estão com os salários atrasados, além de situações de férias e até rescisões não pagas.

Outros benefícios também não estão sendo garantidos para os trabalhadores, como é o caso do ticket alimentação e até do plano de saúde. Diante de tantos descumprimentos da Convenção Coletiva de Trabalho, a paralisação, que conta com o total apoio do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, só terá fim, após todos os pagamentos devidos serem efetuados.

A empresa 1001 opera quase 20 linhas no transporte público da Grande São Luís. São milhares de usuários atendidos em diversos bairros da capital maranhense.

Assim como 1001, outras empresas que atuam no transporte público de São Luís, estão em situação semelhante e caso não se regularizem, junto aos trabalhadores, também correm o risco de terem as atividades paralisadas nos próximos dias”.

A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) declarou, por meio de nota, que as questões trabalhistas são de responsabilidade do Sindicato das Empresas de Transportes (SET). Leia:

“A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) informa que as questões trabalhistas são de competência do Sindicato das Empresas de Transportes (SET).

Dessa forma, a SMTT aguarda que as empresas consorciadas e o Sindicato dos Rodoviários cheguem a um entendimento, a fim de garantir a continuidade dos serviços à população”.

Por sua vez, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) confirmou que valor do subídio, de aproximadamente R$ 7 milhões, não foi pago. Leia a nota:

“O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) informa que a crise no sistema de transporte público da capital vem se agravando progressivamente. O principal motivo é a falta de repasse dos subsídios por parte da Prefeitura Municipal de São Luís, no valor de aproximadamente R$ 7 milhões, que não foram pagos desde o início do mês. O sistema depende desses repasses para pagar os salários, o que foi, inclusive, determinado, desde 2022, pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A Prefeitura de São Luís também vem descumprindo decisão judicial da Vara de Interesses Difusos. 
Essa situação compromete diretamente a operação das empresas e, caso não haja a regularização urgentemente dos repasses, existe o risco de que a paralisação já iniciada se estenda a todo o sistema de transporte público.

O SET reforça que permanece à disposição para diálogo e busca de soluções que garantam a continuidade do serviço de transporte público, essencial à população”.

“Muralha Digital” usada em São Luís será utilizada em Florianópolis

Apesar de ainda existir o chamado “Complexo Vira-Lata” (sentimento de inferioridade que muitos maranhenses têm em relação ao resto do Brasil), a “Muralha Digital”, implementada pela Prefeitura de São Luís para ajudar no combate a criminalidade, será agora implantada em Florianópolis-SC.

O prefeito Eduardo Braide (PSD) anunciou o funcionamento da “Muralha Digital” em outubro deste ano e costumeiramente tem demonstrado o resultado do equipamento que vai utilizando a tecnologia por meio do monitoramento com câmeras de reconhecimento facial para o combate a criminalidade.

Nesta semana, foi a vez do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), anunciar o início do funcionamento da “Muralha Digital” na capital de Santa Catarina.

Além da coincidência dos dois gestores serem do mesmo partido, a outra coincidência é que São Luís e Florianópolis são capitais que são ilhas.

E assim o “Muralha Digital” implementado em São Luís, vai servindo de exemplo para outras cidades do Brasil.

Guarda municipal saca arma e ameaça motorista de ônibus em São Luís; servidora é afastada


Um episódio de extrema gravidade foi registrado na linha Mojo–Terminal da Cohab, em São Luís, nesta semana, envolvendo uma guarda municipal e um motorista de transporte coletivo. Segundo relatos do condutor, a servidora entrou no ônibus normalmente, mas ao descer, apresentou uma carteira funcional da Guarda Municipal e exigiu que a viagem fosse considerada carona institucional, sem pagamento da passagem.

O motorista afirmou que explicou à agente não poder conceder a gratuidade, já que há uma orientação expressa da empresa para não permitir embarques sem bilhete ou cartão de transporte. Diante da negativa, a mulher teria sacado a arma de fogo e apontado em direção ao condutor, em um gesto interpretado como ameaça e tentativa de intimidação.

A cena provocou pânico entre os passageiros, que presenciaram o momento de tensão. Após o ocorrido, o motorista registrou boletim de ocorrência e comunicou oficialmente o fato à empresa de transporte responsável pela linha.

Em publicação nas redes sociais, o prefeito Eduardo Braide confirmou que a guarda envolvida foi afastada de suas funções, teve a arma recolhida pelo comando da corporação, e que o caso foi encaminhado à Corregedoria da Guarda Municipal, responsável pela devida apuração. “Informo que a guarda municipal envolvida no caso de ameaça ao motorista de ônibus já foi afastada de suas funções, teve sua arma recolhida e o caso foi encaminhado à Corregedoria”, declarou o prefeito

SMTT investiga suposto ‘ranking de multas’ feito por agentes de trânsito em SLZ


A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) de São Luís informou, por meio de nota oficial, que está apurando a veracidade de informações que circulam nas redes sociais sobre a criação de um suposto “ranking” informal de aplicação de multas por parte de agentes de trânsito da capital maranhense.

De acordo com o comunicado, a SMTT tomou conhecimento de que um grupo de agentes teria elaborado uma lista classificando o número de autuações realizadas, o que, segundo a pasta, fere os princípios que regem a atividade de fiscalização de trânsito.

A secretaria foi enfática ao afirmar que não estabelece metas quantitativas de autuações e que repudia qualquer prática que comprometa o caráter educativo e preventivo das ações de fiscalização. “Qualquer conduta que desvirtue esses princípios não representa a orientação nem a postura da SMTT”, destacou o órgão.

A SMTT reforçou ainda que os agentes de trânsito devem seguir rigorosamente os princípios da legalidade, impessoalidade e respeito ao cidadão. O caso está sendo apurado com o objetivo de identificar os possíveis responsáveis.

Ação questiona show de Gusttavo Lima por R$ 1,2 milhão em São Luís


O show do cantor Gusttavo Lima, marcado para o próximo dia 8 de setembro em São Luís, pode não acontecer. Uma ação popular ajuizada por dois advogados questiona o contrato firmado entre a Prefeitura da capital maranhense, a empresa Balada Eventos e o próprio artista, cujo cachê foi estabelecido em R$ 1,2 milhão. A informação foi divulgada pelo portal Direito e Ordem.

Turismo Maranhão

 

Na petição, os autores alegam que o valor é excessivo e desproporcional, configurando possível violação de princípios constitucionais como legalidade, moralidade, eficiência e impessoalidade. Eles também sustentam que a contratação pode representar favorecimento de interesses pessoais ou políticos, além de gerar prejuízos à valorização da cultura local.

O caso está sob análise do juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís. Em despacho emitido em 2 de setembro, o magistrado determinou que o Município de São Luís apresente manifestação em até 72 horas sobre o pedido de liminar que busca suspender a execução do contrato.

Com isso, a decisão final sobre a realização ou não do evento deve ser conhecida até o próximo 5 de setembro, prazo fixado pelo juiz para que a prefeitura apresente suas justificativas. Até lá, a realização do show de Gusttavo Lima segue indefinida.

Braide anuncia mudanças na Secretaria de Meio Ambiente


O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), anunciou nesta terça-feira (12) mudança no comando da pasta de Meio Ambiente.

Na semana passada, a então titular da pasta, Karla Lima, anunciou seu desligamento, A gestora, que é irmã do ex-deputado e ex-presidente do PSD no Maranhão, Edilázio Júnior, aceitou um convite para integrar o Governo do Maranhão, na gestão do governador Carlos Brandão.

Nesta terça-feira, Braide anunciou o nome da advogada Denise Gasparinho para o comado da Secretaria de Meio Ambiente.

“A advogada Denise Gasparinho é a nova titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMAM. Sucesso nessa importante missão!”, destacou.

Braide é alvo de inquérito sobre vagas na educação

O Ministério Público do Maranhão instaurou inquérito civil para investigar a gestão Braide por supostas irregularidades na lotação de professores temporários em São Luís. A medida foi adotada pelo promotor Nacor Paulo Pereira dos Santos, da 34ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa.

A investigação dá continuidade a apuração anterior, iniciada após questionamentos sobre o processo seletivo simplificado nº 001/2022, da Secretaria Municipal de Educação (Semed). O MP quer esclarecer se houve desvio de finalidade ou descumprimento de normas que regem contratações temporárias no serviço público.

A instauração do inquérito ocorre no momento em que professores aprovados no concurso público da Prefeitura cobram a nomeação dos classificados. Nesta segunda-feira (14), dezenas de educadores se reuniram em frente à sede do Executivo municipal para denunciar a manutenção de contratos temporários mesmo com candidatos aptos aguardando convocação.

CONTRADIÇÃO

Apesar da promessa pública de Eduardo Braide (PSD) de preencher todas as 2.400 vagas previstas no edital — 600 imediatas e 1.800 para cadastro de reserva —, os manifestantes afirmam que a gestão tem ampliado contratações provisórias. A medida, segundo os educadores, fragiliza o serviço público e confronta o princípio do concurso como forma de acesso legítimo à administração.

Durante o protesto, o sindicato da categoria, o Sindeducação, relatou falhas na condução da etapa de posse. A ausência de publicação oficial no Diário Oficial levou centenas de professores ao prédio do IPAM, no Olho d’Água, guiados apenas por mensagens informais enviadas via WhatsApp. Muitos não tinham confirmação se estariam oficialmente convocados.

A entidade classista cobra da gestão Braide maior transparência e a apresentação de um cronograma oficial com garantias de respeito à ordem de classificação e aos direitos dos concursados. Até o momento, a Prefeitura não respondeu aos questionamentos públicos nem à solicitação do Ministério Público.

 

Eduardo Braide entrega primeiro COMPEC de São Luís

O prefeito Eduardo Braide entregou, na noite da terça-feira (17), o primeiro Complexo de Educação e Cidadania (Compec) de São Luís. A extensa área, que estava abandonada há mais de 15 anos, foi completamente transformada, com a construção de vários dispositivos esportivos e de lazer, além de uma escola que atenderá cerca de 500 estudantes.

“Tomamos a decisão de transformar esse local com equipamentos esportivos e uma escola. Muito mais do que educação, as pessoas não só do Coroado, como também dos bairros adjacentes, vão poder exercer aqui sua cidadania, neste espaço que também é de convivência.  As obras públicas servem para unir as pessoas, para que vivam em comunidade”, destacou o prefeito Eduardo Braide.

O Compec surge com a responsabilidade de trazer nova vida para o bairro Coroado, além de proporcionar segurança para os moradores e para as pessoas que transitam pelo local.

“Ao visitar esse local, o prefeito achou o propósito para todo esse espaço a partir da educação e da prática esportiva. Cada obra entregue é fruto da escuta que fazemos das necessidades e anseios da população e essa sensibilidade do prefeito em ouvir a comunidade vem fazendo com que a cidade seja transformada”, pontuou o secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, David Col Debella.

A cerimônia de entrega de todo o espaço contou com desenlace da faixa, descerramento da placa, visita pelos espaços da nova escola construída no local, entrega de certificado de licença para comerciantes que atuarão no local e com a apresentação do bumba meu boi Brilho da juventude. Na oportunidade, estiveram presentes secretários da gestão, além de autoridades judiciais, políticas e comunidade local.

Transformação de espaço e de vidas – Localizado no bairro Coroado, entre a travessa da Cerâmica e a Avenida dos Africanos, o Compec é um espaço multifuncional, que abriga uma escola moderna, quadras, áreas de lazer e espaços de convivência. Essa infraestrutura completa do projeto pioneiro idealizado pelo prefeito Eduardo Braide, vai oferecer educação de qualidade e promover o bem-estar e o desenvolvimento integral dos moradores da região, em um ambiente propício para o aprendizado, a prática esportiva e o convívio social.

O complexo, construído em uma área que por mais de 15 anos ficou abandonada, conta com quadra poliesportiva, quadra society, quadra de areia, pista de skate, academia ao ar livre e espaço de food truck. A escola tem capacidade para mais de 500 alunos, com sete salas de aula e uma sala multiuso, biblioteca, refeitório, cozinha, salas administrativas, banheiros, estacionamento e playground.

Ao todo foram investidos R$ 5.411.602,84, sendo R$ 3.533.333,51 na escola e R$ 1.878.269,33 na praça. Os recursos são do Município.

UEB Francisco Sotero dos Reis – A Unidade de Educação Básica (UEB) Francisco Sotero dos Reis receberá estudantes do 6º ao 9º anos do Ensino Fundamental, nos períodos manhã e à tarde. A escola conta com aparelhos de ar-condicionado em todas as suas dependências. Na área externa, a UEB tem estacionamento, uma ambientação com paisagismo e playground para os estudantes se divertirem no intervalo das aulas.

Braide anuncia primeiras atrações do São João na Maria Aragão


O prefeito da capital maranhense, Eduardo Braide (PSD), anunciou as primeiras atrações para o São João 2025 organizado pela Prefeitura de São Luís, que ocorrerá na Praça Maria Aragão.

Braide anunciou a cantora Elba Ramalho e a Banda Magníficos, para serem atrações no dia 07 de junho, no Arraial da Cidade.

“Foi aqui que pediram São João raiz? Pois vem aí o São João de São Luís 2025. No dia 7 de junho, o Arraial da Cidade recebe Elba Ramalho e Banda Magníficos pra fazer a Maria Aragão balançar. Quero ver meus filhos dançando xote e forrozinho do jeito que só São Luís sabe fazer!”, anunciou.

Braide vai ao TJ contra lei que aumentou seu salário; veja petição


O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), protocolou nesta quinta-feira, 3, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) contra lei municipal promulgada, também hoje, pela Câmara de Vereadores, que aumenta seu salário de R$ 25 mil para R$ 38 mil.

O reajuste foi concedido em fevereiro, quando a Câmara Municipal derrubou veto do gestor a um projeto com o benefício, que havia sido aprovado no fim de 2024.

Após a derrubada do veto, o presidente do Legislativo da capital, vereador Paulo Victor (PSB) destacou que a decisão da Câmara não teve como objetivo aumentar a remuneração do prefeito, mas garantir, com isso, a manutenção de salários de auditores e controladores do Município no patamar atual.

Na petição encaminhada ao TJ – onde será inicialmente analisada pelo desembargador Jamil Gedeon -, Braide destaca que o reajuste o coloca como o segundo prefeito mais bem pago do país.

“A manutenção do valor estabelecido pela norma impugnada, após a derrubada do veto do Chefe do Executivo, resultaria no segundo maior subsídio entre os prefeitos das capitais brasileiras, ficando atrás, por R$ 39,00 (trinta e nove reais) apenas do subsídio do Prefeito de São Paulo. Vejamos o cenário atual”, diz a ação, completando que “tal remuneração seria, inclusive, superior à do Governador do Estado do Maranhão, atualmente fixada em R$ 33.006,39 (trinta e três mil, seis reais e trinta e nove centavos)”.

“Além de desconsiderar a realidade socioeconômica local de forma desproporcional e inadequada, a norma impugnada está eivada de vício de inconstitucionalidades formal e material, insanáveis”, acrescenta o prefeito.

Inconstitucionalidades

Para Braide, o processo que levou à derrubada do seu veto ao reajuste deixou de observar “formalidades do processo legislativo regular”, porque a proposição foi aprovada
como uma “Emenda à Lei Municipal no 7.701/2024, que altera a Lei Municipal no 5.707,
de 7 de janeiro de 2013, e dá outras providências”.

“No entanto, esse tipo de proposição – uma emenda a uma lei – não possui amparo no processo legislativo, carecendo de fundamento jurídico válido”, alega o prefeito, que explica:

“De acordo com a técnica legislativa aplicável ao processo legislativo em todas as esferas, a emenda é uma proposição acessória destinada a modificar o conteúdo de um projeto de lei. Em outras palavras, trata-se de um instrumento que visa alterar o texto originalmente proposto enquanto ainda está em fase de deliberação, ou seja, antes de sua aprovação e subsequente publicação, momento em que adquire vigência como lei. Dessa forma, inexiste previsão normativa, seja de natureza legal ou regimental, que autorize a modificação do texto de uma lei já incorporada ao ordenamento jurídico por meio de emenda, como ocorre no caso da Lei Municipal
5.707/2013″.

“Assim, a emenda, enquanto proposição acessória vinculada a um projeto principal em tramitação na Casa Legislativa, tem por finalidade modificar seu conteúdo, seja acrescentando, suprimindo, alterando ou substituindo dispositivos do texto em debate. No entanto, uma vez sancionado (ou promulgado) e publicado, o projeto transforma-se em lei, incorporando-se ao ordenamento jurídico com plena eficácia e exigibilidade. Nesse estágio, não cabe mais alteração por meio de emenda, pois o processo legislativo se encerra com a publicação da norma, exigindo-se, para qualquer modificação posterior, a observância do devido processo legislativo próprio para a edição de nova lei”, diz o texto da ação.

Braide argumenta, ainda, que a Emenda Constitucional no 95/2016 introduziu um requisito adicional para a validade formal de leis que criem despesas ou concedam benefícios fiscais, ao acrescentar o art. 113 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT): a necessidade de estimativa do seu impacto orçamentário para proposição legislativa que crie ou altere despesa obrigatória ou renúncia de receita.

“Cumpre destacar que o Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento de que o procedimento previsto no art. 113 do ADCT constitui uma obrigação de observância ampla e de caráter geral, servindo como parâmetro de controle para todos os entes da Federação. Assim, qualquer norma que crie despesas ou conceda benefícios fiscais deve estar em conformidade com esse dispositivo constitucional”, acrescenta o gestor municipal, ao apontar que a emenda aprovada não foi precedida de um estudo do tipo.

“Dessa forma, considerando que a lei impugnada nesta ação deriva de proposição legislativa omissa na apresentação da necessária estimativa do impacto financeiro e orçamentário, é de rigor o reconhecimento de sua flagrante inconstitucionalidade formal por violação ao art. 113 do ADCT da Constituição de República”.

Desproporcional

Braide aponta, ainda, desproporcionalidade do reajuste. Segundo levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Administração (Semad) e apresentado por ele na Adin, o impacto financeiro anual decorrente do aumento seria de R$ 28,8 milhões, uma vez que “desencadeia inevitavelmente um efeito cascata sobre o teto remuneratório aplicado a diversas categorias de servidores, ampliando expressivamente as despesas obrigatórias com pessoal”.

“Tal consequência compromete a sustentabilidade fiscal do Município, criando riscos significativos ao equilíbrio orçamentário e à prestação regular e contínua de serviços públicos essenciais, especialmente nas áreas sociais mais sensíveis, como saúde, educação e infraestrutura urbana”, ressalta o prefeito.

O relator do caso, agora, deve pedir um posicionamento da Câmara Municipal, o que deve ocorrer em até cinco dias úteis, antes de conceder ou negar a liminar pela revogação da lei. Depois disso, a decisão necessariamente precisa ser apreciada pelo Órgão Especial do TJMA.