Compra da Sputnik V pode ser suspensa pelo Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde vai rescindir o contrato para a compra de 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V. O anúncio depende apenas da conclusão das análises jurídicas necessárias.

A vacina não conseguiu obter a aprovação total da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que consta como uma das exigências do contrato, que teve a empresa União Química como intermediária. O imunizante não pode ser aplicado em grávidas, idosos e pessoas com comorbidade, além de não ser reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A vacina só poderia ser aplicada após aprovação de cada lote pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). As primeiras aplicações também teriam que ser seguidas por uma intensa ação de vigilância, a fim de observar efeitos adversos. Somente pessoas jovens e sem comorbidades poderiam receber o imunizante.

Diante disso, o governo chegou à conclusão de que não faz mais sentido seguir com a Sputnik. O mesmo deve se aplicar à Covaxin, envolvida em denúncias de corrupção. No caso da vacina russa, há ainda um contrato de 37 milhões de doses fechado com o Consórcio de Governadores do Nordeste.

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