A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigaria possíveis esquemas de corrupção no Ministério da Educação (MEC), do governo de Jair Bolsonaro (PL), corre risco de ser engavetada. Três senadores retiraram as assinaturas, entre eles, o senador maranhense Weverton Rocha (PDT). Nesta segunda-feira (11), o senador explicou a atitude.
“Cheguei a assinar o documento da CPI, mas imediatamente após assinar, ao examinar melhor a questão, entendi que a CPI caminhar ia numa linha tênue entre a necessária apuração de corrupção no governo e a exposição de parte da comunidade evangélica que busca recursos para seus trabalhos. Então, comuniquei ao senador Randolfe que não subi escreveria, razão pela qual minha assinatura nem chegou a subir no sistema”, justificou Weverton Rocha.
Além de Weverton, retiraram as assinaturas os senadores Oriovisto Guimarães (Podemos/PR) e Styvenson Valentim (Podemos/AC).
Para ser protocolada, a CPI precisaria ter, no mínimo, 27 assinaturas – mas, após a retirada, conta com apenas 24 nomes.
É de autoria do senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP) o pedido de abertura da CPI. O objetivo é investigar supostos esquemas de corrupção que envolveriam o ex-ministro do MEC, Milton Ribeiro, o presidente Jair Bolsonaro, pastores e prefeitos.