Flávio Dino defende desarmamento, despolitização das polícias e Justiça antirracista

O desarmamento, a ‘Justiça antirracista’ e a despolitização das polícias são os pontos centrais da gestão do futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB). Durante entrevista, ele deixou claro que vai atuar pelo desarmamento e garantir a autonomia ao trabalho das polícias.

“As armas não podem continuar sendo utilizadas para crimes dentro das casas e de locais públicos. “Nas zonas urbanas, também teremos a volta à lei, no que se refere ao armamentismo. Precisamos fazer com que as armas não sejam transformadas em instrumentos de perpetração de crimes nos lares, nos locais de trabalho e nas escolas. Vamos adotar estímulos para a entrega voluntária [de armas], inclusive, vamos procurar estímulos econômicos e haverá, com efeitos futuros, vedação a certas aquisições como as de fuzis, metralhadoras e assim sucessivamente”, disse Flávio Dino.

Despolitização das polícias

“Uma coisa é o direito ao voto. Pouco importa ao nosso governo em quem cada policial votou ou vai votar. Mas, a sua atuação profissional não pode estar pautada pelo seu apetite individual”, completou.

Justiça antirracista

“Não basta à Justiça não ser racista, é preciso que ela seja antirracista, ou seja, que ela difunda um cultura da paz, dos direitos humanos, da igualdade e da lei. A mesma coisa em relação ao feminicidio”, argumentou.

Coaf

“Hoje o Coaf está sob autoridade do Banco Central. É uma localização esquisita, eu diria, porque o Banco Central tem independência. Não é propriamente atribuição da autoridade monetária, tem tantos deveres e ter que cuidar de mais isso. Deve retornar ao Ministério da Justiça ou ao da Defesa. Aparentemente, havia uma ideia de escantear esse órgão tão importante”, avaliou.

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