“Liberdade de expressão não é terrorismo”, diz futuro ministro da Justiça

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou, nesta quinta-feira (29), que as prisões de bolsonaristas envolvidos em atos de vandalismo em Brasília buscam garantir o Estado de Direito e a proteção à vida.

“As ações policiais em curso visam garantir o Estado de Direito, na dimensão fundamental da proteção à vida e ao patrimônio. Motivos políticos não legitimam incêndios criminosos, ataques à sede da Polícia Federal, depredações, bombas. Liberdade de expressão não abrange terrorismo”, afirmou Dino.

O futuro ministro, nos últimos dias, tem dado declarações sobre a necessidade de garantir a segurança na posse do presidente eleito, Lula, marcada para o domingo (1º). A equipe do governo acionou o STF e foi atendida com uma medida judicial para proibir porte de arma em Brasília na posse e nos dias em torno da data. Dino também espera que um acampamento de bolsonaristas, montado na frente do quartel-general do Exército, em Brasília, seja desmobilizado pelas forças de segurança locais.

No início da manhã, agentes da Polícia Federal e da Polícia Civil do Distrito Federal foram às ruas cumprir mandados judiciais, assinados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Pelo menos três pessoas foram presas.

A operação é desdobramento das investigações sobre os atos de vandalismo em Brasília, ocorridos no dia 12 deste mês, quando apoiadores do presidente Jair Bolsonaro depredaram a sede da Polícia Federal, incendiaram veículos e atacaram o patrimônio público de ruas próximas ao prédio.

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