Máfia das apostas: Ministro da Justiça avalia paralisação do Brasileirão

Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Flávio Dino quebrou o silêncio sobre a ‘máfia das apostas’. O político deixou claro que não pretende paralisar o Brasileirão devido às investigações, mas também não descartou a possibilidade da interrupção acontecer.

— No limite, podemos sim, infelizmente, chegar a essas medidas de interrupção ou suspensão de atividades até sobre a ótica do Código de Defesa do Consumidor, uma vez que se cuida de um serviço. Então, se não há segurança nesse serviço, a própria lei 8078 prevê em tese essa possibilidade, mas não é algo que esteja sendo examinado nesse momento — revelou Flávio Dino, em entrevista a GloboNews, nesta quinta-feira (11).

Fonte:GloboNews

Flávio Dino apoia decisão de Moraes contra o Telegram


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), elogiou nesta quarta-feira (10) decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a exclusão em até uma hora, de uma mensagem encaminhada pelo Telegram aos seus usuários na terça-feira (9) com posicionamento contrário ao PL 2630 (ou PL das Fake News).

O comunicado anterior já foi apagado, e um novo, determinado pelo STF, foi enviado pela plataforma.

“A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, sobre os abusos do Telegram é um passo importante para fixação de balizas regulatórias a tais empresas”, escreveu Dino nas redes sociais. “O faroeste digital é incompatível com a Constituição. A Polícia Federal dará cumprimento imediato ao comando a ela destinada”, completou.

Na terça, o titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública já havia anunciado que providências legais serão tomadas em relação ao Telegram nesse caso. Segundo ele, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) irá notificar a plataforma a respeito de mensagem divulgada.

O Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito para apurar o disparo, e deu dez dias para que o Telegram preste esclarecimentos.

Flávio Dino diz que adotará providências contra quem não recadastrou armas

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), prometeu providência do Governo Lula (PT) contra proprietários de armas que não realizaram o recadastramento junto a Polícia Federal (PF). O prazo para a regularização fixado em decreto foi encerrado às 23h59 de quarta-feira (3).

Ao todo, 939.154 armas de fogos foram cadastradas no sistema da PF. Mais de 6 mil não acabaram não sendo informadas ao Sistema Nacional de Armas (Sinarm), que é gerenciado pela polícia.

“Seguem números atualizados do recadastramento de armas efetuado pela Polícia Federal. Realço que armas de uso permitido superaram as anteriormente cadastradas. Quanto as de uso restrito, 6.168 não foram recadastradas e serão adotadas as providências legais”, disse Flávio Dino.

De acordo com o relatório apresentado por Dino, do total de armas que foram cadastradas no sistema da PF, 894.890 são de uso permitido (12.089 a mais do que o número registrado no Sigma). Outras 44.264 são de uso restrito.

De acordo com o Ministério da Justiça, armas não cadastradas no sistema da PF serão consideradas ilegais e os portadores e proprietários serão punidos.

Segundo Flávio Dino, a partir de agora a Polícia Federal irá atrás de todos que não cumpriram a determinação de recadastrar as armas. As operações, no entanto, devem ser divididas para atender a prioridades (como os mandados em aberto e os grandes arsenais, por exemplo).

Prisão
Na manhã desta quinta-feira a PF realizou uma operação para prender pessoas que não recadastraram armas de fogo dentro do prazo – e que, além disso, têm mandados de prisão em aberto por crimes violentos ou dívidas de pensão alimentícia.

Não há divulgação até o momento, contudo, em relação ao número de mandados expedidos e/ou cumpridos.

O recadastramento de armas de fogo foi anunciado no mês de fevereiro e, inicialmente, previa prazo até abril para que proprietários procurassem a Polícia Federal para fazer o registro.

Quando aproximava-se da data, contudo, o governo decidiu adiar esse prazo por um mês, até 3 de maio, atendendo a pedido de parlamentares ligados à Comissão de Segurança Pública no Congresso.

O processo de cadastro contém a identificação da arma e do proprietário — incluindo o nome, CFP ou CNPJ, endereço de residência e do acervo.

Apesar da centralização do registro de armas, o cadastro não substituirá a comprovação de requisitos para obtenção da posse ou porte.

Críticas

O programa de cadastramento foi anunciado pelo governo Lula (PT) no início do mandato. O objetivo é estabelecer um controle sobre o arsenal em circulação no país.

A bancada de oposição, contudo, tem questionado a postura do governo em relação ao crime organizado.

Os parlamentares da bancada chamada “armamentista”, defendem que o cidadão de bem possa ter a arma de fogo como meio de defesa contra criminosos. E defendem operações contra o narcotráfico que domina favelas em todo o país.

Flávio Dino diz que chacina em Mato Grosso é resultado de “irresponsável política armamentista”

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), comentou, em suas redes sociais, a chacina ocorrida em Sinop, Mato Grosso, que terminou com sete pessoas mortas, entre elas uma criança de 12 anos. Segundo o chefe da pasta, o crime é “resultado trágico da irresponsável política armamentista”. Maranhenses estão entre as vítimas.

“Mais sete homicídios brutais. Mais um resultado trágico da irresponsável política armamentista que levou à proliferação de ‘clubes de tiro’, supostamente destinados a ‘pessoas de bem’, como alega a extrema-direita”, escreveu o ministro no Twitter.

A chacina ocorreu na tarde da última terça-feira, no Bruno Snooker Bar, bairro Lisboa, município mato-grossense. Dois homens entraram no local, disparam diversas vezes contra um grupo de pessoas, pegaram objetos em cima de mesas de sinuca e abandonaram o local em uma caminhonete.

Em desdobramento da investigação, a Polícia Civil descobriu que um dos suspeitos do crime ostentava nas redes sociais diversos vídeos em que praticava tiro em clubes. Este e outro envolvido estão foragidos.

Flávio Dino determina abertura de inquérito sobre assassinato de Marielle Franco

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB) determinou a abertura de um inquérito na Polícia Federal para investigar o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, mortos em 2018. Em publicação, nesta quarta-feira (22), nas redes sociais, Dino afirmou que a determinação busca ampliar “a colaboração federal com as investigações”.

“A fim de ampliar a colaboração federal com as investigações sobre a organização criminosa que perpetrou os homicídios de Marielle e Anderson, determinei a instauração de Inquérito na Polícia Federal. Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer tais crimes”, escreveu o ministro. Ele também compartilhou trecho da portaria, que determina a abertura da investigação e nomeia o delegado Guilhermo Catramby para conduzir o inquérito.

A abertura de um inquérito na Polícia Federal para investigar o caso já era esperada, uma vez que Flávio Dino já havia antecipado a possibilidade durante discurso de posse no Ministério da Justiça e Segurança Pública, em 2 de janeiro. Na ocasião, ao lado da ministra Anielle Franco, irmã da vereadora, Dino afirmou que é uma “questão de honra do Estado” desvendar o caso Marielle Franco.

“Eu disse à ministra Anielle [irmã de Marielle] e à sua mãe, que é uma questão de honra do Estado brasileiro empreender todos os esforços possíveis e cabíveis, e a Polícia Federal assim atuará, para que esse crime seja desvendado definitivamente e nós saibamos quem matou Marielle e quem mandou matar Marielle Franco naquele dia no Rio de Janeiro”, afirmou Dino.

Marielle e Anderson foram assassinados em março em 2018. Na época, ela era vereadora do Rio de Janeiro e estava dentro de um carro, na saída da Câmara dos Vereadores, junto com o motorista Anderson Gomes. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) já denunciou Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz como responsáveis pelo assassino, eles estão presos e aguardam júri popular.

Flávio Dino prorroga Polícia Federal e Força Nacional em terra indígena

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino anunciou a ampliação da presença da Polícia Federal (PF) e da Força Nacional em Roraima, ao longo da semana. O reforço será usado para as ações da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) na proteção de indígenas isolados.

“Dando cumprimento ao Decreto do presidente Lula, determinei a ampliação da presença da Polícia Federal e da Força Nacional em Roraima, ao longo desta semana. Queremos que a desintrusão das terras indígenas ocorra em paz, sem conflitos. Contamos com a colaboração de todos”, escreveu Dino, nas redes sociais.

Além disso, Flávio Dino determinou abertura de inquérito para entender o que levou o povo yanomami de Roraima a altos níveis de desnutrição e precariedade. De acordo com Dino, a apuração vai determinar se houve crime de genocídio e quais crimes ambientais foram cometidos.

A interdição de áreas com presença de grupos de indígenas isolados é importante para assegurar o direito desses povos ao seu território sem a necessidade de contatá-los, respeitando a vontade do grupo de se manter isolado.

Relatório sobre ataques é entregue ao STF; Dino diz que documento traz “tudo sobre aquele dia”

O relatório com informações sobre a invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e das dependências do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro de 2023 está pronto. O documento será entregue pelo interventor federal na segurança pública do Distrito Federal e secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Cappelli ao STF, nesta sexta-feira (27),

Nos últimos dias, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), deu indícios do conteúdo do relatório. “Esse relatório do Capelli vai narrar todos os fatos que levaram aos eventos do dia 8 de janeiro”, afirmou Dino.

O ministro citou que o documento traz, desde a montagem e manutenção de acampamentos ilegais, como esses acampamentos funcionaram, as tentativas de retirar estas estruturas e como isso funcionou como referência para a perpetuação de crimes.

“O relatório vai mostrar a dinâmica do que aconteceu entre os dias 6 e 9 de janeiro. Esse passo a passo vai revelar que houve problemas de planejamento e na execução”, explicou Flávio Dino.

Flávio Dino apresentará à Lula projeto que pune postagem de conteúdo terrorista

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), entregará, nesta quinta-feira (26), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), proposta de projeto de lei que visa monitorar e punir publicações terroristas e antidemocráticas nas redes sociais. Ele pedirá apoio ao presidente para bancar a tramitação da medida no Congresso Nacional. A redação do projeto foi finalizada nesta semana.

A medida integra o chamado “Pacote da Democracia”. Idealizado pela pasta de Dino, o pacote prevê apresentar ao menos dois projetos de lei e uma Proposta de Emenda Constitucional para enrijecer a legislação contra crimes por ataques à democracia.

É uma reação aos ataques golpistas de 8 janeiro em Brasília. O objetivo dessa proposta entregue hoje é criar uma regulação focada especificamente em conteúdos considerados terroristas e que atentem contra o Estado Democrático de Direito, com base no Código Penal.

A medida prevê contar com denúncias dos usuários de conteúdos ofensivos, notificar as plataformas para tomarem ações contra as postagens (como a remoção imediata do conteúdo), responsabilizar as empresas de redes sociais e mirar publicações que vão de incitação a golpe e deposição de governo até comércio de armas de fogo e munições.

Flávio Dino tem reforçado a interlocutores que as redes sociais tiveram papel fundamental na organização dos ataques golpistas aos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal no dia 8 de janeiro.

O Ministério da Justiça criou uma estrutura na pasta para coordenar os trabalhos do assunto.

Flávio Dino institui grupo para discutir política de migrações e refúgio

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), assinou, nesta segunda-feira (23), portaria que cria um grupo de trabalho para estabelecer a Política Nacional de Migrações, Refúgio e Apatridia.

A Secretaria Nacional de Justiça do ministério será responsável por definir a composição do grupo. Entre as atividades, os integrantes farão audiências públicas e reuniões com representantes de ONGs (organizações não governamentais) e da sociedade civil, incluindo a participação de migrantes, refugiados e apátridas.

A portaria foi assinada durante evento de lançamento do Programa de Atenção e Aceleração de Políticas de Refúgio para Pessoas Afrodescendentes e a Implantação do Observatório Moïse Kabagambe –Observatório da Violência contra Refugiados no Brasil, no Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O nome do observatório é uma homenagem ao congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte no quiosque onde trabalhava como atendente, na praia da Barra, no Rio de Janeiro, em janeiro de 2022. Dino disse que a portaria assinada levará a uma proposta de regulamentação “plena” da lei que trata sobre migrantes, refugiados e apátridas, de 2017.

“Precisamos implantar uma cultura da paz e dos direitos humanos, e isso não é uma ação estatal. Depende da nossa capacidade de emular bons valores para que consigamos reverter os paradigmas mais profundos e enraizados do fascismo, que não está na Esplanada dos Ministérios”, afirmou Flávio Dino.

Flávio Dino determina que Polícia Federal investigue crime contra Yanomami

A Polícia Federal (PF) vai investigar crime ambiental e de genocídio contra o povo Yanomami, em Roraima. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, vai pedir a abertura de um inquérito. A apuração iniciou nesta segunda-feira (23).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou o povo Yanomami, em Roraima, no último sábado, em meio a uma viagem para o resgate de crianças indígenas desnutridas e com diversas doenças na região. Na última sexta, foi decretado estado de Emergência em Saúde de Importância Nacional (Espin) no território.

“Há fortes indícios de crime de genocídio”, declarou Flávio Dino, segundo o MJSP. O ministro também está no estado acompanhando o presidente Lula.

Falta de medicamentos

Em novembro, a Polícia Federal fez uma operação contra o desvio de remédios para malária e verminoses, destinados para crianças indígenas Yanomami. Na ocasião, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão. A operação foi baseada em uma investigação do Ministério Público Federal (MPF), que se iniciou após uma denúncia da Hutukara, associação Yanomami.