Esquema pode ter custado acesso do Sampaio à Série A, diz FMF


O presidente da Federação Maranhense de Futebol (FMF), Antônio Américo, declarou, em entrevista a O Imparcial divulgada nesta sexta-feira, 19, que o esquema de apostas na Série B do Campeonato Brasileiro de 2022 pode ter custado o acesso do Sampaio Correa à elite do futebol Brasileiro.

“Em se confirmando as suspeitas, não restam dúvidas que o clube foi extremamente prejudicado, o que teria custado o acesso à Série A do Brasileiro. Um prejuízo irreparável. Mas vamos aguardar a decisão da Justiça”, declarou Américo.

Em 2022, o time maranhense terminou o campeonato na quinta colocação (apenas quatro sobem para a primeira divisão).

Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), cinco atletas que passaram pela Bolívia Querida no ano passado participaram do esquema que ficou conhecido como Máfia das Apostas. Eles viraram réus após denúncia da promotoria ser recebida pela Justiça.

Na entrevista, Américo também falou sobre a CPI a ser instalada pela Assembleia Legislativa do Maranhão, após a leitura de requerimento apresentado pelo deputado estadual Yglésio Moyses (PSB). “Nós sempre depositamos muita confiança e credibilidade nas autoridades constituídas. Quando surgiram os primeiros rumores e denúncias de eventuais manipulações, instauramos um procedimento interno e encaminhamos tudo para a Polícia Civil. Nossa Diretoria Jurídica está permanentemente acompanhando a investigação. Assim, da mesma forma, aguardamos com expectativa positiva o desempenho da CPI”, afirmou.

Máfia das apostas: Ministro da Justiça avalia paralisação do Brasileirão

Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Flávio Dino quebrou o silêncio sobre a ‘máfia das apostas’. O político deixou claro que não pretende paralisar o Brasileirão devido às investigações, mas também não descartou a possibilidade da interrupção acontecer.

— No limite, podemos sim, infelizmente, chegar a essas medidas de interrupção ou suspensão de atividades até sobre a ótica do Código de Defesa do Consumidor, uma vez que se cuida de um serviço. Então, se não há segurança nesse serviço, a própria lei 8078 prevê em tese essa possibilidade, mas não é algo que esteja sendo examinado nesse momento — revelou Flávio Dino, em entrevista a GloboNews, nesta quinta-feira (11).

Fonte:GloboNews