Flávio Dino pondera sobre ser ministro em eventual governo petista

O ex-governador do Maranhão e candidato ao Senado, Flávio Dino (PSB-MA), concedeu entrevista a site nacional, na segunda-feira (26), por videoconferência, onde falou sobre eleições, apoios políticos e cenário nacional para as votações.

Apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é candidato a presidência da República, Dino tem fortes chances de ocupar um ministério – o da Justiça é ventilado – em um eventual governo do petista. Sobre isso, ele ponderou. “Se a gente ganhar a eleição presidencial, se eu me eleger senador, se o presidente Lula convidar, é muito ‘se’ no meio do caminho”, pontuou.

Acrescentou dizendo que deve-se aguardar os fatos. “Eu sou muito prático. Eu sou taurino. Eu tenho pé no chão. Então, eu não coloco nenhum problema que não exista, objetivamente”, enfatizou.

Segurança

Defendeu três prioridades para a segurança pública no Brasil citando o desarmamento, as polícias e a comunicação. “Precisamos deixar claro para todas as polícias que quem anda com arma na cintura não pode colocar ideologia na frente. Precisamos tirar a política de dentro das polícias.  E deve haver integração operacional entre os órgãos federais, os Estados e os municípios”, frisou.

Ele disse que é necessário “tirar a política de dentro das polícias”. Segundo ele, “precisamos deixar claro para todas as polícias que quem anda com arma na cintura não pode colocar ideologia na frente”.

‘Voto útil’

Sobre campanha de Lula e aliados pelo chamado ‘voto útil’ – forma de avançar sobre os eleitores de Ciro Gomes (PDT), principalmente, e Simone Tebet (MDB) sob o argumento de que Jair Bolsonaro precisa ser derrotado no 1º turno – Flávio Dino considera a estratégia válida. Segundo ele, “isso não inviabiliza o diálogo pelo apoio dessas forças políticas nem no 2º turno, nem posteriormente no exercício do governo”. E lembrou que “o voto útil é um mecanismo legítimo constituído pela própria sociedade”.

Aliança Lula-Alckimin

Para Dino, a união de Lula com Geraldo Alckimin, que é seu vice na chapa de disputa à presidência, foi acertada. “A aliança Lula-Alckmin não é puramente eleitoral. Ela é uma aliança política duradoura. E nós vamos precisar disso”, disse, referindo-se à participação de pessoas de fora da esquerda em eventual nova gestão do petista.

Bolsonaro

Flávio Dino criticou a flexibilização nas regras sobre armas feitas pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). “Por desatino do atual presidente da República, foi editada uma legislação muito permissiva sobre aquisição de armas de fogo. E isso fez com que tais armas fossem parar na mão de quadrilhas, organizações criminosas”, declarou.

Disse ainda que, “esses supostos clubes de tiro, de caça, de colecionadores, tão prestigiados pelo presidente da República, em larga medida são fachadas ou são instâncias infiltradas pelo crime organizado”.

 

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