Paulo Victor confirma que Domingo Paz ameaçou vereadores


O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor (PSDB), confirmou nesta segunda-feira, 30, durante sessão plenária, que o vereador Domingos Paz (Podemos) efetivamente relatou a intenção de dirigir-se à sede do Legislativo municipal armado para matar dois vereadores e depois tirar a própria vida.

Segundo o tucano, Paz efetivamente fez a ameaça em conversas com dois colegas parlamentares: Beto Castro (PMB) e Octávio Soeiro (Podemos).

“Houve um fato. O vereador Domingos Paz disse aos vereadores Beto Castro e Otávio Soeiro que viria ao parlamento com uma arma. Imediatamente determinei que a Procuradora procurasse a autoridade policial. Hoje irei à delegacia prestar depoimento. Por responsabilidade, tenho que dizer à sociedade que o fato foi verídico, independente do posicionamento político. O que o vereador fala tem fé pública. Tivemos uma conversa e o entendimento político com o vereador Domingos Paz. Ele falou do que imaginava, se arrependeu do que havia dito. Mas é necessário a verdade acima de tudo”, afirmou Paulo Victor.

A fala de PV ocorreu após Domingos Paz voltou a se manifestar sobre o assunto. Em discurso, ele se limitou apenas a repetir o que já havia dito em nota oficial: que nunca pegou em arma. E afirmou, ainda, que não tem nada de pessoal contra qualquer vereador.

Eliziane Gama já está com escolta policial após ameaças

A senadora Eliziane Gama (PSD) passou a ser escoltada por três policiais legislativos a partir desta sexta-feira (20). Ela solicitou a segurança particular, sob a argumentação de que havia sido ameaçada de morte.

As ameaças, segundo Eliziane, ocorreram logo depois de ela ter lido o relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que pede o indiciamento do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Gama foi a relatora do colegiado.

O presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi quem atendeu ao pedido de Eliziane e disponibilizou, de forma imediata, a escolta policial.

A escolta estará disponível a Eliziane Gama durante o período regular de trabalho no Congresso Nacional e quando ela também estiver em atividade no Maranhão ou durante voos.

Gama afirmou em entrevista que familiares também foram ameaçados. Em um dos relatos, os criminosos teriam dito que poderiam surpreendê-la em aeroportos.

“Diante de tudo que eu recebi nesse celular e de ameaças, não há dúvida nenhuma que como alguém que tem uma família que precisa de mim, eu preciso de um apoio, de uma defesa”, disse a senadora.

E completou: “Não podemos subestimar. São pessoas que pelo o que colocam não têm nenhum senso de humanidade”, completou.

Fonte: Imirante