92,3% dos eleitores ficaram sabendo do ‘Carro do Milhão’, mostra Datailha

A pesquisa Datailha de intenções de votos para prefeito de São Luís divulgada na segunda-feira, 19, mediu também a percepção do eleitorado local a respeito do caso do “Carro do Milhão“.

Segundo o levantamento, 92,3% dos entrevistados ficaram sabendo do caso.

Desse total, 44,2% não conseguem jugar se o prefeito Eduardo Braide (PSD) é inocente ou culpado; 35,8% dizem que é inocente; 16,9% dizem que é culpado; 3,1% não responderam.

O instituto mediu, ainda, como o caso pode interferir na decisão dos eleitores que já declaram voto no atual gestor. Dos 49,8% eleitores do Braide, entre os que ficaram sabendo do caso, 59,3% não mudariam o voto mesmo que ficasse provado que ele tem relação com o escândalo; 34,3% admitem mudar o voto; e 6,3% não responderam

Segundo o Datailha, esses 34,3% correspondem a aproximadamente 17 pontos dos 49,8% de Braide no cenário estimulado, o que pode justificar a queda de 6 pontos do atual prefeito entre as duas pesquisas do instituto (saiba mais).

O Datailha ouviu 1 mil eleitores entre os dias 14 e 16 de agosto de 2024. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi contratada e realizada pelo próprio instituto e está registrada no TSE sob o nº MA-00225/2024.

 

‘Carro do Milhão’: pai e irmão do prefeito Eduardo Braide devem ser ouvidos hoje pela Seic

O ex-deputado estadual Carlos Braide e o médico Antônio Braide, respectivamente pai e irmão do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), foram intimados pela Polícia Civil a prestar depoimentos no caso do “Carro do Milhão”.

Eles devem ser ouvidos na sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), nesta terça-feira, 13, em horários distintos.

O pai do prefeito deve explicar em que condições vendeu um apartamento ao ex-assessor do filho Guilherme Teixeira, em São Luís. Guilherme era o homem que dirigia o Clio vermelho encontrado com mais de R$ 1 milhão no porta-malas.

Antônio Braide, por sua vez, foi apontado pelo próprio prefeito da capital como a pessoa que normalmente utiliza o veículo Honda Fit preto usado no que pareceu um resgate de Guilherme Teixeira no dia 16 de julho deste ano, quando ele deixou o carro na Rua das Andirobas, no Renascença.

A polícia quer saber se era “Tonho” o motorista do Honda.