Maranhão Sem Queimadas: Mais de 9 mil focos são registrados

As altas temperaturas e ventos fortes, típicos do período de estiagem, favorecem a ocorrência de incêndios em vegetação. O Maranhão já contabiliza 9.519 focos, com mais registros em municípios do sul do estado. Para conter este avanço, o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) intensificou as ações da operação Maranhão Sem Queimadas-Protetores do Bioma, reforçando as equipes nos locais mais críticos e ampliando o trabalho de conscientização das comunidades, quando à queimada irregular. Nesta sexta-feira (13), o comandante-geral do CBMMA, coronel Célio Roberto, apresentou relatório ao governador Carlos Brandão, detalhando os resultados da operação, que prossegue até final do ano.

O documento destaca um expressivo resultado da operação, com a mudança de posição do Maranhão, no ranking nacional, divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O estado, que ano passado era o 2º em queimadas no país, este ano está em 6º lugar, devido à redução das ocorrências.

“Estamos comprometidos em proteger o meio ambiente e garantir a segurança das comunidades. Ampliamos a mobilização diária de efetivo, todos especializados neste tipo de combate e o reflexo é a melhoria do Maranhão no ranking nacional. O importante avanço, graças ao trabalho árduo e à dedicação das nossas equipes. O governador tem apoiado firmemente a operação, garantindo as condições e equipamentos para que possamos conter o avanço destes casos”, pontuou o coronel Célio Roberto.

O Corpo de Bombeiros reforçou as equipes locais nas cidades mais afetadas, para garantir resposta mais rápida aos incêndios. São promovidas ações de orientação junto às comunidades, a fim de prevenir queimadas irregulares, e ainda, com apoio do Centro Tático Aéreo (CTA), é feito o monitoramento das áreas, para identificar novos focos e atuar previamente na extinção. O resultado deste trabalho intenso vem reduzindo o número de casos e de fato, evitando o surgimento de novos incêndios. Os municípios mais críticos são Mirador, Balsas, Alto Parnaíba, Fernando Falcão e Carolina

A operação contabiliza 2.019 atendimentos relacionados a incêndios, em áreas com presença de vegetações, incluindo florestais rurais e urbanos, este ano. Outras ações como, fiscalizações, captura e resgate de animais, ações de conscientização e extermínio de incêndios, já alcançam 7.667 atendimentos. Estão destacados para os trabalhos, efetivo de 12 batalhões, 15 companhias e de quatro bases avançadas, distribuídos estrategicamente, para atender às demandas.

“A operação Maranhão Sem Queimadas concentra no controle e extinção dos incêndios em curso, e somado a isto, aplicamos estratégias preventivas para evitar novas ocorrências. As equipes do Corpo de Bombeiros têm promovido ações de conscientização, sobre a importância de preservar o ambiente e dos riscos associados ao uso inadequado do fogo. Esta contínua mobilização e a resposta eficiente às emergências têm sido fundamentais para a mitigação dos impactos dos incêndios, refletindo um avanço significativo no enfrentamento das queimadas no Maranhão”, enfatiza o oficial de Informação da operação, tenente-coronel José Lisboa.

Orientações

O Corpo de Bombeiros orienta a população para alguns cuidados, neste período de baixa umidade do ar. A condição de ar mais seco favorece a propagação de síndromes gripais e respiratórias e doenças alérgicas. Portanto, neste período, a população deve estar atenta para alguns cuidados básicos que podem evitar problemas de saúde e ambientais:

Beber bastante água, mesmo se estiver sem sede;

Evitar atividades físicas ao ar livre e exposição ao sol, entre 10h e 17h;

Evitar banhos com água quente, para não potencializar o ressecamento da pele;

Usar umidificadores de ar, em casa e no trabalho, e filtro solar, em caso de exposição ao sol;

Manter a casa sempre limpa e arejada, pois, o tempo seco aumenta a concentração de poeira, ácaros e fungos;

Não queimar lixo, nem provocar queimadas.

Terra tem agosto com temperatura 1,51 °C acima do nível pré-industrial

A temperatura do planeta ultrapassou no mês de agosto deste ano 1,51 graus Celsius (°C) acima do nível pré-industrial, pelo 13º mês nos últimos 14 meses. Foi o agosto mais quente da Terra da série histórica do Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas da União Europeia, com uma temperatura média do ar na superfície 0,71 °C acima da média do período 1991 a 2020.

A média na temperatura global, de setembro de 2023 a agosto de 2024, foi a maior registrada para qualquer período de 12 meses 0,76 °C acima do período entre 1991 e 2020 e 1,64 °C acima da média pré-industrial de 1850 a 1900.

A temperatura média da superfície do mar para agosto de 2024 foi 20,91°C, considerando as zonas Temperadas e Intertropical, a cerca de 10 metros de profundidade. De acordo com Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas, esse é o segundo valor mais alto já registrado para o mês, e apenas 0,07°C abaixo de agosto de 2023.

De acordo com o Boletim Agosto de 2024, publicado pela instituição nesta sexta-feira (6), é provável que o ano de 2024 supere as temperaturas registradas em 2023. “Essa sequência de temperaturas recordes está aumentando a probabilidade de 2024 ser o ano mais quente já registrado. Os eventos extremos relacionados à temperatura testemunhados neste verão só se tornarão mais intensos, com consequências mais devastadoras para as pessoas e o planeta, a menos que tomemos medidas urgentes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.”, afirmou a diretora adjunta do Copernicus Climate Change Service, Samantha Burgess.

Na análise hidrológica, a instituição constatou ainda que agosto foi mais seco do que a média na maior parte da América do Sul e registrou a incidência de incêndios florestais no Brasil.

Financiado pela União Europeia, o Copernicus é o principal programa de observação da Terra que utiliza medições de satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas em todo o mundo, para produzir análises de dados sobre da atmosfera, marinho, Terra, alterações climáticas, segurança e emergência.

O programa é coordenado e gerido pela Comissão Europeia e implementado em parceria com Estados-Membros, Agência Espacial Europeia (ESA), Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteorológicos, Centro Europeu de Previsões Meteorológicas em Médio Prazo, entre outros.

Edição: Aécio Amado / Agência Brasil

Nova onda de calor começa nesta quinta-feira (14) e tem temperaturas até 5ºC acima da média em cidades do Maranhão; veja quais


Os municípios Alto Parnaíba, Balsas, Riachão e Tasso Fragoso, no Maranhão, receberam aviso de onda de calor, que começa ao meio-dia desta quinta-feira (14) e vai até às 19h de domingo (17). As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Durante estes dias, a previsão é que as temperaturas, nestas cidades, fiquem até 5ºC acima da média.

De acordo com o site ClimaTempo, este novo período de calor intenso terá uma duração menor que os anteriores dos meses de setembro e novembro. Porém, ainda serão sentidos os efeitos da insolação, a população estará exposta há dias mais longos, e a umidade do ar estará um pouco mais alta – o que acarreta em maior sensação de incômodo durante alguns períodos.

Entenda o porquê da onda de calor

Uma alta pressão causa um forte movimento de ar de cima para baixo chamado de subsidência. A subsidência deixa o ar seco e a redução da umidade do ar inibe o crescimento das nuvens e diminui a chance de chover. Além disso, a alta pressão atmosférica naturalmente comprime o ar próximo da superfície, fazendo o ar esquentar mais.

Inmet emite dois alertas de chuvas intensas para o Maranhão

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas de perigo potencial de chuvas intensas para o Maranhão. Os avisos se entendem até esta segunda-feira (16).

De acordo com o Inmet, o alerta laranja prevê para as regiões Norte, Leste, Oeste e Centro do Maranhão chuvas entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, além de ventos intensos entre 60 a 100 km/h.

No Sul do Maranhão, o alerta é amarelo. Na região, a previsão é de chuva entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, com ventos intensos de 40 a 60 km/h.

Cuidados

Para se prevenir contra acidentes em períodos de chuvas fortes,, a Defesa Cvivil orienta alguns cuidados. Em caso de rajadas de vento, não se abrigar debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas e não estacionar próximo a torres de transmissão e placas de propaganda. Evitar usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada.

Em casos de alagamento, procurar um local, longe de postes e árvores, e espere o nível da água baixar. Havendo perigo, acionar a Defesa Civil pelo 199 e o Corpo de Bombeiros pelo 193.

Chuva de granizo é registrada em Timon

Moradores de uma comunidade rural foram surpreendidos com uma chuva de granizo em Timon, na região Leste do Maranhão, na última segunda-feira. No município, as condições climáticas têm sido instáveis.

Entre Caxias e Timon, os relatos são de que há muito calor durante a manhã e, repentinamente, o tempo fecha trazendo muita chuva. Em um dos casos, os moradores gravaram a queda de granizo.

O mesmo fenômeno aconteceu no final do mês de outubro, em Imperatriz, após uma manhã de muito sol na cidade. Moradores de bairros como Bacuri, Parque do Buriti, Nova Imperatriz e Vila Vitório também registraram.

Na mesma região, vários bairros ficaram sem energia elétrica e os fortes ventos assustaram os moradores. Até a lona de um circo que estava no estacionamento de um shopping caiu, mas não houve feridos.

A chuva de granizo ocorre em uma condição específica de temperatura e umidade dentro de nuvens e elevado e de elevado crescimento vertical. Geralmente essas condições dentro das nuvens cumulus nimbus, que são de formação rápida, com grande movimento ascendente e descendente do vento. Essas condições, em altas altitudes, as temperaturas chegam a -60, -80 graus, congelando e formando o granizo, explica o meteorologista da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Gunter Rescke.