Comissão de Saúde aprova parecer a PL que estabelece direito a mulheres que sofram perda gestacional e neonatal

Em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (13), os parlamentares integrantes da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Maranhão aprovaram, entre outros, parecer favorável ao Projeto de Lei 109/2023, de autoria do deputado Carlos Lula (PSB). A matéria estabelece direito a mulheres que sofram perda gestacional e neonatal em estabelecimentos de saúde no Maranhão.

Participaram da reunião os deputados Dra.Vivianne (PDT), presidente da Comissão de Saúde, Wellington do Curso (PSC), Cláudia Coutinho (PDT), Florêncio Neto (PSB) e Francisco Nagib (PSB).

Segundo o PL 109/2023, perda gestacional é toda e qualquer situação que leve ao aborto ou óbito fetal. Já perda neonatal refere-se à situação que leve ao óbito de crianças de zero a 27 dias de vida completos.

Conforme o texto, é direito das mulheres que sofram esse tipo de perda serem acompanhadas por uma doula ou enfermeira obstétrica do quadro funcional da unidade de saúde sem prejuízo de serem acompanhadas por pessoa de sua livre escolha, bem como serem informadas sobre o procedimento médico a ser adotado e não serem submetidas a procedimentos sem que haja necessidade clínica fundamentada em evidência científica.

Além disso, é direito dessas mulheres não serem constrangidas a permanecer em silêncio e escolher se querem ou não ter direito de contato pele com pele com o bebê, imediatamente após o nascimento, em caso de natimorto, desde que preservada sua saúde.

“Esse projeto tem por objetivo dar uma assistência maior a essas mulheres, já que estão muito mais vulneráveis do que as outras mães. Em muitas maternidades, elas ficam no espaço comum a todas as mães que tiveram bebês, o que gera ainda mais frustação e tristeza. Logo, pretende-se garantir a elas um local especial para que possam ter o seu luto acolhido por uma equipe multiprofissional”, destacou o deputado Florêncio Neto, relator do projeto.

A comissão também deu parecer favorável ao Projeto de Lei 048/2023, de autoria da deputada Iracema Vale (PSB), que estabelece  diretrizes à Política Estadual de Saúde Funcional, baseada na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). O relator foi o deputado Wellington do Curso. O PL tem como objetivos geração e gestão de informações sobre funcionalidade para o planajamento, monitoramento, controle e avaliação da situação de saúde funcional dos indivíduos.

Audiência pública 

A reunião contou com a presença de representantes do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Maranhão (Crefito), que reforçaram a importância da participação dos parlamentares na audiência pública que será realizada no dia 22 de março, no Plenário da Alema, para tratar dos cursos de EAD na área da saúde.

“Nós iremos discutir com os outros conselhos essa questão dos cursos a distância, que é uma solicitação do Crefito. Trata-se de uma audiência de suma importância para a categoria e nós contamos com a presença dos parlamentares”, destacou a deputada Dra. Vivianne.

Comissão de Saúde da Alema aprova projeto de lei que institui política de combate à hanseníase no Maranhão

Os integrantes da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa aprovaram, durante reunião realizada na manhã desta quarta-feira (8), o Projeto de Lei nº 003/2023, de autoria do deputado Carlos Lula (PSB), que institui a política estadual de combate ao preconceito e de prevenção contra a hanseníase no Maranhão e estabelece janeiro como mês de combate à doença.

O presidente da Comissão de Saúde, deputado Florêncio Neto (PSB), e a vice-presidente, deputada Cláudia Coutinho (PDT), coordenaram a reunião, realizada na Sala das Comissões, e que contou também com a presença da deputada Dra. Vivianne (PDT) e de representantes da Secretaria de Estado da Saúde.

Durante a reunião, o deputado Carlos Lula explicou que a Política Estadual de combate ao preconceito e de prevenção contra a hanseníase tem por objetivo reduzir o processo de exclusão social das pessoas atingidas por hanseníase; estimular ações preventivas, terapêuticas, reabilitadoras e legais relacionadas com a hanseníase; incentivar a participação da sociedade nas iniciativas voltadas para a prevenção e a eliminação da hanseníase; e divulgar periodicamente informações científicas e éticas em defesa da cidadania das pessoas atingidas pela hanseníase.

“O objetivo essencial deste nosso projeto, portanto, é alertar a população sobre a importância do diagnóstico e do tratamento precoces da hanseníase, informar sobre as opções terapêuticas disponíveis na rede pública de saúde, bem como combater o preconceito em relação aos pacientes”, declarou o deputado Carlos Lula.

Ele acrescentou que o Brasil ocupa hoje a segunda posição no ranking de hanseníase no mundo, perdendo apenas para a Índia. “E dentro do Brasil, infelizmente, o Maranhão é um dos estados onde a doença permanece endêmica”, frisou.

“Para que nenhuma pessoa adoeça e fique incapacitada fisicamente pela hanseníase é preciso envolver nessa luta todos os cidadãos deste país e principalmente em nosso Estado. A hanseníase pode ser eliminada se for formada uma grande aliança de todas as autoridades com a sociedade civil. As parcerias vão permitir que o diagnóstico e tratamento estejam integrados nas ações básicas de saúde, sendo oferecidos para todas as pessoas ainda na fase inicial da doença”, ressaltou Carlos Lula.

Carteira de Vacinação atualizada

A Comissão de Saúde também aprovou, na reunião desta quarta-feira (8), o Projeto de Lei nº 027/2023, de autoria do deputado Carlos Lula, que dispõe sobre a vinculação da matrícula na rede pública de ensino à vacinação no Estado do Maranhão.

De acordo com o projeto, fica obrigatória, em todo o território estadual, a apresentação da carteira de vacinação atualizada dos alunos de até 18 (dezoito) anos de idade, no ato de suas respectivas matrículas, em todas as escolas da rede pública estadual.

Presidente da Comissão de Saúde, deputado Florêncio Neto, e a vice-presidente, deputada Cláudia Coutinho, coordenaram a reunião

O deputado Carlos Lula explicou que a finalidade deste projeto é resguardar os direitos fundamentais das crianças e adolescentes, dentre os quais a obrigação de promover a vacinação nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias, conforme estabelece o art. 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei Federal nº 8.069/1990).

“Vale dizer que a falta de apresentação da carteira de vacinação não impossibilitará que o estudante frequente a escola ou realize matrícula ou rematrícula, porém a situação deverá ser regularizada pelo responsável, sob a pena de comunicação imediata ao Conselho Tutelar, e às autoridades sanitárias, para providências que couber, excetuando os casos em que houver expressa recomendação médica da não aplicação da vacina”, afirmou o deputado Carlos Lula.

Fonte: Agência Assembleia