Sem Ponto: Dino diz que não esperava apoio de Weverton e Roberto

O ex-governador Flávio Dino (PSB) foi o entrevistado na estreia do programa Sem Ponto, transmitido pela rádio 92.3 FM, neste sábado (21). Ele respondeu perguntas dos apresentadores, os jornalistas Thiago Soares e Daniela Bandeira, e os influenciadores digitais, Garoto Mídia e Polyana Dominici. O programa vai ao ar todos os sábados, no horário das 12h às 13h, pela rádio, YouTube (92naweb), no www.r92.com.br e no app Rádio 92 FM São Luís.

Entre outras colocações, ele que é pré-candidato ao Senado nestas eleições, afirmou que aceitaria participar de debate com os demais nomes da lista – o senador Roberto Rocha (PTB) e o petista Paulo Romão. Dino reforçou sua posição pelo nome do governador Carlos Brandão (PTB) para lhe suceder no comando do Estado e discorreu sobre suas expectativas para o Encontro Tático do PT, previsto para final deste mês.

Flávio Dino iniciou a entrevista respondendo sobre a perda do apoio dos senadores Weverton Rocha (PDT) e Roberto Rocha (PTB), os quais apoiou em suas campanhas, a época em que concorreram ao Senado Federal. “Realmente, não acreditava que nesse momento fossem me apoiar pela trajetória e conduta que vinham adotando e pelas suas atuais posições políticas. Não considero que nesse momento eu me sinta atraído. E, se são traidores ou não, as suas próprias consciências e a população é quem devem julgar. Sinto muito, claro, o caminho que adotaram, mas faremos a campanha e com a graça de Deus venceremos”, afirmou.

Na possibilidade de um possível debate entre os pré-candidatos ao Senado, o que seria algo pioneiro, Dino disse que aceitaria. Isso,, por conta de fala do senador Roberto Rocha, chamando-o para discutir propostas ao parlamento federal. “Aceitaria, sem dúvida nenhuma. Posso debater com qualquer pessoa, tenho disposição para debater, tenho espírito democrático e sempre fui a todos os debates”, enfatizou.

IDH

Flávio Dino foi questionado sobre notícias que afirmam um aumento nos índices de pobreza no Maranhão, as quais taxou de mentiras e fake news. “Inventaram que eu tinha dito que ia acabar com a pobreza no Maranhão. Acabou em algum lugar do Brasil? A pobreza no Brasil aumentou e os bolsonaristas é quem têm que responder por isso no país inteiro. Na posse, eu falava do Plano Mais DH e disse que lutaríamos para que na próxima mensuração deste índice, não houvesse município maranhense na lista dos 30 piores com menor Índice de Desenvolvimento Humano”, explicou.

O ex-governador lembrou que a próxima menstruação do IDH será no próximo censo e com os dados atualizados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se terá o índice dos municípios. “Aí sim, podemos comparar. Inventaram uma fake news que dos 10 piores IDHs do Brasil, oito são de cidades do Maranhão. É mentira. Uma estimativa com base no último censo apontam dois municípios do Maranhão nessa lista. Tenho muita tranquilidade em debater números, pois os nossos são verdadeiros, diferente destes que são inventados pela caravana da insensatez”, disparou.

PT

Sobre o Encontro Tático do PT, previsto para dias 28 e 29 deste mês e que irá definir os apoiados pelo partido nestas eleições, Flávio Dino se disse confiante. “Estou otimista que a posição majoritária será de apoio ao governador Carlos Brandão, de vice para Felipe Camarão e a minha própria pré-candidatura ao Senado. Respeitosamente aguardo o debate da militância petista, mas já tivemos o apoio da legenda em 2018 e estou na expectativa dessa confirmação, nesse caminho ao Time do Lula aqui no Maranhão”, frisou.

Magistratura

Dino respondeu ainda sobre sua trajetória política, que o fez abrir mão da carreira na magistratura. “Foi uma decisão difícil, tomada em março de 2006 e nesse período, houve momentos de tristeza, mas jamais de arrependimento. Se voltasse ao período faria a mesma opção. Tenho muitos amigos na magistratura e gostava de ser juízes, e estou neste momento exercendo a docência na Universidade Federal do Maranhão. A opção política era uma tarefa cívica, patriótica, em favor do Maranhão e faria novamente”, garantiu.

Orçamento secreto

Reforçando sua posição sobre o orçamento secreto, Flávio Dino diz que esta modalidade deve acabar imediatamente. “Tem sido fonte de muitos escândalos, de desvios de verbas e, se eu me tornar senador, vou lutar para acabar com esse orçamento secreto. Um orçamento que só existe na mente de quem está discursando, mas não na realidade. Acontece nacionalmente e infelizmente, no Maranhão também. O dinheiro acaba ficando no discurso, pois não se vê o resultado na prática e tem, inclusive, impedido os investimentos. Isso tem que acabar”, sentenciou.

Acrescentou que, caso chegue ao Senado irá “ajudar para a captação de recursos reais e não dinheiro mental, a fim de auxiliar na execução das políticas sociais” e enumerou projetos como a rede IEMA, construção de creches em tempo integral, Restaurante Popular, Escola Digna e outros. “Se essa for a vontade do povo, espero poder ser seu representante no Senado Federal”, concluiu.

Esta transmissão do programa pode ser conferida no link: https://www.youtube.com/watch?v=5PNCXgGY8ho.

“Somos um governo de continuidade e avanços”, diz Carlos Brandão

O governador do Estado, Carlos Brandão (PSB), concedeu entrevista a emissora de tv local, nesta quarta-feira (11), onde pontuou ações dos primeiros 30 dias à frente do comando do Maranhão. Na ocasião, ele também anunciou medidas que devem ser implantadas nos próximos meses e as expectativas para as eleições de outubro. “Somos um governo de continuidade e avanços”, frisou o governador.

“Acompanhamos a gestão Flávio Dino durante sete anos. Conhecemos todas as políticas públicas, todas as secretarias e órgãos, portanto, não houve dificuldades nesta transição. Fizemos alguns ajustes na composição de secretariado, mas, o Governo segue inaugurando várias obras, programas sociais, de desenvolvimento e geração de empregos. Seguimos avançando”, frisou Brandão.

O governador pontuou que irá conduzir sua gestão com a inauguração de obras em andamento na área social, educação e saúde, entre outras, totalizado cerca de 500 a serem entregues, até final do mês de julho. “Todo governo tem uma identidade e a nossa, com certeza, são os avanços e conquistas sociais. Vamos concluir obras em andamento, impactando na geração de milhares de empregos. Estamos saindo de uma pandemia e o Maranhão teve o maior desempenho nesse combate, e, mesmo com este cenário, foi o que mais gerou empregos”, pontuou.

Na economia, Brandão anunciou alocação de recursos para o pagamento da primeira parcela do 13º, no mês de julho. Citou o planejamento para o São João do Maranhão, que também vai impactar na geração de renda, empregos, além de movimentar a economia, o turismo e o setor cultural. “O São João não é apenas festa, é um projeto de geração de emprego e renda”, apontou.

Sobre os Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), o governador pontuou alguns avanços. Entre estes, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), do qual o Maranhão saiu do 22º para o 13º; na segurança alimentar, de seis Restaurantes Populares, agora são 106, alcançando todas as regiões do Maranhão; e, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Maranhão está entre os que mais gerou empregos formais durante a pandemia – cerca de 43 mil e sendo o quarto do país.

Na infraestrutura, anunciou pacote de obras, incluindo manutenções, reformas e pavimentação em estradas e vias urbanas, estas últimas, em apoio às prefeituras. Na saúde, criação de uma grande rede de hospitais e ampliação do número de UTIs de três para mais de 30 municípios. Citou também, investimentos de R$ 12 milhões na agricultura familiar para este ano, o dobro dos recursos destinados anteriormente. “Os indicadores têm o tripé na educação, saúde e renda. Neste rumo, fazemos movimentar a economia. Portanto, avançamos bastante”, avaliou.

Carlos Brandão enfatizou que esse é o momento de focar na gestão. “A política será lá para agosto, quando teremos as convenções. Agora, quero mostrar ao maranhense o meu trabalho e como vou cuidar do povo do Maranhão”, afirmou, citando a boa relação com os poderes judiciário e legislativo.