A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (2), uma operação para combater a ação de “laranjas”, que são pessoas que cedem contas bancárias para receber dinheiro proveniente de ações criminosas. A ação acontece no Maranhão., mais 12 estados do país, além do Distrito Federal.
No Maranhão, operação acontece em Imperatriz, onde a polícia cumpre dois mandados de busca e apreensão. Na cidade, foram apreendidos 18 cartões de terceiros e 21 cartões bancários em nome de um dos investigados, que não teve o nome informado. Ao todo, os agentes cumprem 43 mandados de busca e apreensão.
A operação ganhou o nome de “Não Seja um Laranja” e, segundo a PF, “o montante de fraudes bancárias eletrônicas investigadas no país totaliza R$ 18,2 milhões”.
Os suspeitos podem responder pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso e falsidade ideológica. Somadas, as penas podem ultrapassar os 20 anos de prisão.
A polícia afirma ainda que, nos últimos anos, detectou um “aumento considerável” na participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos. Esses suspeitos “emprestam” as contas bancárias e, em troca, recebem parte do dinheiro ilícito.
Segundo a polícia, a participação dessas pessoas “possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam inúmeros cidadãos”.
“A Polícia Federal alerta a sociedade que: emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos, quer pelo potencial ofensivo deste tipo de conduta delitiva, a qual tem sido um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas, como também pelos prejuízos financeiros a milhares de brasileiros”, diz a corporação, em nota.
A ação é resultado do trabalho da força-tarefa Tentáculos, instituída para a repressão a fraudes bancárias eletrônicas. O grupo atua em cooperação com as polícias civis e as instituições bancárias, por meio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).