Dados mostram mulheres sendo maioria no eleitorado maranhense

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) informou que o Maranhão possui 5.180.738 eleitores aptos a votar nas eleições de outubro para prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Este número inclui um aumento significativo comparado à última eleição de 2020.

As mulheres representam 51% do eleitorado maranhense, totalizando 2,6 milhões, enquanto os homens correspondem a 49%, com 2,5 milhões de eleitores. Este dado destaca a predominância feminina entre os mais de 5 milhões de eleitores do estado.

Segundo o TRE-MA, 22% das eleitoras têm entre 45 e 59 anos e 26% possuem o Ensino Médio completo. Em São Luís, são 746.828 eleitores, enquanto Imperatriz, o segundo maior colégio eleitoral do estado, tem 201.099 eleitores.

No Maranhão, são 217 cidades, distribuídas em 19.669 seções eleitorais (esse número pode sofrer alteração em razão das agregações) de 6.014 locais de votação em 105 zonas eleitorais.

Segundo as estatísticas da Justiça Eleitoral maranhense, comparando com a última eleição municipal em 2020, eram 4.758.629; então houve aumento de 422 mil e 109.

Em São Luís, são 746 mil 828, enquanto Imperatriz, segundo maior colégio eleitoral, tem 201 mil 99 eleitores e eleitoras. Esse número possibilita ao município realizar o segundo turno para o cargo de prefeito/a, caso nenhum candidato/a consiga a maioria absoluta dos votos em primeiro turno.

Francisco Nagib homenageia mulheres com atendimentos em saúde e mutirão oftalmológico

O deputado estadual Francisco Nagib (PSB) homenageou as mulheres no Dia Internacional da Mulher, 8 de março, de uma forma diferenciada e bem especial. O parlamentar promoveu uma ação social destinada a elas em Codó com a prestação de serviços essenciais, como consultas com clínico geral e ginecologista, inclusive com a realização de exames preventivos.

Durante a ação social, realizada na sede da Fundação FC Transforma, também foi realizado o mutirão oftalmológico, atendendo crianças de 3 a 12 anos e adultos. O mutirão atraiu tanta gente, que durou 18 horas. Foram distribuídos, gratuitamente, 1.000 óculos (armações e lentes). As crianças também se consultaram com um pediatra para verificar como está a saúde em geral.

Francisco Nagib destacou o mutirão oftalmológico, que atraiu muitas crianças e adultos em Codó

Francisco Nagib destacou o mutirão oftalmológico, que atraiu muitas crianças e adultos em Codó

E as ações não pararam por aí! Foi um dia inteirinho de muita integração, momentos de diversão com palhaços e distribuição de lanche.

“Estou muito feliz e grato por ter realizado essa ação social para as mulheres, homenageando-as em seu dia, presenteando-as também com serviços para seus filhos. O número de participantes superou as nossas expectativas, mas não arredamos o pé e só encerramos os trabalhos quando não havia mais ninguém para ser atendido. Isso se chama respeito, responsabilidade, empatia e compromisso com a nossa população. Agradeço a todos os parceiros, que se mantiveram firmes e nos ajudaram a concluir com sucesso nossa ação social”, afirmou Francisco Nagib.

O parlamentar destacou o mutirão oftalmológico, que atraiu muitas crianças e adultos. “Há crianças que deixam de estudar porque não enxergam direito, por falta de acesso a consulta e de óculos. Então, trouxemos oftalmologistas e distribuímos os óculos para que as crianças possam recuperar a visão plenamente e dar continuidade aos seus estudos. Devido à dificuldade em conseguir se consultar na rede municipal, adultos também vieram e se consultaram com o oftalmologista. Esse tipo de ação me deixa realizado e me incentiva a dar continuidade em levar esse cuidado às pessoas. Este é o meu papel como político”, completou Nagib.

Equipe trabalha durante atendimento a mulheres em ação social realizada na cidade de Codó

Equipe trabalha durante atendimento a mulheres em ação social realizada na cidade de Codó

 

Com 18% de mulheres, Congresso só aprova pauta feminina em semanas temáticas

Palácio do Congresso Nacional

A primeira semana de março tem como costume ser de avanço de pautas de direitos das mulheres no Congresso Nacional. Em 2024 não foi diferente, com projetos selecionados pela Bancada Feminina da Câmara sendo aprovados no plenário da Casa. Já no Senado, medidas avançaram nas comissões e mulheres foram premiadas pelo combate ao feminicídio. As medidas, no entanto, encontram dificuldades de avançar em um Congresso predominantemente masculino.

Atualmente, há um total de 107 mulheres congressistas. São 92 deputadas e 15 senadoras. No total, representam somente 18% dos parlamentares no Congresso. As mulheres são 51,5% da população brasileira, segundo dados do Censo 2022.

Apesar de serem minoria, as deputadas e senadoras contam com representação nos espaços de decisão do Congresso por meio das Bancadas Femininas da Câmara e do Senado. Atualmente, essas lideranças são ocupadas por Benedita da Silva (PT-RJ) e Daniella Ribeiro (PSD-PB), respectivamente.

As bancadas femininas são ambientes no qual deputadas e senadoras de diferentes partidos se unem para discutir e articular pela aprovação de pautas que defendam os direitos das mulheres. Foi por meio do trabalho delas que projetos como a inclusão de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar e o aumento do crime de violência psicológica cometido por meio de inteligência artificial avançaram no Senado e na Câmara nesta semana.

“Nós, mulheres, temos uma estrutura de força arduamente conquistada no Parlamento nacional”, disse Zenaide Maia (PSD-RN), procuradoria especial da mulher do Senado, por meio de nota. “Ainda há muito a alcançar, mas estamos avançando!”

A deputada Jandira Feghali (PCdoB – RJ) faz uma avaliação similar da importância de mecanismos como a Bancada Feminina. Ela lembra que, por exemplo, as mulheres têm lugar garantido no colégio de líderes, que define a pauta do Congresso. Ainda assim, a pauta feminina encontra dificuldade para avançar por uma exigência de que haja consenso para que uma medida de direito às mulheres seja pautada na Câmara, segundo a deputada.

“Todos os anos a gente tem aprovado [pautas de direitos das mulheres], de fato eles se concentram muito em março e um ou outro a prova pelo meio do caminho, durante o ano”, disse Jandira ao Congresso em Foco. “Agora, é importante dizer que na questão da mulher, em geral, eles [à Mesa da Câmara] botam na pauta quando há consenso, o que não acontece com outras pautas, que são aprovadas por maioria, sem a exigência, que acho absurda, de ter consenso”.

A deputada destaca que a necessidade de consenso não existe quando o tema dos projetos de lei e medidas legislativas são outros, como propostas da área econômica, por exemplo. Com isso, medidas que protegem ou ampliam os direitos da mulher têm mais dificuldade de avançar ou ficam concentradas em semanas específicas, nas quais um acordo é realizado. “Muitos temas importantes, às vezes não tem consenso, mas tem maioria e você acaba não votando”, disse Jandira.

Entre os avanços que as bancadas femininas, a Secretaria da Mulher da Câmara e a Procuradoria da Mulher do Senado conseguiram nos últimos anos estão leis importantes para o direito da mulher na sociedade brasileira, como:

  • Igualdade Salarial entre Homens e Mulheres – a lei nº 14.611 de 3 de julho de 2023 estabelece que mulheres e homens não podem ter salários diferentes se exercem a mesma função. Foi aprovada no Congresso em junho do ano passado depois de uma iniciativa do governo Lula (PT), o que facilitou a tramitação no Congresso; e
  • Lei do Feminicídio – a lei nº 13.104 de 9 de março de 2015 inclui o homicídio “contra a mulher por razões da condição de sexo feminino” (feminicídio) como um crime hediondo. Aprovada pelo Congresso em 2015, a lei do feminicídio é considerada um avanço na punição da violência contra mulher no país, assim como foi a Lei Maria da Penha.

Segundo Zenaide, esses avanços são o que inspiram as bancadas atuais. A procuradora da mulher afirma que nos últimos 10 anos foram aprovadas 83 leis em defesa das mulheres. Atualmente, o foco é a luta contra a violência de gênero.

“Segundo a OPAS (Organização Panamericana de Saúde), a violência contra a mulher é um problema de saúde pública, pois gera danos à saúde física, psíquica e social, provocando incapacidades, estresse pós-traumático e outros transtornos de ansiedade, dificuldades de sono, transtornos alimentares, invalidez, suicídio e até homicídio”, diz a procuradora da mulher.

Por Congresso em Foco