Lista aponta 11 maranhenses envolvidos nos atos de vandalismo no Distrito Federal

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal divulgou a listagem atualizada de todos os envolvidos nos ataques à Praça dos Três Poderes, em Brasília. 11 maranhenses estão entre os listados. Os nomes foram divulgados no último domingo.

Os presos participaram da invasão e depredação das sedes do Supremo Tribunal Federal, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional no último dia 8 de janeiro. 7 mulheres e 4 homens maranhenses estão entre os detidos.

São eles: Antônio Marques da Silva – 48 anos, Danyele Kristy Santos Rios da Silva – 32 anos, Edigleuma Maria da Rocha – 46 anos, Edmilson de Sousa Pereira  – 31 anos, Francisca Elisete Cavalcante Farias – 43 anos, Izaquiel Cruz Fernandes –  34 anos, Joseneide Martins Silva – 40 anos, José Alves Costa – 51 anos, Kerilene Santos Lopes – 36 anos, Maria de Fátima Almeida Barros – 50 anos e Zulene Silva de Carvalho – 58 anos.

Ainda segundo as listagens da Secretaria, os maranhenses Danyele Kristy Santos, Edigleuma Maria da Rocha, Joseneide Martins Silva, Maria de Fátima Almeida Barros, Zulene Silva de Carvalho e Antônio Marques da Silva foram liberados, mas são monitorados por tornozeleira eletrônica.

Dino acionou governador do DF para bloqueio dos acessos, mas teve pedido negado

Um ofício enviado ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), dia 7 de janeiro – na véspera dos atos extremistas– mostra que o ministro da Justiça, Flávio Dino, alertou o governo distrital a respeito da chegada em Brasília de “uma intensa movimentação de pessoas inconformadas com os resultados das eleições”.

No documento, Dino solicitou o bloqueio da circulação de ônibus de turismo entre a Torre de TV e a praça dos Três Poderes no domingo (8.jan) e na 2ª feira (9.jan). O pedido foi feito pelo ministro à SSP-DF (Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal).

O texto cita como base para a solicitação um ofício enviado pela PF (Polícia Federal). De acordo com o ministro da Justiça, a corporação teria constatado “intensa movimentação” de pessoas “inconformadas com o resultado das eleições de 2022” que estariam “organizando caravanas de ônibus para se deslocarem até Brasília”.

Segundo o ofício, o movimento identificado na capital “teria a intenção de promover ações hostis e danos” contra os prédios dos ministérios, da Câmara dos Deputados e Senado Federal), do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e, possivelmente, de outros órgãos, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Ademais, reforço que o Ministério da Justiça e Segurança Pública e as forças federais estão monitorando o referido movimento e encontram-se à disposição para emprego imediato em caso de necessidade, a fim de resguardar o patrimônio da União”, concluiu.

Ataques

Por volta das 15h de domingo (8.jan.2023), extremistas de direita invadiram o Congresso Nacional depois de romper barreiras de proteção colocadas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Lá, invadiram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa. Equipamentos de votação no plenário foram vandalizados. Os extremistas também usaram o tapete do Senado de “escorregador”.