PF cumpre mandados de prisão no Maranhão em investigação sobre atos golpistas

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, (17), a oitava fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os fatos ocorridos em em 8 de janeiro deste ano, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições.

Policiais federais cumprem 46 mandados de busca e apreensão e 32 mandados de prisão preventiva nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e no Distrito Federal.

A primeira fase da Operação Lesa Pátria aconteceu em 20 de janeiro deste ano, para investigar supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Fonte: Agência Brasil

Lista aponta 11 maranhenses envolvidos nos atos de vandalismo no Distrito Federal

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal divulgou a listagem atualizada de todos os envolvidos nos ataques à Praça dos Três Poderes, em Brasília. 11 maranhenses estão entre os listados. Os nomes foram divulgados no último domingo.

Os presos participaram da invasão e depredação das sedes do Supremo Tribunal Federal, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional no último dia 8 de janeiro. 7 mulheres e 4 homens maranhenses estão entre os detidos.

São eles: Antônio Marques da Silva – 48 anos, Danyele Kristy Santos Rios da Silva – 32 anos, Edigleuma Maria da Rocha – 46 anos, Edmilson de Sousa Pereira  – 31 anos, Francisca Elisete Cavalcante Farias – 43 anos, Izaquiel Cruz Fernandes –  34 anos, Joseneide Martins Silva – 40 anos, José Alves Costa – 51 anos, Kerilene Santos Lopes – 36 anos, Maria de Fátima Almeida Barros – 50 anos e Zulene Silva de Carvalho – 58 anos.

Ainda segundo as listagens da Secretaria, os maranhenses Danyele Kristy Santos, Edigleuma Maria da Rocha, Joseneide Martins Silva, Maria de Fátima Almeida Barros, Zulene Silva de Carvalho e Antônio Marques da Silva foram liberados, mas são monitorados por tornozeleira eletrônica.

Mais de 380 investigados pelos ataques no DF permanecem na prisão

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva de 386 acusados de participarem dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O ministro também decidiu colocar 115 investigados em liberdade, mediante a adoção de medidas cautelares.

Até o momento, foi analisada a situação de 1.075 presos. Desses, 740 tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva, por tempo indeterminado, e 335 foram soltos. No total, 1,4 mil pessoas foram presas em Brasília após os atos.

Os investigados que serão soltos deverão colocar tornozeleira eletrônica, estão proibidos de sair de suas cidades e de usar redes sociais. Além disso, eles terão os passaportes cancelados e os documentos de posse de arma suspensos.

Após as prisões, Alexandre de Moraes delegou as audiências de custódia para juízes federais e do Tribunal de Justiça do DF. As informações sobre os presos são centralizadas no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e remetidas ao ministro, a quem cabe decidir sobre a manutenção das prisões.