Bombardeios russos atingem usina nuclear na Ucrânia; a estrutura é a maior da Europa

Os russos atingiram a usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, localizada no centro da Ucrânia, em bombardeio, nesta sexta-feira (4). Foi incendiado prédio onde funcionários da usina eram treinados e confirmada a morte de três pessoas que estavam no local no momento do ataque.

De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), não houve mudança nos níveis de radiação e o incêndio está controlado. Essa é a primeira vez que há uma guerra em um país que tem uma rede de energia nuclear grande e estabelecida, disse a agência.

Zaporizhzhia, construída entre 1984 e 1995 e é a maior usina nuclear na Europa e a 9ª do mundo.

Cidades portuárias da Ucrânia são atacadas pela Rússia

Começou com uma nova onda de ataques da Rússia, atingindo áreas civis da Ucrânia, neste oitavo dia de guerra. O foco de atenção está no sul ucraniano. Após os russos tomarem a cidade de Kherson ontem, as cidades portuárias de Mariupol e Odessa são hoje alvo de avanços das forças russas.

Na capital ucraniana, Kiev, há relatos de destruição e revide a avanços russos. Para hoje, há a expectativa de uma nova rodada de negociações a respeito do conflito. A Ucrânia descarta uma rendição e exige um cessar-fogo, assim como a retirada das forças invasoras de seu território.

A Rússia exige o reconhecimento da Crimeia, anexada em 2014, pelo presidente Vladimir Putin, como território russo. Exige ainda, a “desmilitarização do Estado ucraniano”.

Cerca 1 milhão de pessoas já fugiram da Ucrânia em razão dos ataques no país, diz a ONU (Organização das Nações Unidas). A Rússia reconhece ter perdido cerca de 500 soldados no conflito, número menor do que os quase 9 mil russos mortos contabilizados pelos ucranianos. Já a Ucrânia, diz ter perdido mais de 2.800 de seus soldados.

Apesar do avanço da guerra, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov afastou o risco de uma guerra nuclear. Para ele, essa possibilidade está na “mente do Ocidente, não na dos russos”. Já o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu que reconstruirá seu país e disse que a Rússia “pagará por isso”.

Nesta quinta-feira (3), haverá mais um reunião entre os dois países, para tentar o cessar-fogo.

Rússia atinge novamente Kharkiv e diz ter tomado cidade ucraniana

Fortes ofensivas russas em território ucraniano marcam o sétimo dia da guerra, nesta quarta-feira (2). Um dos principais alvos das tropas do presidente Vladimir Putin continua sendo Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, que sofre com ofensivas pesadas desde o fim de semana.

Paraquedistas russos pousaram em Kharkiv na madrugada desta quarta, informaram o exército ucraniano. Pelo menos dois prédios pegaram fogo e parte de um deles desabou.

Tropas russas também se aproximam da capital Kiev, disse o prefeito Vitali Klitschko em um vídeo publicado no Facebook. Ele afirmou que uma igreja foi atingida e combates foram registrados em cidades próximos. O prefeito falou que as autoridades defenderão a capital e pediu à população ucraniana que “não percam a resistência”.

Tomada

O Ministério da Defesa da Rússia disse ter tomado o controle da cidade de Kherson, ao sul da Ucrânia, também nesta quarta-feira. Autoridades ucranianas admitem o cerco, mas negam o controle. “As divisões russas das Forças Armadas tomaram o controle total do centro regional de Kherson”, falou o porta-voz do ministério da Defesa, Igor Konashenkov.

Kherson tem mais de 250 mil habitantes e fica ao norte da Crimeia.

Guerra: Rússia explode prédio em segunda maior cidade da Ucrânia

Pelo menos seis pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança, em uma explosão na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, disse o Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia, em um post do Telegram, nesta terça-feira (1°).

A explosão atingiu um prédio do governo, de acordo com vídeos do incidente postados pelo Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia (MOFA) e funcionários do governo.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kubela, disse que “ataques com mísseis russos” causaram a explosão. Ele reforçou, então, o pedido para que outros países “isolem a Rússia totalmente”. A busca por possíveis vítimas continua em andamento, ainda segundo ele.

Vitali Klitschko, prefeito da capital da Ucrânia, Kiev, disse que está orgulhoso dos cidadãos ucranianos por defenderem seu país e vê a batalha pela frente como uma luta por seu futuro.

Sem acordo

Em reunião entre os dois países, na segunda-feira (28), em que ucranianos pediam cessar-fogo, nada foi resolvido. Uma nova rodada de conversas será marcada, mas o governo da Ucrânia não acredita que se chegue a um consenso.  Hoje, a guerra chega ao seu quinto dia.

Rússia e Ucrânia começam a negociar

Iniciou, nesta segunda-feira (28), a negociação entre delegações da Ucrânia e Rússia, que estão em Belarus, tratando sobre o conflito na região, Nenhum dos dois presidentes envolvidos na guerra participam do encontro, que não tem hora para acabar.

Na reunião, a Ucrânia exigirá um cessar-fogo “imediato” e a retirada das tropas russas. A Rússia não quis revelar sua posição antes do encontro.

A invasão russa à Ucrânia entra no quinto dia. A capital, Kiev, e a segunda maior cidade ucraniana, Kharkiv, amanheceram com explosões, segundo relatório do serviço estatal de informação do país.

As Forças Armadas ucranianas, porém, dizem que o Exército russo parece ter diminuído o ritmo da ofensiva, quando são aguardadas negociações entre as duas nações.

As negociações e o conflito estão marcados pela ameaça apresentada no domingo por Putin, que ordenou que as forças de dissuasão nuclear sejam colocadas em alerta máximo.

Rússia tenta negociar com Ucrânia

Representantes do governo russo chegaram à Belarus, neste domingo (27), para negociar com os ucranianos, disse um porta-voz do governo da Rússia. O grupo inclui membros dos ministérios da Defesa, de Relações Internacionais e do gabinete do presidente Vladimir Putin.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, indicou que a Belarus não é neutra e, portanto, não é o lugar ideal para as negociações. Ele afirmou que só seria possível conversar se os ataques da Rússia não tivessem partido de território bielorusso.

No sábado, os russos afirmaram que os ucranianos se recusaram a negociar uma interrupção das agressões. Os ucranianos rapidamente desmentiram, e afirmaram que os russos estabeleceram condições que inviabilizam um diálogo.

O assessor da presidência da Ucrânia disse que seu país não se recusou a negociar. Segundo ele, os ucranianos já haviam discutido o que exigiriam e onde poderiam ceder. Mas as condições impostas pela Rússia inviabilizaram o diálogo. Disse ainda que a Rússia não havia suspendido o movimento de suas tropas que invadiram a Ucrânia.

Rússia invade capital da Ucrânia

No terceiro dia da invasão da Rússia à Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, tenta fechar o cerco a Kiev, capital ucraniana, com novos ataques nos arredores da cidade. Houve registros de tiros nas regiões próximas à sede do governo ucraniano durante a madrugada e, disparos voltaram a ser ouvidos neste sábado (26).

O exército ucraniano informou que eles conseguiram conter o ataque dos russos a uma de suas posições na avenida da Vitória, um dos principais corredores de Kiev. “O ataque foi repelido”, afirmaram os militares, sem dar mais detalhes sobre o local exato dos combates.

Além da capital da Ucrânia, as cidades de Sumy, Poltava e Mariupol também são alvos dos russos. Conforme o assessor da presidência, Mykhailo Podolyak, há “uma disputa pesada acontecendo próximo a Mariupol, mas não há chances de a cidade se render ou ser tomada”.

De acordo com a última atualização do Ministério da Saúde da Ucrânia, 198 pessoas já foram mortas desde o início da ofensiva russa, entre elas três crianças. Já os feridos são 1.115, mas o comunicado não é claro se se trata apenas de civis ou também de militares.

Conflito: Rússia ataca a Ucrânia pelo segundo dia

A Rússia investiu novamente contra a Ucrânia, nesta sexta-feira (25), somando o segundo dia de uma guerra iniciada após vários conflitos e ameaças. O presidente russo, Vladimir Putin, autorizou o maior ataque de um país europeu contra outro do mesmo continente, desde a Segunda Guerra. Ele justifica a ação militar para proteger separatistas no leste da Ucrânia.

Segundo as autoridades ucranianas, as Forças Armadas da Rússia realizaram ataques e bombardeios em diversas regiões do país, incluindo em grandes cidades do país, como Odessa, no sul da Ucrânia, e a capital Kiev.

A Ucrânia informou, nesta sexta-feira, 25, que navios de guerra russos bombardearam duas embarcações comerciais no porto de Odessa, no Mar Negro. No total, três embarcações não-militares já foram atingidas desde o início da invasão, aponta a Reuters. Segundo o Ministério de Infraestrutura ucraniano, um navio da Moldávia, o Millenial Spirit, levava 600 toneladas de diesel no momento do ataque russo. De acordo a pasta, dois tripulantes ficaram gravemente feridos.

As tensões começaram após a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aumentar as atividades no território ucraniano. Depois de diversos movimentos de países ocidentais para dissuadir Putin de uma possível invasão ao país, o mandatário russo decidiu reconhecer a independência das repúblicas de Donetsk e Luhansk, aumentando a tensão na região.

Rússia invade Ucrânia

A Rússia iniciou uma operação de invasão da Ucrânia, nesta quinta-feira (24). O presidente Vladimir Putin anunciou uma ação militar no leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas que ele reconheceu como independentes. Rapidamente, ficou claro que as tropas estavam atacando todo o território ucraniano

O presidente russo fez ameaças e disse que quem tentar interferir sofrerá consequências nunca vistas.

Condenam o ataque a Alemanha, Bélgica, Estados Unidos, França, Israel, Japão, Reino Unido, República Tcheca e Turquia. Belarus e Venezuela apoiam a invasão.

A China emitiu um comunicado dizendo que a Rússia é um país independente e pode tomar suas próprias decisões. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores evitou falar em invasão.

Já no Brasil, o Itamaraty não condenou a ação de Putin, o que não considerou uma invasão. O governo brasileiro acompanha com grave preocupação a deflagração de operações militares pela Federação da Rússia contra alvos no território da Ucrânia.

O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil.

Como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil permanece engajado nas discussões multilaterais com vistas a uma solução pacífica, em linha com a tradição diplomática brasileira e na defesa de soluções orientadas pela Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional, sobretudo os princípios da não intervenção, da soberania e integridade territorial dos Estados e da solução pacífica das controvérsias.

No dia 16, em visita oficial a Moscou, o presidente Jair Bolsonaro esteve com Putin e, em sua fala ao lado do presidente russo, não mencionou a crise diplomática.