Escola de arte com 400 pessoas é bombardeada pela Rússia

Exército russo atacou escola de arte na cidade ucraniana de Mariupol, neste domingo (20). De acordo com os ucranianos, 400 pessoas estariam abrigadas na escola. Não havia informações sobre o número de vítimas do ataque, mas o prédio teria sido destruído e haveria pessoas sob os escombros. Hoje, o conflito entre os dois países chega ao 25º dia.

Uma mensagem divulgada nos canais oficiais do conselho, no Telegram, informa que mulheres, crianças e idosos estavam abrigados na escola de arte. A mensagem ainda acusa os russos de crimes de guerra, seguindo a linha do discurso do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Ele disse que o cerco a Mariupol “entraria para história pelos crimes de guerra cometidos”.

Pela primeira vez, a Rússia diz ter usado mísseis hipersônicos Kinzhal., que são mais destrutivos que os comuns. O ataque, de acordo a agência estatal, teve o propósito de destruir um local de armazenamento de armas no oeste da Ucrânia. Porta-voz do exército ucraniano confirmou o ataque ao depósito, mas não o tipo de míssil.

Geurra da Rússia e Ucrânia completa 21 dias e mais uma reunião será realizada

A  saída para o conflito entre Rússia e Ucrânia poderia ser a neutralidade ucraniana, disse a Rússia. Porém, essa posição é descartada pelo governo de Volodymyr Zelensky. Nesta quarta-feira (16), os dois países terão o terceiro dia seguido de negociações a respeito do conflito.

Os negociadores conversam sobre um compromisso para a neutralidade da Ucrânia que tenha como modelo a Suécia e a Áustria, informou o porta-voz russo, Dmitri Peskov. “A Ucrânia está agora em estado de guerra direta com a Rússia. Portanto, o modelo só pode ser ucraniano e apenas sobre garantias de segurança legalmente verificadas”.

Completa 21 dias da invasão russa ao território ucraniano, com novos ataques pelo país, inclusive a capital, Kiev.

Nesta quarta, o governo ucraniano disse que não abriu corredores humanitários para evacuação, alegando que não recebeu resposta das propostas de rotas enviadas à Cruz Vermelha. Dessa forma, a Ucrânia diz que não conseguiria transportar as pessoas com segurança.

Ucrânia registra ataques russo à sua capital, Kiev

Nesta segunda-feira (14), uma nova reunião para tratar sobre a invasão russa ao território ucraniano será realizada. Esta é a quarta rodada de debates. Assessor da presidência da Ucrânia, Mikhailo Podolyak disse, em mensagem publicada em sua página no Twitter, que as conversas são por “paz, cessar-fogo, retirada imediata das tropas e garantias de segurança”.

Mesmo em diálogo, novos ataques foram registrados pelo país nesta segunda-feira, inclusive na capital ucraniana, Kiev. Um prédio foi atingido nesta manhã, com registro de morte e feridos. A região da capital terá toque de recolher entre a noite de hoje e a manhã de terça-feira.

O conflito na Ucrânia chega ao 19º dia, com o governo ucraniano fazendo mais corredores para evacuação de pessoas e envio de suprimentos a regiões afetadas pela ação de forças russas. Em áreas dominadas por separatistas, como Donetsk, também há registros de ataques.

Ucranianos pedem libertação de prefeito; guerra chega ao 17º dia

Dois mil ucranianos protestaram em Melitopol, a 700 quilômetros da capital do país, pela libertação do prefeito da cidade, Ivan Fedorov. O governo da Ucrânia acusou a Rússia de tê-lo sequestrado. Neste sábado (12), a invasão da Rússia ao território ucraniano completa 17 dias.

A região de Kiev foi um dos pontos de ataque das forças russas. Um aeródromo em Vasylkiv, a 40 quilômetros de Kiev, foi atacado por mísseis hoje. O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, disse que “a capital, perto da qual os combates continuam, está se preparando para a defesa”.

Órgãos governamentais e o serviço de emergências da Ucrânia relataram ataques a um armazém de produtos congelados e a um depósito de petróleo em cidades próximas à capital. Em Chernihiv, 150 quilômetros ao norte de Kiev, ataques deixaram a cidade sem eletricidade.

O governo ucraniano divulgou 14 corredores para evacuação nesta manhã. Os trajetos também são utilizados para levar suprimentos para as regiões afetadas por ataques.

Ucrânia segue enfrentando ofensiva russa

Ucrânia amanheceu com uma série de ataques das forças russas pelo país, nesta sexta-feira (11). Bombardeios atingiram cidades em diversos pontos do país. Em Dnipro e Lutsk, há relato de mortes. Segundo o governo ucraniano, suas defesas “estão repelindo e retendo a ofensiva das Forças Armadas russas em todas as direções”.

A invasão da Rússia ao território ucraniano chega hoje ao seu 16º dia com a atenção focada para a movimentação russa no entorno da capital, Kiev. Hoje, o presidente russo, Vladimir Putin —que disse ver “mudanças positivas” nas negociações com os ucranianos—, ordenou que seu Exército facilite o envio de combatentes “voluntários”, incluindo sírios, para a Ucrânia.

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), mais de 2,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro. A Ucrânia diz que o número de mortes de civis no conflito supera o de perdas militares; segundo o governo, até a manhã de hoje, 78 crianças foram mortas. A ONU cita a possibilidade de a Rússia estar cometendo crimes de guerra.

Sem acordo entre Rússia e Ucrânia

O encontro entre os ministros das Relações Exteriores de Ucrânia e Rússia, realizado nesta quinta-feira (10), na Turquia, terminou sem progresso. A reunião tratou da invasão russa ao território ucraniano, que hoje chega a seu 15º dia com registros de novos bombardeios, como na cidade portuária de Mariupol, que foi atacada durante a realização da reunião entre as autoridades, segundo os ucranianos.

Os ministros russo, Serguei Lavrov, e ucraniano, Dmytro Kuleba, tiveram um encontro de cerca de uma hora e meia, que tinha o objetivo de alcançar um cessar-fogo, segundo a diplomacia turca, organizadora da reunião. Segundo Kuleba, não houve progresso sobre esse ponto.

O ministro ucraniano relatou que foi proposto um corredor em Mariupol e um cessar-fogo por pelo menos 24 horas para resolver os problemas humanitários dos civis. O lado russo não concordou, segundo o ucraniano. Kuleba disse que estava pronto para continuar as negociações.

Segundo ele, a Rússia reafirmou hoje que o cessar-fogo é possível se a Ucrânia cumprir as condições apresentadas pelo presidente russo, Vladimir Putin —que hoje sofreu pressão de França e Alemanha pelo cessar-fogo. O ministro disse que continuará na busca por soluções diplomáticas.

Lavrov, por sua vez, disse que a reunião serviu para confirmar que a Rússia “não tem alternativas” e ainda salientou que encontros como o desta quinta-feira “não podem ser usados para substituir as negociações principais” em Belarus, onde já ocorreram três rodadas de conversas com pouco avanço.

Civis são retirados da Ucrânia após cessar-fogo russo

Foi retomada a retirada de civis da Ucrânia, nesta quarta-feira (9). Russos e ucranianos concordaram em respeitar um cessar-fogo para permitir a retirada, disse a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk. Segundo ela, a Rússia informou que respeitará a trégua de até as 21h, no horário local.

O corredor humanitário está sendo formado na cidade de Sumy, porém, a polícia ucraniana informou que há saída de civis em cidades da região de Kiev. Em Energodar, a quase 700 quilômetros ao sudeste da capital, e Izium, distante 610 quilômetros a leste de Kiev, também há esquema de evacuação —nesta cidade, bombardeios na região atrapalham a operação, segundo o governo local.

A invasão russa ao território ucraniano chega ao 14º dia hoje, com o Ocidente aumentando o isolamento da Rússia na economia. Além dos ataques e da busca pela retirada de civis, outro ponto de preocupação da Ucrânia é com as usinas nucleares.

Ucrânia inicia retirada de civis

Rússia e Ucrânia entraram em acordo e a população têm conseguido deixar ao menos duas cidades do país invadido. Um corredor humanitário foi aberto nesta terça-feira (8), em Sumy, cidade ucraniana a cerca de 330 quilômetros a leste da capital, Kiev, perto da fronteira com a Rússia.

Sumy foi atingida por um ataque russo, que matou crianças; nesta manhã, houve relato de um tiroteio, apesar do corredor. “Vamos tentar de novo”, disse Mykhailo Podolyak, conselheiro da Presidência da Ucrânia. O país espera a abertura de mais corredores.

Hoje, 13º dia da invasão russa, a Ucrânia acusou a Rússia de impedir a saída de mulheres, idosos e crianças de Mariupol. “O inimigo executou um ataque exatamente na direção do corredor humanitário”, disse o Ministério da Defesa ucraniano.

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou hoje, que o número de refugiados em razão do conflito na Ucrânia superou a marca de 2 milhões de pessoas. Cerca de metade foi para a Polônia.

 

 

 

Novo corredor humanitário deve ser formado nesta segunda, 7

A partir de hoje (7), Rússia promete que fará um cessar-fogo, ae que abrirá corredores humanitários em algumas cidades ucranianas, como a capital, Kiev. O governo ucraniano, porém, teme que a ação possa ser uma estratégia para uma nova onda de ataques. Hoje completam 12 dias de guerra.

O Ministério da Defesa russo disse que suas forças iniciaram um cessar-fogo para permitir a evacuação de civis para Belarus ou Rússia. Moscou disse que abrirá corredores humanitários nas cidades de Kiev, Kharkiv, Mariupol e Sumy. Para a Ucrânia, a proposta russa é inaceitável, dizendo que os ucranianos devem poder permanecer no país, deixando as áreas de maior risco.

A iniciativa atende a um pedido do presidente francês, Emmanuel Macron, que conversou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, no domingo (6).

É esperada a terceira rodada de conversas entre as delegações russa e ucraniana em busca de entendimento. A Ucrânia diz esperar uma batalha por Kiev nos próximos dias.

Rússia e Ucrânia não se entendem e novo cessar-fogo fracassa

Estava prevista para este domingo (6), a saída de pelo menos 215 mil pessoas dos distritos, que estão cercados por forças russas na Ucrânia. Mas, pelo segundo dia consecutivo, um acordo de cessar-fogo para a retirada de civis das cidades de Mariupol e Volnovakha falhou.

Autoridades da Ucrânia e Rússia trocam acusações sobre quem tem a culpa pelo fracassado do cessar-fogo. Ucrânia alega que a Rússia e separatistas continuam a bombardear áreas que deveriam ser seguras. O primeiro acordo de cessar-fogo para a retirada de civis por corredores humanitários foi encerrado ontem pelo mesmo motivo.

A Rússia acusa nacionalistas ucranianos de impedirem a retirada de civis durante o cessar-fogo anunciado ontem e dizem que pessoas comuns estão sendo usadas como escudos humanos contra as tropas russas na região.

O controle de Mariupol daria à Rússia a continuidade territorial entre a península de Crimeia e as cidades separatistas Donetsk e Lugansk, na região de Donbass.