PF investiga desembargador do MA e filho suspeitos de ligação com organização criminosa

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, (14), a Operação “Habeas Pater”, para combater possíveis crimes de corrupção ativa e passiva.

Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão na cidade de Brasília, sete mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e um mandado de busca e apreensão na cidade de São Luís

Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) , para apurar o envolvimento de um desembargador federal e de seu filho, advogado, suspeitos de terem ligação com investigados da Operação Flight Level II, também deflagrada hoje pela Polícia Federal em Minas Gerais.

Segundo o site Metrópoles, os alvos são o advogado Ravik de Barros Bello Ribeiro, filho do desembargador federal maranhense Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Eles são suspeitos de vender sentenças para traficantes.

Caso pai e filho venham a responder pelos crimes, poderão ser condenados a até 12 anos de prisão.

Bolsonaro escolhe ministros do STJ e deixa desembargador maranhense de fora

O presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou os desembargadores Messod Azulay e Paulo Sérgio Domingues para as duas vagas abertas no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os nomes foram publicados no Diário Oficial da União, nesta segunda-feira (1º). O maranhense Ney Bello era cotado para uma das vagas, inclusive teve seu nome citado em uma lista enviada pelo STJ a Bolsonaro, no mês de maio.

Azulay, que é do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), contou com o apoio do senador Flávio Bolsonaro (PL) e da comunidade judaica do Rio. Já Domingues, do TRF-3, tinha o aval dos ministros do Superior Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli e Kassio Nunes Marques, além da futura presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura.

Ney Bello tem um histórico de decisões pró-governo  e na última delas, colocou em liberdade o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, que é alvo de investigação sobre um esquema de corrupção e tráfico de influência.

Em maio, logo após o STJ definir a lista quádrupla encaminhada ao Palácio do Planalto, Bolsonaro disse a interlocutores que gostava de Ney Bello, mas recomendou que ele se “resolvesse” com Nunes Marques.

Uma terceira vaga vai abrir no STJ, no fim de agosto com a aposentadoria compulsória do relator da Lava Jato no tribunal, ministro Felix Fischer. Uma nova lista, agora tríplice, vai ser formada e enviada ao atual ocupante do Palácio do Planalto.