Covid-19: Ministro da Saúde pede que pais vacinem filhos

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou de um ato de vacinação infantil contra a Covid-19, em Maceió (AL), no sábado (12). Apesar de defender a não obrigatoriedade da vacinação de crianças de 5 a 11 anos, fez um apelo para que os pais levem seus filhos para vacinar. “Vamos disponibilizar as vacinas para os pais e eu exorto a cada pai e cada mãe que levem seus filhos para a sala de vacinação”, disse. O percentual de crianças imunizadas contra a doença não passa de 15%.

Durante o ato, ele vacinou duas crianças e voltou a afirmar que, até o dia 15 de fevereiro, o ministério vai distribuir vacinas suficientes para aplicar a primeira dose em todas as crianças de 5 a 11 anos no país.

Queiroga criticou ainda aplicação de uma segunda dose de reforço das vacinas contra a doença. Segundo ele, o país precisa avançar antes na aplicação da dose de reforço ou terceira dose. A aplicação de uma quarta dose foi levantada pelo governo de São Paulo e pela Prefeitura do Rio de Janeiro.

“Antes de querer aplicar quarta dose sem evidência científica precisamos avançar na aplicação da terceira dose de vacina. O Brasil aplicou em cerca de 30% da sua população a dose de reforço, não queremos aplicar uma quarta dose sem ainda termos uma evidência científica forte”, explicou.

Vacina 100% brasileira contra a Covid-19 está em fase final

Fabricada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com todos os insumos produzidos no Brasil, a vacina da AstraZeneca está em fase final de desenvolvimento. A previsão é que os primeiros lotes sejam entregues em fevereiro.

O imunizante é resultado de contrato de transferência tecnológica entre a Fiocruz e o consórcio formado pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca.

Os primeiros lotes produzidos no Brasil pela fundação usaram ingrediente farmacêutico ativo (IFA) enviado pela China. Mas, houve atrasos o que despertou para a importância de se concretizar a produção do IFA no Brasil.

A Fiocruz montou as estruturas de produção do IFA, realizou testes e agora, está concluindo o processo de desenvolvimento da vacina totalmente nacional. O IFA é formado por vírus e células.

Após o processo de controle de qualidade e atestada a garantia da segurança e eficácia, a vacina é autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e enviada ao Ministério da Saúde para distribuição aos estados e municipais.