Justiça indefere pedido de Domingos Paz contra cassação na Câmara

O ex-vereador Domingos Paz (DC) tentou reverter a sua cassação de mandato na Justiça, mas não obteve êxito ao protocolar no plantão judicial um mandado de segurança com pedido de liminar, no último fim de semana.

A liminar foi rejeitada pela juíza Suely Feitosa, e por isso, segue como válida a cassação de mandato do agora ex-parlamentar.

Paz foi cassado na última sexta-feira (9) por quebra de decoro, após enfrentar processo na Casa por denúncias de crimes sexuais contra mulheres.

Na petição apresentada à Justiça o vereador queria que fossem suspensos os efeitos do Decreto-Lei nº 049/2024, assinado pelo presidente da Casa, vereador Paulo Victor (PSB), que determinou a cassação de seu mandato de vereador.

Paz alegou que o processo não fora concluído dentro do prazo estabelecido de 90 dias. A magistrada atestou que a alegação não procede.

“A notificação do acusado, ora impetrante, foi realizada em 14 de maio de 2024 […] e o ato de cassação do mandato de vereador – apontado como ilegal – ocorreu em 9 de agosto de 2024, portanto, ao que se verifica, dentro do prazo de 90 dias. Assim, não se verifica a ilegalidade do procedimento adotado pela Comissão Processante, não havendo fundamento relevante a amparar a concessão de liminar em mandado de segurança para fins de suspensão ou anulação da decisão de cassação do vereador, ora impetrante”, despachou.

A magistrada também avaliou que um segundo argumento de Paz – segundo o qual teria havido quebra de parcialidade por parte dos julgadores – não seria matéria para análise em sede de mandado de segurança.

“Quanto aos demais argumentos lançados na petição inicial sobre a suposta existência de outros vícios ocorridos no decorrer do processo administrativo, a exemplo de quebra de imparcialidade (sic), dos julgadores, verifica-se que tais alegações não se tratam de matéria que importa ofensa a direito líquido e certo a permitir o manejo da impetração do presente mandado de segurança, tampouco a justificar o deferimento de liminar”, completou.

Domingos Paz continua negando a prática de crimes sexuais e tem se colocado como vítima de perseguição política na Câmara.

Sá Marques fica com vaga de Domingos Paz na Câmara

Domingos Paz teve o seu mandato cassado por quebra de decoro parlamentar, após enfrentar processo por assédio e abuso contra mulheres. 

Ele negou as acusações e se colocou na condição de vítima de perseguição na Casa.

Paz chegou a anunciar renúncia de mandato, mas o pedido não foi aceito pela Mesa Diretora, que seguiu com a votação em Plenário do relatório que recomendava a cassação de mandato.

Ele foi cassado por 24 votos favoráveis e nenhum contrário. Houve duas abstenções (Antônio Garcêz e Astro de Ogum) e dois parlamentares não compareceram ao Plenário: Chaguinhas e Zeca Medeiros.

Reação

Além de negar todas as acusações, Domingos Paz criticou a postura dos colegas de Parlamento.

“Eu tenho um filho de 8 anos que está me assistindo, a minha esposa, os meus amigos. É uma injustiça o que estão fazendo. Estão felizes? Estão realizados?”, disse Domingos Paz aos colegas da Câmara.

Ele também se dirigiu aos demais vereadores e disse que não quer mais contato com nenhum membro da Casa.

“Nós vamos nos encontrar nos bairros e me façam o favor de não me dirigir uma palavra, nenhum. É um favor que vocês vão fazer. Não me dirijam uma palavra, por que vocês não são amigos. Não venham cometer injustiça”, disse.

Domingos Paz afirmou que ainda retornará à Casa num futuro mandato e disse que por ser cristão da igreja Assembleia de Deus, foi perseguido.

“Vocês não são coerentes. Se defendem a mulher a criança, e o meu filho? E a minha esposa? […] Vocês não defendem ninguém. Vocês deveriam falar sobre o R$ 1 milhão de reais, mas não falam”, continuou.

“Entrego a minha vida nas mãos de Deus e fiquem sabendo que se nos encontrarmos na rua não aceitarei nenhuma fala. Lá na curva do vento nós podemos nos encontrar novamente. Aqui tem um grupo orquestrado”, finalizou.

Veja vídeo: Domingos Paz renuncia mas não evita a cassação na Câmara de São Luís

Domingos Paz (DC) é o primeiro vereador cassado na história da Câmara de São Luís, em 400 anos de existência. Foram 24 votos pela cassação, 2 abstenções (Astro de Ogum e Antônio Garcês) e nenhum voto contra. Ele chegou a renunciar ao cargo de vereador de São Luís, mas a Casa Parlamentar entendeu que o pedido de renúncia não obedeceu o prazo e os vereadores escolheram dar continuidade ao rito de cassação.

A renúncia foi uma manobra do parlamentar para garantir os direitos políticos, e evitar a cassação, mas a mesa diretora não aceitou e manteve o rito da cassação.

O vereador Domingos Paz (DC), será julgado por quebra de decoro por supostos crimes sexuais, renunciou ao mandato.

 

 

Câmara de São Luís forma quórum e deve cassar Domingos Paz

Mulheres de movimentos sociais, em favor dos direitos das mulheres, realizam protesto na galeria da Câmara Municipal

A Câmara de Vereadores de São Luís deu início a sessão extraordinária onde será realizado o julgamento do parecer final das acusações contra o vereador Domingos Paz (DC), suspeito de ter praticado crimes sexuais contra mulheres em 2022.

O quórum qualificado foi alcançado às 9h, com 23 vereadores em plenário. 20 minutos após, 26 vereadores já estavam na Casa Parlamentar. Faltaram:

  • Astro de Ogum
  • George da Cia do Som
  • Francisco Chaguinhas
  • Antônio Garcês
  • Zeca Medeiros

Para que haja a votação do relatório da Comissão Processante, são necessários, pelo menos, 21 dos 31 vereadores em plenário.

A expectativa é que Domingos Paz seja cassado.

Câmara não julga Domingos Paz por falta de quórum; saiba quem faltou

A falta de quórum qualificado impediu a Câmara Municipal de São Luís de julgar, nesta quinta-feira, 8, o vereador Domingos Paz (DC), denunciado por crime sexuais.

Uma nova tentativa será feita na sexta-feira, 9, em nova sessão extraordinária.

Não sendo novamente possível, há divergências entre parlamentares sobre o rito a ser adotado: se o processo é arquivado, ou se tranca a pauta até que haja uma deliberação final.

Quem compareceu?

Para que houvesse votação do relatório da Comissão Processante, eram necessários, pelo menos, 21 dos 31 vereadores em plenário. Mas apenas 20 compareceram.

Foram eles:

Paulo Victor, Fátima Araújo, Ribeiro Neto, Álvaro Pires, Jhonatan Soares, Marcial Lima, Domingos Paz, Karla Sarney, Concita Pinto, Dr. Gutemberg, Pavão Filho, Andrey Monteiro, Edson Gaguinho, Silvana Noely, Octávio Soeiro, Nato Júnior, Raimundo Penha, Marquinhos Silva e Chico Carvalho.

Que não compareceu?

Francisco Chaguinhas, Antônio Garcês, Astro de Ogum, Daniel Oliveira, George da Companhia do Som, Marcos Castro, Marlon Botão, Rosana da Saúde, Thyago Freitas, Tiririca do Maranhão, Umbelino Júnior e Zeca Medeiros.

Fonte: Gilberto Léda

Vereador Domingos Paz tem julgamento marcado para quinta-feira

O vereador Domingos Paz foi convocado pelo presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Victor, para que seja realizado o julgamento do Parecer Final sobre as acusações de crimes sexuais desde 2022

A sessão extraordinária desta quinta-feira (08) será integralmente dedicada ao julgamento.

Segundo a legislação, Domingos Paz só pode ser afastado do cargo se houver pelo menos ⅔ (dois terços) de votos, ou seja, 20 dos 31 vereadores da Casa.

O vereador desistiu da reeleição, porém, sua esposa, Josélia Rodrigues, será a candidata em seu lugar.

ENTENDA O CASO

Em 2022, o vereador Domingos Paz (Podemos) foi alvo de uma série de acusações feitas por três mulheres que o denunciaram pelos crimes de assédio sexual e estupro de vulnerável.

Entre as supostas vítimas, está uma jovem de 29 anos. Na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), a jovem contou que teria sido violentada pelo vereador durante dois anos, quando ainda era menor de idade.

As denúncias levaram o movimento de mulheres a protocolar, na Câmara Municipal, um pedido coletivo de cassação do vereador, assinado por 54 entidades de defesa da mulher, além de outros 13 pedidos individuais.

Advogados de defesa das supostas vítimas, também deram entrada na Câmara com pedido de investigação e de cassação de Domingos Paz. A vereadora Silvana Noely (PTB) protocolou um pedido de investigação das denúncias e de afastamento temporário do parlamentar, até que a apuração fosse concluída.

No início deste ano, uma liminar da Justiça do Maranhão trancou um dos inquéritos que investigava um dos casos. De acordo com advogados, a decisão não inocenta a parlamentar.

Na mesma decisão, o desembargador Antônio Fernando Bayma Araújo, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), proíbe a Câmara de Vereadores de São Luís de aplicar qualquer sanção – como suspensão temporária ou cassação de mandato – contra Domingos Paz.

Vídeo: Câmara de São Luís suspende sessão para tratar sobre escândalos da Prefeitura de São Luís

A sessão da Câmara de vereadores de São Luís, desta segunda (5), foi marcada pela reunião urgente entre os parlamentares, no gabinete do presidente da Casa, vereador Paulo Victor (PSB), para tratar sobre o posicionamento da Câmara em relação aos escândalos da prefeitura e ainda sobre a finalização do prazo da Comissão Processante, que analisa denúncia contra o vereador Domingos Paz (DC).

Domingos Paz já desistiu de tentar reeleição e lançou a esposa dele, Josélia Rodrigues. O lançamento aconteceu em convenção realizada no sábado (27),pelo partido Democracia Cristã

O processo que pode terminar com a cassação do mandato de Domingos Paz – o que o tornaria inelegível.

Domingos Paz responde por abuso sexual de uma adolescente de 17 anos. Desde a semana passada. Todas as testemunhas do caso já foram ouvidos por uma comissão processante instalada na Casa.

Processado por abuso sexual, Domingos Paz desiste de tentar reeleição em São Luís

Às voltas com um processo que pode culminar com a cassação do seu mandato na Câmara Municipal de São Luís – o que o tornaria inelegível -, o vereador Domingos Paz (DC) decidiu não lançar mesmo a reeleição para o cargo no Legislativo municipal.

Durante convenção realizada no sábado (27), o Democracia Cristã, partido ao qual está filiado o parlamentar, homologou a chapa de candidatos a vereador. No lugar de Paz, concorrerá a esposa dele, Josélia Rodrigues.

O vereador está respondendo por abuso sexual de uma adolescente de 17 anos. Desde a semana passada. Todas as testemunhas do caso já foram ouvidos por uma comissão processante instalada na Casa.

Desde a semana passada, contudo, o colegiado – formado pelos vereadores Chico Carvalho, Fátima Araújo e Edson Gaguinho – tentava encontrá-lo para proceder à sua intimação e garantir-lhe o direito de apresentar defesa por escrito, o que só ocorreu nesta segunda-feira (29).

Caso Domingos Paz: saiba quem integra comissão processante

Os vereadores da Câmara Municipal de São Luís aprovaram o Relatório da Comissão de Ética que aceitou a representação contra o vereador Domingos Paz (DC) por quebra de decoro parlamentar. A votação aconteceu em sessão extraordinária, na quinta-feira, 9, e a decisão foi unânime, totalizando 25 votos a favor. Paz não participou da sessão.

Agora, o processo será conduzido por uma comissão processante, que terá até 90 dias para apurar o caso e apresentar relatório pela cassação ou arquivamento do caso.

Compõem o colegiado os vereadores:

Francisco Carvalho (PSDB), presidente;
Fátima Araújo (PCdoB), como relatora; e
Edson Gaguinho (PP), membro titular.

Na ocasião, também foram sorteados os nomes dos vereadores desimpedidos que possam atuar como suplentes, em caso de declaração de impedimento por algum dos membros. Pela ordem, o primeiro é o vereador Marquinhos (União Brasil).

Entenda o caso

O vereador Domingos Paz é acusado por crimes de assédio sexual, estupro de vulnerável e ameaça. Em dezembro de 2022, ele foi denunciado por uma ex-conselheira tutelar. Após inquérito aberto pela Polícia Civil, outras possíveis vítimas, incluindo uma adolescente de 14 anos, se manifestaram.

Em janeiro de 2023, o desembargador Antônio Bayma Araújo, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), acatou pedido de habeas corpus ingressado na Justiça por advogados do parlamentar, trancou inquérito policial e proibiu qualquer sanção da Câmara contra o vereador, alvo de denúncias de abuso sexual contra cinco mulheres e uma adolescente.

Em dezembro de 2023, a vereadora Silvana Noely apresentou uma nova denúncia de abuso sexual cometido pelo colega em face de uma jovem de 17 anos, que trabalhava na residência do edil. A denúncia foi formalizada pela suposta vítima e protocolada na Comissão de Direitos Humanos da Câmara de São Luís.

Em todos os casos, o vereador nega todas as acusações e diz ser vítima de perseguição política.

Câmara abre processo de cassação de Domingos Paz por abuso e assédio

O plenário da Câmara Municipal de São Luís decidiu, nesta quinta-feira (9), abrir processo de cassação do vereador Domingos Paz (DC) por quebra de decoro parlamentar.  Ele é acusado de assédio sexual, estupro de vulnerável e ameaça. Participaram da sessão 25 vereadores, e todos votaram pela abertura do processo, nos termos de relatório apresentado pela Comissão de Ética da Casa.

Com a decisão, a Câmara sorteou os nomes dos membros para a comissão processante, que terá até 90 dias para apurar o caso e apresentar relatório, pela cassação, ou pelo arquivamento do caso. Integram o novo colegiado os vereadores Chico Carvalho (PSDB), como presidente, Fátima Araújo (PCdoB), como relatora, e Edson Gaguinho (PP), como membro.

Defesa – Na semana passada, após prestar depoimento ainda na Comissão de Ética, Paz negou as acusações. Ele se diz vítima de perseguição.

“Não conseguiram provar nada contra mim nas últimas acusações levadas à justiça. Agora, resolveram me acusar por uma carta de uma pessoa que mora no interior e veio à São Luís para fazer um tratamento psiquiátrico. No entanto, aquele que não deve não teme. Quem anda com a verdade não teme. Deus não me deixará ser penalizado por mentiras”, relatou.

Reação – A advogada Mariana Pessoa, que atua na defesa do parlamentar, afirmou que durante o depoimento pediu o arquivamento do caso com base em provas que atestam a inocência do seu cliente.

“Tivemos uma perspectiva positiva haja vista todas as provas positivas em favor dele foram apresentadas. Nós temos aqui uma consciência política, moral e espiritual, que tudo será resolvido porque a verdade é que o vereador é inocente, com base em todas as provas que incluem áudios, vídeos e vários arquivos. Diante dos fatos que temos em mãos, consigo afirmar, de forma jurídica, que todas as falsas acusações serão resolvidas no judiciário”, revelou.

Vítima reforça defesa – Membro titular do colegiado, o vereador Francisco Chaguinhas (PSD) disse em recente entrevista à imprensa que ficou clara a imprudência em relação ao caso. Ele lembrou ainda que a vítima usada para acusar Domingos Paz é a mesma que hoje está contribuindo para fazer a defesa do parlamentar.

“A oitiva de hoje é um resultado das outras duas oitivas que tivemos com a autora da denúncia e a suposta vítima. O epicentro deste problema é uma jovem que tem problemas emocionais, porém, não quero julgá-la ou dizer algo contrário, pois a doença ninguém escolhe. No entanto, é muito ruim colocar essa jovem como suposta vítima e depois usá-la para a defesa do acusado. Eu acho que deveria ter uma prudência maior em relação ao caso”, frisou.

Nova denúncia – A denúncia de um novo suposto caso de abuso foi levada no mês de dezembro de 2023 à Casa pela vereadora Silvana Noely, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de São Luís. Ela formalizou a denúncia à Mesa Diretora e pediu – uma vez confirmada a autoria -, a cassação de mandato do colega de Parlamento. 

Domingos Paz negou a acusação e levou para a tribuna da Casa supostas provas de inocência. Foram áudios e vídeos da suposta vítima e do pai dela, negando o abuso. Paz afirmou que é vítima de perseguição política. 

“Este ofício estabelece a relatoria no processo de averiguação de denúncias de supostos abusos sexuais do vereador Domingos Paz. Eu fui intitulado por este parlamento de forma democrática e de forma transparente, por um sorteio realizado por esta Mesa Diretora”, disse Aldir Júnior, na ocasião do anúncio da relatoria.

Por Gilberto Leda