Prefeitura deve recorrer à Justiça após nova votação da LDO na Câmara de SLZ

A Prefeitura de São Luís deve novamente recorrer à Justiça para barrar a votação da LDO 2024 pela Câmara Municipal. Uma ação, contudo, só deve ser protocolada após a aprovação da Lei Orçamentária Anual de 2024 – cuja votação está marcada para esta terça-feira, 16.

O Município já havia recorrido ao Judiciário quando da primeira votação da LDO, ainda em 2023, alegando vício formal – vetos do prefeito Eduardo Braide (PSD) foram derrubados em votação simbólica, quando o regimento da Casa exige votação nominal.

Foi por conta disso que os vereadores votaram um requerimento do vereador Álvaro Pires (PSDB) anulando a primeira votação, para então reapreciar os vetos.

Em tese, voltou-se à estaca zero, votando-se novamente a LDO, e abrindo caminho para a apreciação da LOA.

Para membros da Prefeitura da capital, contudo, não é bem assim. Auxiliares de Braide avaliam que, na prática, a Câmara descumpriu os termos de decisões anteriores do TJ e do STF, suspendendo as emendas dos parlamentares e tornado válida a LDO tal como sancionada pelo chefe do Executivo.

Assim, entende o Município, a LOA deve ser votada com base na LDO já sancioaada.

Créditos

O pomo da discórdia envolvendo a votação do Orçamento foi uma emenda apresentada pelo Parlamento à LDO obrigando o Executivo a solicitar autorização legislativa para a abertura de créditos suplementares às pastas e órgãos municipais.

Pela redação original o prefeito poderia abrir créditos dessa natureza, sem qualquer necessidade de aval legislativo, até o limite de 25% do que fora inicialmente apontado no Orçamento.

A emenda exigia autorização para qualquer valor, mas foi vetada por Braide. O veto, então, foi derrubado pelos vereadores.

Na votação da semana passada, a maioria dos vetos do prefeito foi mantida. Mas este específico a respeito dos créditos foi novamente derrubado.

Raimundo Penha alerta para prazo de apresentação de emendas à LDO 2024

O presidente da Comissão de Orçamento e Planejamento (COFPPM), Raimundo Penha (PDT), alertou aos parlamentares prazo final para apresentação de emendas ao Projeto de Lei nº 0091/2023, encaminhado pelo prefeito Eduardo Braide (PSD) como Mensagem nº 05, que dispõe sobre as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária para o exercício de 2024, a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO).

Durante a sessão ordinária desta terça-feira (05), Penha avisou que a proposta de diretrizes orçamentárias está à disposição dos vereadores para apresentação de emendas até esta quarta-feira, dia 06 de setembro.

“Só para lembrar que o prazo para apresentação das emendas termina amanhã, dia 06. A gente tem feito esse alerta, pois amanhã é o prazo final para propositura de emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias”, explicou o parlamentar.

De acordo com o cronograma, o prazo foi aberto desde a última quinta-feira (31/8), quando a Casa realizou audiência pública para discutir a matéria. Com o prazo encerrando amanhã, os 31 vereadores podem enviar suas propostas para serem analisadas pela comissão, pessoalmente no gabinete do relator ou através de e-mail.

“As emendas à LDO devem ser protocoladas diretamente no gabinete do relator, vereador Marquinhos ou através de um e-mail que nós já divulgamos no grupo”, completou o pedetista.

O projeto da LDO é votado em turno único. Inicialmente, o projeto é enviado à Comissão de Orçamento e Planejamento (COFPPM), após leitura em plenário. Depois é realizada a audiência pública para, em seguida, receber as emendas. Vencido o prazo para apresentação das emendas, previsto para quarta-feira, o colegiado apreciará emendas dos vereadores para aprovação do relatório final. Após esse trâmite, o relatório final é enviado ao presidente da Casa para disponibilizar a matéria na ordem do dia visando à votação em plenário.

Veja o calendário de tramitação da LDO 2024:

•06/09 – Prazo Final para apresentação de emendas

•13/09 – Comissão apreciará emendas dos vereadores

•14/09 – Reunião para aprovação do relatório final

•15/09 – Entrega do relatório final ao presidente da Casa

•19/09 – Votação do relatório final em plenário

Fonte: Câmara Municipal de São Luís

Câmara de São Luís discute nesta quinta a LDO 2024

A Câmara Municipal de São Luís discute nesta quinta-feira, em audiência pública, o projeto que trata da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) referente ao exercício financeiro 2024. A matéria foi encaminhada para a Casa pela Prefeitura de São Luís e já deveria ter sido apreciada no primeiro semestre.

A expectativa é de que o projeto avance e seja aprovado nas próximas semanas.

A audiência que terá participação presencial, com transmissão ao vivo pelo canal da Câmara no YouTube, está marcada para iniciar às 14h e pontuará a abertura do prazo para o envio de sugestões populares ao projeto.

O evento deve ocorrer em cumprimento à Lei de Responsabilidade Fiscal e será conduzido pelo presidente da Comissão de Orçamento e Planejamento (COFPPM), Raimundo Penha (PDT).

Para participar do ato, foram convidados representantes das Secretarias Municipais de Planejamento, Administração e da Fazenda. Na audiência, eles vão apresentar o projeto e detalhar questões sobre a legislação tributária, renúncia fiscal, metas e riscos fiscais e os critérios usados para enfatizar quais são as prioridades.

A LDO é uma proposta elaborada pelo Executivo com metas de gastos, prioridades e despesas da administração pública para o próximo ano, que serve como base para a elaboração da LOA (Lei Orçamentária Anual).

A proposta em tramitação para 2024 – que traz as diretrizes para que o orçamento seja elaborado – mostra uma previsão de receita estimada em torno de R$ 4,9 bilhões, sendo que R$ 3,2 bilhões são transferências correntes.

Thyago Freitas é escolhido para ser o relator da LDO 2024

O vereador Thyago Freitas (PRD) foi escolhido para ser o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do exercício financeiro de 2024. A definição, por parte do presidente da Comissão de Orçamento e Planejamento (COFPPM), vereador Raimundo Penha (PDT), se deu em uma reunião do colegiado na tarde desta terça-feira, 11, na Câmara Municipal de São Luís (CMSL).

A peça orçamentária, que estabelece as metas e prioridades do município para o próximo ano e orienta a elaboração, no segundo semestre, da Lei Orçamentária Anual (LOA), tramita na Casa desde o mês de abril.

Para o ano que vem, a receita total (administração direta e indireta) está estimada em R$ 4,9 bilhões, sendo R$ 3,2 bilhões são transferências correntes. Em 2021, a receita total ficou estimada em R$ 3,9 bilhões no planejamento orçamentário. Em 2022, a previsão ficou em R$ 4,8 bilhões, sendo que a de 2023 está orçada em R$ 4, 7 bilhões.

Durante o encontro, foram discutidos diversos pontos, entre eles as previsões para LOA (Lei Orçamentária Anual), que será o próximo projeto a tramitar no Legislativo após a aprovação e sanção da LDO pelo prefeito Eduardo Braide (PSD), situações relacionadas a emendas individuais, bem como esclarecer o projeto de lei como um todo.

Palavras do relator

Na ocasião, Thyago Freitas que será o responsável por analisar e emitir parecer sobre a proposta até o final deste mês, comentou o peso da função e destacou como pretende conduzir o trabalho.

“É uma grande responsabilidade, mas vejo como uma oportunidade de abrir o diálogo com todos os setores da sociedade, independente de partido ou posição política. Agora vamos nos debruçar, conversar com o presidente [da Câmara], com os colegas vereadores para vermos as prioridades”, frisou o parlamentar.

Thyago Freitas disse ainda que pretende conversar com o colegiado para definir o cronograma de tramitação da peça orçamentária que deverá fixar os prazos para a apresentação das emendas parlamentares e aprovação do relatório pelo colegiado.

“Ainda vamos alinhar o cronograma, mas fico muito feliz com a decisão do colega Raimundo Penha, e de todos os membros da comissão, por terem me escolhido como relator. Irei dar o meu melhor para que possamos construir um orçamento mais justo e adequado para que a prefeitura possa cuidar das pessoas, especialmente em áreas relevantes como saúde, social, educação, segurança e desenvolvimento econômico”, completou.

A estimativa

A estimativa total da receita para o ano que vem é de R$ 4,9 bilhões entre arrecadação própria e repasses. Os impostos municipais respondem pela arrecadação de R$ 1,2 bilhão. Do total de R$ 3,2 bilhões advindos de transferências, R$ 1,035 milhão virá da União (cota-parte do Fundo de Participação dos Municípios). O ISS (Imposto Sobre Serviços) é um dos principais componentes do repasse municipal, com R$ 906,5 mil, enquanto outras transferências correntes contribuem com R$ 878,7 mil.

A LDO 

O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tramita na Câmara Municipal de São Luís desde a primeira quinzena de abril deste ano e define as principais prioridades para o exercício financeiro do Município para o exercício financeiro de 2024.

A proposição identifica as principais diretrizes para o ano seguinte. Nela não há detalhes do montante destinado para cada setor, mas norteia algumas das principais áreas da administração pública. Todas as demandas apontadas pelo Executivo e Legislativo são embasadas dentro da LOA (Lei Orçamentária Anual).

Fonte: Câmara de São Luís