Ricardo Capelli aponta “falhas graves” na segurança do DF e punição a “todos os envolvidos” nos atos de 8 de janeiro

Os atos do dia 8 de janeiro permanecem sob investigação pela Polícia Federal e Polícia Civil do Distrito Federal. Para auxiliar nas apurações, o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, entregou relatório conclusivo do caso, onde são apontadas situações que podem ter levado ao avanço dos ataques. Em entrevista a uma emissora local, nesta sexta-feira (3), Capelli afirmou que houve graves falhas na condução da segurança no dia das invasões e que todos os envolvidos serão punidos.

“Esse relatório servirá de auxílio às investigações que estão em curso. Houve falha no sistema de segurança. Não houve um plano operacional, um planejamento organizado. Houve uma grave falha operacional. Tínhamos, pelas imagens, apenas 150 policiais, algo muito inferior ao necessário. Faltou comando e liderança”, afirmou Capelli.

Capelli acrescentou que, “todos os envolvidos diretamente nos atos inaceitáveis do dia de janeiro serão punidos, pois, hoje, é praticamente impossível uma pessoa que cometeu esses atos, não ser identificada, pois, há digitais, fotos, vídeos e testemunhas”.

Segundo ele, seu período como interventor no Distrito Federal, 23 dias, teve os resultados esperados que eram retomar as linhas de comando do DF, estabilizar a segurança para impedir um clima de instabilidade e apurar os fatos que levaram aos eventos do dia 8 de janeiro.

Ele também se posicionou sobre os caso de crimes contra indígenas e em área de aldeias. Capelli informou que há uma ação conjunta com o Ministério dos Povos Originários e que o Ministério da Justiça e Segurança Pública está em contato com a ministra Sônia Guajajara, no sentido de investigar os casos e prestar apoio aos indígenas.

E para 2023, ele enumerou como algumas metas da gestão no ministério, a consolidação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), regulação do ambiente digital, para que este não seja um ambiente à prática de crimes contra a democracia e consolidação das políticas públicas do Ministério da Justiça.

Após atos terroristas, interventor do DF dispensa superintendente da PF em Brasília

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Cappelli, dispensou o delegado Victor Cesar Carvalho dos Santos, até então superintendente regional de Polícia Federal no Distrito Federal. Ele tomou a decisão após os atos terroristas na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A medida está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (10).

Ainda não há substituto, mas o delegado da PF Cezar Luiz Busto de Souza assume o cargo até que outro titular seja nomeado. Ele já atuou como diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF.

O delegado Victor Cesar assumiu como superintendente da PF no Distrito Federal em outubro de 2021. Santos foi o delegado responsável pela segurança do papa Bento XVI, quando o então pontífice veio ao Brasil. Ele substituiu Hugo de Barros Correia, que coordenava as ações da corporação no DF desde maio daquele ano.

Os atos terroristas cometidos na área central de Brasília também respingaram nas forças de segurança do DF. Cappelli anunciou a troca do comandante-geral da Polícia Militar do DF (PMDF), na noite dessa segunda-feira (9/1). Saiu o coronel Fábio Augusto e entrou o coronel Klepter Rosa. O novo interino já atuava na gestão como subcomandante-geral do PMDF. Ele também comandou o Departamento de Gestão de Pessoal da PMDF.

Já o delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Cândido, deve ser mantido no cargo. Durante os momentos mais tensos vividos no domingo (8/1), após manifestantes extremistas invadirem as sedes dos Três Poderes da República, Robson manteve uma postura colaborativa, segundo avaliação de integrantes do governo federa

“Será um dia de festa democrática”, diz Ricardo Capelli sobre posse de Lula

O secretário de Estado da Comunicação e futuro secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, destacou o planejamento para para posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele concedeu entrevista a uma emissora de tv local, nesta quinta-feira (29), onde tratou ainda sobre a nova função que irá assumir no governo petista, a partir de janeiro, e destacou o trabalho do senador eleito e futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), que tem sido protagonista neste momento de transição política de governo no país.

Sobre o esquema de segurança para posse de lula com a pele falou que está tudo seguindo o planejamento organizado. Ele destacou ainda o papel de protagonista que Dino tem assumido no cenário.

“Flávio Dino está sumindo o papel de garantir que toda a população que queira participar da posse do presidente Lula, possa ir com segurança e tranquilidade. Que seja um dia de festa democrática e é isso que está sendo garantido para o dia 1º. Flávio Dino tem tido firmeza, coragem e feito o trabalho de sempre para esta finalidade. Não será admitido, em uma democracia, que grupos menores venham causar instabilidade”, enfatizou Ricardo Capelli.

A respeito de comentários sobre este protagonismo, Capelli reforça a garantia de união, tranquilidade e segurança na posse. “O futuro ministro Flávio Dino tem trabalhado em perfeita harmonia com o governo estadual do Distrito Federal. Claro que esperávamos um pouco mais de colaboração do governo que está se encerrando, mas, não há nenhuma novidade”, pontuou.

Ele destacou ainda, que a transição na pasta da Justiça e Segurança Pública tem sido “colaborativa” e de “harmonia”.

Finalizando a entrevista, Capelli destacou sua atuação à frente do novo cargo no governo federal e agradeceu aos apoios recebidos. “Agradeço aos veículos de mídia do Maranhão, pois, a informação de qualidade é um bem e um direito público. Agradeço ao ex-governador Flávio Dino, que me fez o convite para a função e ao governador Carlos Brandão, por ter confiado em meu trabalho”, concluiu.