Alexandre de Moraes é eleito o brasileiro do ano 2022

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, foi escolhido o brasileiro do ano pela Revista IstoÉ. Embora também atue no Supremo Tribunal Federal (STF), foi sua “performance” no Superior Tribunal Eleitoral (TSE), durante as eleições de 2022, que o levou a ser eleito pelos editores da revista.

A revista não poupou elogios ao ministro, cuja personalidade é “ciente de sua responsabilidade histórica”, e que graças a ele “as forças obscuras do retrocesso foram vencidas” e que “ele foi o fiador da democracia, garantindo um pleito limpo e transparente”.

Moraes também recebeu o título em 2021, sendo assim chamado pela revista de “bicampeão”.

– Por essas e outras razões, o ministro foi eleito pelos editores da IstoÉ O Brasileiro do Ano em 2022, repetindo a premiação concedida a ele no ano passado como Brasileiro do Ano de 2021, por ter sido o “guardião da Constituição”. Ele é bicampeão, portanto – diz o anúncio.

Personalidades de outras áreas também foram homenageadas pela IstoÉ. São elas: Milton Nascimento (Cultura), Neca Setubal (Educação), Jean Gorenstein (Saúde), Ludmilla (Música), Isabel Teixeira (atriz de TV), Rayssa Leal (Esportes), Padre Julio Lancelotti (Desenvolvimento Social) e Bruno Pereira e Dom Phillips (In Memorian, no Meio Ambiente).

“Há muita gente para prender e muita multa para aplicar”, diz Alexandre de Moraes

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afirmou, nesta quarta-feira (14), que há “muita gente” a ser presa e multada no que refere às investigações sobre atos antidemocráticos e disseminação de fake news.

A declaração ocorreu durante o seminário STF em Ação, promovido pelo Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados. Antes de Moraes, discursou no evento o ministro Dias Toffoli, que mencionou a invasão ao Capitólio, nos Estados Unidos, em 2021, pela qual 964 pessoas foram detidas.

Toffoli também cobrou do Superior Tribunal de Justiça um endurecimento na jurisprudência sobre indenizações. Ele analisou, por exemplo, o caso do teórico da conspiração americano Alex Jones, condenado a pagar quase 1,5 bilhão de dólares após negar um massacre em uma escola.

“Fiquei feliz com a fala do Toffoli, porque, comparando os números, ainda tem muita gente pra prender e muita multa para aplicar”, afirmou Moraes.

Ele não citou o presidente Jair Bolsonaro (PL), um dos alvos das investigações sob sua relatoria no STF. Em seu pronunciamento, comentou a ascensão do nazismo na Alemanha e do fascismo na Itália e defendeu a atuação do Poder Judiciário.

“Todos os juristas e cientistas políticos dizem que uma jurisdição constitucional, se existente fosse, seria um obstáculo a mais. Obviamente ninguém diz que não existiria o nazismo, porque isso é impossível de analisar retroativamente, mas seria um obstáculo a mais”, avaliou.

Além de Moraes e Toffoli, estiveram presentes os também ministros do STF Ricardo Lewandowski e Carmén Lúcia, a presidente do Ieja, Fabiane Oliveira, e o corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão.