Liderança de Lula para presidência, aponta nova pesquisa

O Instituto Paraná Pesquisas divulgou as intenções de votos em levantamento, nesta quarta-feira (31), que aponta liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A análise corresponde ao cenário estimulado, ou seja, quando uma lista de candidatos é apresentada ao entrevistado.

O petista pontua com 41,3% e o presidente Jair Bolsonaro (PL) se mantém em segundo lugar, ficando com 37,1%. Seguem Ciro Gomes (PDT) em terceiro, com 7,7% dos votos; e Simone Tebet (MDB), com 2,4%. Os demais presidenciáveis não alcançaram 1%.

Segundo a pesquisa, 4% dos eleitores declararam não saber ou não responderam em quem vão votar. Os votos brancos e nulos totalizam 5,9%.

Em levantamento anterior, realizada pela instituição no começo de agosto, Lula tinha 41,7% das intenções, e Bolsonaro, 37%. A variação dos candidatos não ultrapassou a margem de erro.

A pesquisa tem 95% de confiança e ouviu 2.020 pessoas, de 164 municípios brasileiros, no período entre 26 e 30 de agosto de 2022. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-03492/2022.

 

 

Bolsonaro e Lula protagonizam impasses durante debate

Intrigas e ataques mútuos entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual, Jair Bolsonaro (PL), marcaram o debate realizado na noite de domingo (28), na Band. O encontro, organizado pela TV Bandeirantes em parceria com UOL, Folha de S.Paulo e TV Cultura, contou com a participação dos presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe d’Ávila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil).

Pouco depois do início do evento, o deputado federal André Janones (Avante-MG), apoiador de Lula, e o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, apoiador do presidente Bolsonaro, trocaram ofensas nos bastidores do debate.

A confusão começou quando Lula falou sobre a queda do desmatamento em seu governo, e Salles se manifestou sobre a declaração do ex-presidente, seguido de uma reação de Janones. Ambos trocaram xingamentos e foram separados por seguranças. Após os ataques, ambos retornaram para seus respectivos assentos e continuaram a assistir ao debate no local.

O encontro na TV também contou com trocas de acusações diretas entre Lula e Bolsonaro. Confira abaixo alguns dos principais momentos do debate.

Ataques

Ao longo do embate televisivo, tanto Bolsonaro como Lula tiveram direito de reposta concedido pelos organizadores do debate após ataques que receberam um do outro. O presidente foi o primeiro a reagir, depois de ser criticado pelo candidato petista pela imposição de sigilo de cem anos no acesso a informações do governo, incluindo visitas recebidas por Bolsonaro no Palácio do Planalto.

“Que moral tu tem [sic] para falar de mim, ex-presidiário? Nenhuma moral”, atacou o presidente. “Sigilo de cem anos: uma lei lá do tempo da Dilma. Para questões pessoais: meu cartão de vacina ou quem me visita no Alvorada. Nada mais além disso. Orçamento secreto: eu vetei. O Parlamento derrubou veto. É lei. O seu partido, Lula, votou para derrubar o veto no tocante ao orçamento secreto. Não tenho nada a ver com isso”, completou.

A reação de Bolsonaro rendeu outro direito de resposta, desta vez, concedido ao candidato do PT. “É irresponsabilidade de quem exerce o cargo, que me chamou duas vezes de presidiário”, rebateu o ex-presidente. “Ele sabe a razão pela qual eu fui preso, e as razões foram que, para ele se eleger presidente da República, precisavam tirar o Lula da disputa”, acrescentou. “Neste processo todo, eu estou muito mais limpo do que ele ou qualquer parente dele, porque fui julgado, considerado inocente, da primeira instância à última, pela ONU e estou aqui para ganhar as eleições e, aí sim, em um decreto só, apagar todos os seus decretos”.

Acusações

Em um dos trechos do debate, o presidente Bolsonaro escolheu Ciro Gomes para uma pergunta sobre a defesa das mulheres, após ter sido questionado sobre o assunto pela senadora Simone Tebet. “Você [Bolsonaro] disse para chocar todos nós que nasceu uma filha sua, porque deu uma ‘fraquejada’. Isso é o que faz com que as pessoas desconsiderem as suas políticas. Hoje, 78 de cada 100 mulheres brasileiras estão no limite recorde de endividamento. Elas não vão sair dessa dívida sem política pública. A minha obsessão é entender que a mãe, quando o filho pede um pedaço de pão para comer e não tem, ela parte o coração. É preciso ter um programa de renda mínima que erradique a miséria”, respondeu Ciro.

Bolsonaro disse que já havia pedido desculpas pela declaração sobre a filha e também cobrou uma retratação de Ciro Gomes por uma fala do pedetista relembrada pelo presidente.  “Eu já falei da fraquejada, já me desculpei, e me desculpo de novo. Agora, você falou que a missão mais importante da sua esposa era dormir contigo. Pelo amor de Deus, quero que você peça desculpas por isso também. Uma coisa muito importante na questão da mulher é o Auxílio Brasil, porque a política do ‘fica em casa’ levou um monte de gente para as raias da miséria. Quando criamos o auxílio emergencial e, depois o Auxílio Brasil, nós buscamos atender primeiro a mulher, tanto é verdade que 75% do auxílio vai para as mulheres”, afirmou o presidente.

Em um enfrentamento anterior, Simone Tebet disse que Bolsonaro (PL) chegou a defender um acusado de feminicídio, um torturador de mulheres e votado contra projetos em defesa dos direitos femininos. A candidata perguntou, então, por que Bolsonaro “sente tanta raiva das mulheres”.

Bolsonaro respondeu que a senadora o acusava sem provas: “Não fica aqui fazendo joguinho de mimimi”, afirmou. O presidente citou o trabalho de sua mulher, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, voltado a ações assistenciais e citou ainda medidas de seu governo que teriam sido implementadas em defesa das mulheres. “Quando eu defendo a arma, no campo, em especial, é para dar chance para a mulher se defender. Eu dei mais de 370 mil títulos de reforma agrária no Brasil. Seu estado [de Tebet] foi muito beneficiado e deixo claro: 90% desses títulos foram para mulheres. Das 20 milhões de pessoas que recebem o Auxílio Brasil, em torno de 15 milhões são mulheres”, disse o presidente.

Impasse com jornalista

Em uma das perguntas do segundo bloco do debate, o presidente Bolsonaro criticou a jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura, após ser escolhido por ela para comentar uma pergunta sobre cobertura vacinal no Brasil.  “Vera, não podia esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido em um debate como esse, fazer acusações mentirosas ao meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro”, declarou o candidato à reeleição.

A declaração de Bolsonaro despertou reação de Ciro Gomes e, então, o presidente rebateu dizendo que não havia pedido a opinião do adversário. A candidata Simone Tebet também reagiu, mas não foi possível identificar o que os outros presidenciáveis disseram, já que era a vez de Bolsonaro falar.

O presidente também fez crítica a Tebet. “A senhora falou uma frase lá na CPI: ‘não é porque houve malversação de dinheiro público que devemos investigar’. A senhora foi conivente com a corrupção na CPI. Não achou nada contra mim. A senhora é uma vergonha no Senado Federal. E não estou atacando as mulheres, não. Não venha com essa historinha de atacar mulheres, de se vitimizar”, disse Bolsonaro.

Tebet pediu direito de resposta, mas, ao final da participação do presidente, o mediador do debate informou que o pedido não foi aceito, em meio a manifestações de assessores dos candidatos presentes no estúdio.

Programas

Bolsonaro fala em manter Auxílio Brasil; Lula diz que orçamento enviado pelo presidente não prevê recursos “Tenho conversado com a equipe econômica dentro da responsabilidade fiscal. Quando passamos para R$ 400, ninguém acreditava, e nós renegociamos os precatórios, contra o voto do PT, porque, quanto pior tiver o povo, melhor é para eles fazerem política em cima disso. Como eu consegui recursos? Não roubando, não metendo a mão no bolso do brasileiro”, disse. O ex-presidente Lula, selecionado para comentar a resposta, disse que a manutenção não está na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 e afirmou que Bolsonaro “adora citar números absurdos”.

Corrupção

Candidato à reeleição, Bolsonaro disse, no primeiro bloco do debate presidencial, que o governo de Lula foi o “mais corrupto da história do Brasil”. A declaração foi feita no primeiro bloco do encontro, na abertura da primeira rodada de perguntas entre os candidatos. “Segundo o [ex-ministro Antônio] Palocci, tudo no seu governo foi aparelhado, exceto o Banco Central. Então, se todo mundo fazia mal feito: roubava, desviava, só o ex-presidente não sabia?”, questionou Bolsonaro. “O seu governo foi marcado pela cleptocracia, ou seja, um governo à base de roubo, e essa roubalheira era para conseguir apoio dentro do Parlamento. O seu governo foi o governo mais corrupto da história do Brasil”, acrescentou.

Lula, em resposta, afirmou que o governo dele foi marcado pela “maior política de inclusão social” e citou investimentos em educação e programas sociais. “O presidente deveria estar informado que foi no nosso o governo que a Petrobrás ganhou o tamanho que ganhou, com a capitalização de R$ 70 bilhões para crescer. O presidente precisava saber que o meu governo foi marcado pela maior política de inclusão social, pela maior geração de emprego, pelo maior aumento de salário mínimo, pelo maior investimento na agricultura familiar, pelo maior investimento na Lei Geral da Pequena Empresa”, disse o ex-presidente.

“O nosso governo foi o que mais fez investimentos na educação, foram 18 universidades federais novas, 178 campus e 422 escolas técnicas que fez uma revolução neste país. O meu governo deveria ser conhecido exatamente por isso, porque, quando eu cheguei na Presidência, a gente tinha 3,5 milhões de estudantes na universidade e, quando eu saí, tinha 8,5 milhões de pessoas na universidade. É exatamente isso a marca do meu governo”, acrescentou Lula. “Esse é o país que o atual presidente está destruindo. O país que eu deixei é o país que o povo tem saudade, é o país em que o povo tinha o direito de viver dignamente de cabeça erguida”, completou o petista.

 

Lula lidera para presidente, diz IPEC

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanece liderando a disputa para a presidência nas eleições. É o que aponta a pesquisa da IPEC-TV Mirante, divulgada nesta quarta-feira (24). A pesquisa, que tem registro com o número MA-06254/2022, ouviu 800 eleitores nos dias 17 a 23 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos e o grau de confiabilidade é de 95%.

Lula aparece com 66% das intenções de votos no cenário estimulado, enquanto que o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) está com 18%. Em seguida, vem Ciro Gomes do PDT com 5% e Simone Tebet com 2%. O ex-deputado roberto Jefferson (PTB) obteve 1%. Já Constituinte Eymael (DC), Léo Pericles, Sofia Manzano, Soraya Thronicke e Vera (PSTU) não alcançaram 1% entre os entrevistados. Já Felipe D’Avila (Novo) e Pablo Maçal (Pros) não foram mencionados na pesquisa.

No cenário espontâneo, Lula também lidera com 62%. Jair Bolsonaro aparece com 17% e Ciro Gomes, 2%. Entre os demais candidatos, somente Simone Tebet alcançou 1%.

Datafolha: Lula tem 47%; Bolsonaro, 32%; Ciro, 7%; Tebet, 2%

Pesquisa Datafolha divulgada, na quinta-feira (18), mostra o ex-presidente Lula (PT) com 47% das intenções de voto no primeiro turno da eleição presidencial, seguido pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), com 32%.

Lula manteve o percentual e o presidente avançou três pontos em relação à última pesquisa, feita na última semana de julho, que ainda tinha os nomes de André Janones (Avante) e Luciano Bivar (União Brasil).

O levamento mostra Ciro Gomes (PDT) com 7%; seguido por Simone Tebet (MDB), com 2%; e Vera Lúcia Pereira (PSTU), 1%. Pablo Marçal (PROS), Sofia Manzano (PCB), Felipe d’Ávila (NOVO), Soraya Thronicke (União Brasil), Eymael (Democracia Cristã), Léo Péricles (UP) e Roberto Jefferson (PTB) não pontuaram. Em branco/nulo/nenhum ficou 6% e não sabe ou não respondeu, 2%.

O questionário foi registrado no TSE no dia 12 – antes da retirada da candidatura de Pablo Marçal e do registro da candidatura de Eymael como Constituinte Eymael. A pesquisa ouviu 5.744 pessoas em 281 municípios, entre 16 e 18 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Votos válidos

Contando apenas os votos válidos, sem nulos, brancos e indecisos, Lula tem 51%, o que deixa a possibilidade de vitória no primeiro turno dentro da margem de erro. Bolsonaro tem 35% dos votos válidos e Ciro, 8%. Simone Tebet (MDB) ficaria com 2% e Vera Lúcia Pereira (PSTU), 1%.

Segundo turno

Em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o ex-presidente tem 54% das intenções de voto e o atual presidente, 37%.

Segmentos

A pesquisa mostra que Lula vai melhor entre os mais pobres, os que se declaram pretos e os que vivem na região Nordeste. As intenções de voto no petista são mais expressivas entre eleitores com renda de até 2 salários mínimos (55%), quem recebe ou mora com alguém que recebe Auxílio Brasil (56%), moradores da região Nordeste (57%), autodeclarados pretos (60%) e homossexuais ou bissexuais (69%)

Já Bolsonaro tem melhor desempenho entre os mais ricos, os brancos, os evangélicos e os que vivem na região Norte. A intenção de voto no presidente é maior entre quem tem renda superior a 10 salários mínimos (43%), moradores da região Norte (43%), autodeclarados brancos (38%) e evangélicos (49%).

 

Pesquisa Ipec aponta chance de vitória de Lula no primeiro turno

Pesquisa do Ipec (ex-Ibope), divulgada nesta segunda-feira (15), mostra liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem 44% de intenções de voto. O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 32%.

Ciro Gomes (PDT) tem 6%, Simone Tebet (MDB) aparece com 2% e Vera Lúcia (PSTU) chega a 1%. Brancos e nulos são 8%, não sabem ou não responderam somam 7%. Eymael (DC), Felipe d’Avila (Novo), Léo Péricles (UP), Pablo Marçal (PROS), Sofia Manzano (PCB) e Soraya Thronicke (União) foram citados, mas não alcançaram 1% das intenções de voto cada um.

No total, Lula supera a soma dos seus adversários, que junto tem 41% contra 44% do ex-presidente, o que mostra possibilidade de triunfo no primeiro turno.

O Ipec realizou 2.000 entrevistas pessoais, com a aplicação de questionário estruturado junto a uma amostra representativa do eleitorado. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e está registrada no TSE sob o número BR-03980/2022.

“Com certeza, teremos o apoio maciço do MDB do Maranhão”, diz Simone Tebet, sobre convenções da legenda

Pré-candidata do MDB à presidência da República, a senadora Simone Tebet enfrenta diferentes posicionamentos da legenda quanto à escolha de seu nome. Contudo, ela deve ser confirmada no posto, em convenção do partido que será dia 27. Tebet está confiante na adesão maranhense ao seu projeto. “Com certeza, teremos dia 27, o apoio maciço do diretório do MDB do Maranhão”, disse, em entrevista a uma emissora de tv local, nesta quarta-feira (20), onde falou ainda sobre os rumos do partido para estas eleições.

Em evento esta semana, realizado em São Paulo e que reuniu nomes do MDB, o ex-senador Edison Lobão representou o diretório estadual e afirmou o apoio do grupo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Porém, para Tebet é esperado que, na convenção, de onde sairá a decisão final, seu nome seja a escolha.

Única mulher na disputa presidencial, Tebet disse que haverá unidade do MDB durante a convenção e a confirmação de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto. “Obviamente, a unanimidade nunca se terá, mas, a unidade com certeza, teremos dia 27, inclusive com apoio maciço do diretório do MDB do Maranhão”, destacou.

Tebet frisou o que considera novo cenário político, onde “mulher vota em mulher sim”, citou a ex-governador Roseana Sarney, presidente do MDB Maranhão e pré-candidata a deputada federal e tornou a afirmar que terá apoio do diretório estadual na sua corrida à presidência. “Para mim é uma referência. A primeira mulher do país a ser governadora e não tenho dúvidas que terei o apoio do diretório estadual do Maranhão”, reiterou.

 

Eleições 2022: Lula ultrapassa Biolsonaro no Maranhão

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanece bem à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas eleitorais realizadas até o momento. E no Maranhão, essa vantagem se amplia. Segundo levantameno da Econométrica, se a eleição fosse hoje, o petista venceria com 58,4% dos votos contra 25,9% de Bolsonaro, uma diferença de 32,9 pontos percentuais.

A corrida para presidente no país está bem polarizada entre o ex e o atual postulante do cargo. Os demais pré-candidatos nem chegam a ser ameaça. De acordo com a pesuquisa, Ciro Gomes (PDT) 5,9%, seguido de Simone Tebet (MDB) com 0,8%, André Janones (Avante) com 0,6%, Felipe D`Ávila (Novo) com 0,2%, Vera Lúcia (PSTU) com 0,1% e Luciano Bivar (União Brasil) também com 0.1%. O grupo de indecisos soma 7,9%.

A pesquisa Econométrica ouviu 1.468 eleitores em 55 municípios no período de 12 a 16 de junho, tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos, intervalo de confiança de 95% e registro na Justiça Eleitoral sob o número MA-01129/2022.

Doria desiste da presidência da República

O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou, nesta segunda-feira (23) que desistiu de sua pré-candidatura às eleições presidenciais deste ano. Em pronunciamento feito nos Jardins, na capital paulista, e transmitido pelas redes sociais, Doria informou que, apesar de ter sido escolhido nas prévias do PSDB como pré-candidato à presidência da República pelo partido, ele entendeu que não era “a escolha da cúpula do PSDB”.

“Me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve. Com a sensação inequívoca do dever cumprido e missão bem realizada. Aceito esta realidade com a cabeça erguida. Sou um homem que respeita o bom senso, o diálogo e o equilíbrio. Sempre busquei e seguirei buscando o consenso, mesmo que ele seja contrário à minha vontade pessoal. O PSDB saberá tomar a melhor decisão no seu posicionamento para as eleições deste ano”, disse.

Doria encerrou seu discurso agradecendo a seus apoiadores e colaboradores e destacou que é preciso uma alternativa para o que chamou de extremos. Ele não deixou claro se pretende disputar as eleições deste ano em outros cargos.

Reunião

O pronunciamento de Doria ocorre às vésperas de uma reunião em que seu partido deve definir como vai se posicionar nas eleições presidenciais deste ano. Uma nota conjunta assinada pelo PSDB, MDB e Cidadania e divulgada na semana passada informou que os três partidos estudam anunciar uma candidatura única à presidência da República.

“MDB, PSDB e Cidadania têm um encontro marcado com a sua própria história e com a história do país. É a consciência do grave momento nacional, tanto do ponto de vista político-institucional, quanto econômico-social, que guiou os três partidos nas discussões sobre uma aliança do centro democrático que pudesse oferecer às brasileiras e aos brasileiros uma alternativa à polarização”, diz o comunicado.

Trajetória

João Doria foi prefeito de São Paulo entre 2017 e 2018, deixando o cargo para disputar o governo paulista, para o qual foi eleito. Ele assumiu o governo de São Paulo em 2019 e cumpriu seu mandato até 31 de março deste ano, quando informou que deixaria o cargo para concorrer às eleições presidenciais. Em seu lugar assumiu Rodrigo Garcia (PSDB).

Lula dispara na disputa para presidência com saída de Moro

O ex-presidente Luiz Inácio Lula (PT) aparece com 44% das intenções de voto. Número ainda mais disparado e consolidando sua preferência junto ao eleitorado. O alcance do petista se mostrou maior com a saída do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) da disputa eleitoral para a presidência da República.

Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 30%. Os dados são de pesquisa Ipespe, contratada pela XP Investimentos e divulgada nesta quarta-feira, 6.

O levantamento aponta ainda, Ciro Gomes (PDT), com 9% das intenções de voto. Ele empata tecnicamente, dentro da margem de erro que é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com João Doria (PSDB), que somou 3%

Doria, por sua vez, empata com a senadora Simone Tebet (MDB), com 2%, e com o deputado federal André Janones (Avante), que somou 1%. Felipe D´Ávila (Novo), o ex-deputado federal José Maria Eymael (DC) e Vera Lúcia (PSTU) foram citados, mas não chegaram a 1% de citações. Brancos e nulos somam 9%, e 3% disseram que não sabiam responder.

A pesquisa foi realizada no período de 2 a 5 de abril. Foram ouvidas mil pessoas, de 16 anos ou mais em todas as regiões do país, por telefone. O índice de confiança é de 95,5% e o número de protocolo junto ao TSE é BR-03874/2022.