Acusações e pouco diálogo propositivo marcam debate entre Lula e Bolsonaro

Um debate marcado pela falta do diálogo. Essa foi a tônica do último encontro entre os candidatos ao Planalto antes do segundo turno, realizado pela TV Globo, na noite de sexta (28). Por pouco mais de duas horas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) promoveram um debate com poucas propostas, com muitas referências ao passado e calcado em ataques.

Com a tensão presente na interação entre os candidatos, que qualificavam o adversário com termos que iam de mentiroso a descompensado, nem o mediador do debate, o jornalista William Bonner, conseguiu manter a paciência. Em meio ao clima bélico, Lula pode ser saído como vencedor do debate.

Bolsonaro e Lula pouco se preocuparam com os eleitores indecisos e podem ter apenas agradado suas ‘bolhas’. Com a maior parte do tempo dedicada a ataques mútuos, faltou debater propostas. E não houve nenhum grande fato novo, que poderia alterar o cenário polarizado, no qual o petista teve vantagem no primeiro turno e está melhor nas pesquisas para a eleição de domingo.

Foi um debate de surdos, com críticas mútuas e sem qualquer chance de diálogo. Um candidato perguntava e outro respondia sobre outro assunto. Bolsonaro explorou novamente os processos aos quais Lula respondeu na Justiça.

O debate foi uma troca mútua de ataques e xingamentos. Tanto um quanto outro se referiu ao adversário como mentiroso. Esse tipo de acusação, de maneira geral, não favorece o agressor, a não ser que seja acompanhado de provas.

Bolsonaro repetiu todo o seu repertório e encontrou um Lula mais preparado e na sua melhor performance em todos os debates. Lula imprimiu uma tônica de estadista. Martelou o fato de o Brasil ter se isolado do mundo. Citou os escândalos familiares de corrupção da família Bolsonaro e, no geral, enfrentou melhor os ataques de Bolsonaro.

A votação será no domingo (30), das 8h às 17 horas.

Eleições 2022: Último debate entre Lula e Bolsonaro será dia 28, na Globo

O último debate do segundo turno entre os candidatos à Presidência da República será na próxima sexta-feira (28), na Globo, a partir das 21h30. O debate, mediado por William Bonner, poderá ser acompanhar ao vivo ainda, pelo g1, GloboNews e no Globoplay. Participam do debate os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dois disputam o segundo turno das eleições no domingo (30).

As regras do programa foram aprovadas pelas assessorias dos dois candidatos.

Neste debate, os candidatos terão que administrar o próprio tempo entre perguntas, respostas, réplicas e tréplicas. O tempo poderá ser utilizado e dividido da maneira como cada candidato preferir, mas não poderá ser ‘guardado’ de um bloco para o outro.

No primeiro bloco, por exemplo, cada um dos presidenciáveis receberá o tempo de 15 minutos. Se o candidato usar 1 minuto para fazer a primeira pergunta, terá 14 minutos restantes para fazer a tréplica, novos questionamentos ou responder questões feitas pelo adversário.

Blocos

O debate terá quatro blocos, sendo dois com temas livres e outros dois com temas determinados. Primeiro bloco: 30 minutos de debate com tema livre. Cada candidato terá que administrar o tempo de 15 minutos para perguntas, respostas, réplicas e tréplicas;

Segundo bloco: 20 minutos de debate com temas determinados, sendo dividido em duas rodadas de 10 minutos. Cada candidato terá direito a escolher um tema que foi definido pelo Jornalismo da Globo. Neste bloco, os candidatos terão 5 minutos de fala para cada uma das rodadas;

Terceiro bloco: mais 30 minutos de debate com tema livre. Assim como no primeiro bloco, os candidatos terão que administrar o tempo de 15 minutos para perguntas e respostas;

Quarto bloco: mais duas rodadas de 10 minutos com temas definidos, sendo que os candidatos terão 5 minutos de tempo de fala em cada rodada. Neste bloco, os candidatos também terão direito a 1 minuto e 30 segundos cada para considerações finais.

A ordem de quem começará questionando e quem começará respondendo em cada bloco foi definida em sorteio.

Direito de resposta

O candidato que sofrer uma ofensa pessoal do adversário pode pedir direito de resposta. A solicitação deve ser feita em silêncio, com o presidenciável levantando a mão para o mediador.

A produção do debate irá analisar o pedido. Caso o direito de resposta seja concedido, o candidato terá um minuto para responder às ofensas.

Acusações, críticas e muitos direitos de resposta marcam debate dos presidenciáveis na Globo

O debate com os candidatos a presidente da República, na TV Globo, realizado na noite de quinta (29) e que só encerrou na madrugada desta sexta-feira (1º), foi marcado  por direitos de resposta, acusações de corrupção e discussões sobre pandemia, educação, fome e desmatamento. Sete candidatos ao cargo participaram do momento, o último antes das eleições, que ocorre no domingo (2).

Estiveram presentes ao debate, Ciro Gomes (PDT), Felipe d’Avila (Novo), Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Padre Kelmon (PTB), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil).

O embate entre Lula e Bolsonaro, candidatos mais bem-posicionados nas pesquisas de opinião até aqui, começou logo no primeiro bloco de perguntas. Bolsonaro foi perguntado pelo candidato Padre Kelmon (PTB) sobre a manutenção de programas sociais e sobre os riscos de um retorno da esquerda ao poder. Na resposta, fez diversas críticas aos governos Lula, entre 2003 e 2010. Lula pediu e obteve direito de resposta e, ao usá-lo, devolveu as críticas a Bolsonaro. Neste momento, Bolsonaro pediu novo direito de resposta, que foi concedido.

Em seguida, Lula também pediu e obteve, mais uma vez, o direito de resposta.Em outro momento do debate, Bolsonaro escolheu fazer uma pergunta para Tebet. Ele questionou a candidata sobre o assassinato, em 2002, do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, que era do PT.

Bolsonaro chamou Lula de “mentor do crime”. Tebet lamentou que esse tema tenha sido trazido ao debate, em vez de propostas para o país. Diante da acusação de Bolsonaro, Lula pediu e obteve direito de resposta. Quando foi sua vez de responder, a candidata Soraya Thronicke lamentou a troca de direitos de resposta entre Lula e Bolsonaro.

Corrupção

A corrupção foi um dos temas mais explorados ao longo de todo o debate. Ciro Gomes lembrou a Lula que deixou ministério em seu governo por questões morais e, m seguida, Padre Kelmon e Bolsonaro usaram pergunta e resposta para criticar o governo Lula e os governos de esquerda. Em uma de suas falas, a candidata Soraya também criticou a corrupção.  Ao falar do tema corrupção, Lula procurou defender os governos do PT e afirmou que foi nas gestões petistas que se criaram leis e dispositivos para combater irregularidades na administração pública.

Educação

Os candidatos trataram da educação do país em duas oportunidades – em ambas, quando o assunto foi sorteado nos blocos de temas pré-determinados.

Pandemia de Covid e Saúde

A pandemia de Covid-19, as consequências que o coronavírus acarretou para a saúde pública e o processo de vacinação também foram temas questionados entre os candidatos. Padre Kelmon criticou a argumentação da candidata Soraia sobre o descaso do governo Bolsonaro na compra de vacinas.

Meio ambiente

Tebet fez críticas à gestão do governo Jair Bolsonaro na preservação do meio ambiente e na mitigação das mudanças climáticas. Em resposta, Jair Bolsonaro disse que dois terços das florestas do Brasil ainda são preservados e citou o tamanho territorial da Amazônia para justificar o trabalho realizado na região nos últimos anos. O candidato Lula afirmou que vai proibir o garimpo ilegal e citou que há, no Brasil, cerca de 30 milhões de hectares de terras degradas que podem ser usadas para o plantio.

Regras

Seguindo a lei eleitoral, foram convidados os candidatos de partidos com representação no Congresso Nacional de, no mínimo, cinco parlamentares, e sem impedimento na Justiça, seja eleitoral ou comum. Pelas regras do debate, em todos os quatro blocos, os candidatos fizeram perguntas entre si. De acordo com ordem definida por sorteio, um candidato escolhia para quem gostaria de fazer a pergunta, entre aqueles que ainda não tinham respondido no bloco.

Troca de farpas e críticas marcam debate entre candidatos ao governo

Seis dos nove postulantes ao Governo do Estado participaram de debate na TV Mirante, na noite desta terça-feira (27). O debate foi mediado pelo jornalista Paulo Renato Soares, da TV Globo, do Rio de Janeiro.

O debate teve quatro blocos e o último foi reservado para as considerações finais dos candidatos. As perguntas foram feitas de candidato para candidato. Houve dois blocos com perguntas de tema livre e outros dois, com temas determinados.

Participaram o governador Carlos Brandão (PSB),; o senador Weverton Rocha (PDT); o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (PSC); o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PSD); o empresário, Simplício Araújo (Solidariedade); e o engenheiro florestal, Enilton Rodrigues (PSOL).

As discussões foram marcadas por críticas dos candidatos entre si e troca de farpas. Brandão, Edivaldo e Lahesio foram os principais alvos dos ataques.

Brandão se manteve tranquilo, respondendo as questões sempre lembrando medidas do Governo do Estado, que agora está sob seu comando.

Weverton focou em propostas e teceu críticas à atual gestão estadual. Edvaldo manteve a aposta na divulgação de suas ações enquanto foi prefeito de São Luís e teceu críticas a Lahesio. Simplicio mirou em Brandão e Enilton se manteve,na maior parte do debate na neutralidade.

Iniciando o debate, os candidatos responderam sobre saúde, educação, infraestrutura e agricultura familiar.

No segundo bloco, fizeram perguntas entre si nos temas turismo educação saneamento básico e geração de emprego e renda.

No terceiro bloco, responderam uns aos outros sobre saúde, infraestrutura, saneamento básico, educação e geração de emprego.

No quarto e último bloco, os candidatos fizeram perguntas com temas livres e suas considerações finais.