Republicanos, MDB e PT: Lideranças políticas revelam como vão sair as legendas na disputa eleitoral

Em entrevista ao programa Conexão Timbira, nesta quinta-feira (6), aos apresentadores Daniela Bandeira e Edvaldo Oliveira, os deputados federais da bancada maranhense Rubens Pereira Jr. (PT), Aluísio Mendes (Republicanos) e Cleber Verde (MDB) falaram sobre a discussão em torno da Reforma Tributária, em Brasília, e revelaram sobre como suas legendas vão sair nas eleições 2024.

Sobre a Reforma do Tributária, os três parlamentares federais reafirmaram que seus votos serão a favor da Reforma, e que este é o entendimento da maioria da bancada maranhense. A votação está prevista para iniciar às 18h, desta quinta.
Também foi tratado sobre as articulações que envolvem as eleições municipais no Maranhão. Todos os três sinalizaram os rumos de seus partidos: MDB, PT e Republicanos.

O deputado Rubens Pereira ressaltou a importante mudança no caminho do PT, nos últimos anos, e o incremento do grupo político para alcançar o maior número de prefeitos no Maranhão, neste próximo pleito. Atualmente, a legenda só tem a cidade de Coroatá, com o prefeito Luís da Amovelar Filho. Segundo Rubens Jr, a expectativa é multiplicar este número por cerca de 1000%. Sobre São Luís, o parlamentar petista disse que acredita que neste momento o partido não deve sair com candidato próprio, para disputar a vaga de prefeito, já que existe o projeto prioritário do PT de eleger governador, em 2026, Felipe Camarão (atual vice-governador). Para Rubens, uma eventual derrota na disputa de São Luís, pode prejudicar a eleição de Camarão na disputa estadual. (Veja na altura de 15 minutos no vídeo do Youtube).

O deputado Aluísio Mendes disse que o Republicanos tem conversado com vários atores que figuram como pré-candidatos à prefeitura, como o presidente da Câmara de São Luís, Paulo Victor, o deputado federal Duarte Júnior, e tem agendada uma reunião com o deputado estadual Neto Evangelista. Mas Aluísio fez questão de ressaltar que o a conversa mais frequente tem sido com o prefeito Eduardo Braide, sinalizando a ligação mais firme com o projeto de reeleição do atual prefeito. O deputado republicano também revelou que, independentemente de quem a legenda apoiar, o partido vai sair com o vice da chapa na disputa eleitoral. (Veja na altura de 31 minutos no vídeo do Youtube)

O deputado Cleber Verde confirmou o que já vinha sendo ventilado nos sites e blogs políticos, que o MDB vem construindo um diálogo com alguns pré-candidatos, mas que o partido já está na base do governo Braide, e que o parlamentar tem uma inclinação maior pelo prefeito Eduardo Braide. Recentemente, Cleber Verde assumiu o diretório municipal do MDB e tem tido diálogo para composição de força nesta corrida eleitoral. (Veja na altura de 42 minutos no vídeo do Youtube).

Republicanos e PP são excluídos de ação do TSE

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, desbloqueou os fundos partidários do Republicanos e Progressistas e manteve apenas ao PL a condenação por litigância de má-fé, após a apresentação de um relatório com pedido para invalidar parte dos votos do segundo turno. Moraes rejeitou o pedido e aplicou multa de R$ 22,9 milhões.

Ao analisar o recurso das legendas, o ministro concluiu que o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, não tinha procuração específica para falar em nome das demais siglas da coligação, propondo a ação sem consultá-las previamente – o que “corrobora a patente má-fé”.

O ministro ainda salientou que os dirigentes tanto do Progressistas quanto do Republicanos reconheceram pública e expressamente a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – e consequentemente, a derrota da sua própria coligação no pleito de 2022.

“Em momento algum, questionaram a integridade das urnas eletrônicas, diferentemente do que foi apresentado única e exclusivamente pelo PL”, escreveu o presidente do TSE, determinando que as duas agremiações sejam removidas dos autos do processo.

Quanto ao PL, autor da ação que pedia a invalidação dos votos de mais de 279 mil urnas por um suposto “mau funcionamento”, o fundo partidário ficará bloqueado e suspenso até que os R$ 22.991.544,60 sejam depositados em conta judicial.

Moraes afirmou que o pedido feito pelo partido do presidente Jair Bolsonaro (PL) – que, na prática, buscava reverter o resultado da eleição – era “esdrúxulo e ilícito” , além de “ostensivamente atentatório” ao Estado Democrático de Direito.

O ministro disse, ainda, que a petição foi realizada “de maneira inconsequente, com a finalidade de incentivar movimentos criminosos” – uma referência aos protestos que bloqueiam as rodovias no país contra a derrota de Bolsonaro nas urnas.

Moraes também determinou que os autos sejam compartilhados com o inquérito das milícias digitais, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a sua relatoria, e que a Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral apure possível desvio de finalidade por parte de Valdemar, presidente do PL.