Moraes multa PL em R$ 22 milhões por ‘litigância de má fé’

Ao rejeitar uma ação do PL contra o resultado das eleições, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aplicou uma multa de R$ 22,9 milhões e suspendeu o fundo partidário das três legendas – PL, PP e Republicanos – que formaram a coligação do presidente Jair Bolsonaro na disputa pelo Planalto.

Moraes calculou o valor da multa com base no Código de Processo Civil, que permite ao juiz aplicar a pena em caso de litigância de má fé. Segundo o código, a multa pode ser de 1% a 10% do valor da causa, que foi calculada em R$ 1,15 bilhão. O ministro estabeleceu, no caso, uma multa de 2%, ou seja, R$ 22,9 milhões.

O fundo partidário, que está suspenso para os três partidos, é pago anualmente a todas as legendas em atividade no Brasil, em parcelas mensais. Esse recurso não se confunde com o fundo eleição, que é distribuído apenas em anos de disputa nas urnas. Ambos os fundos são divididos conforme a representação de cada legenda no Congresso Nacional.

A decisão de Moraes tem caráter de reprimenda à conduta da coligação de Bolsonaro que pretendeu levar ao Poder Judiciário uma pretensão que seja meramente fruto de uma narrativa da política partidária.

Em nota, o PL afirmou que sua assessoria do partido vai analisar a decisão de Moraes. “O PL já acionou a assessoria jurídica que vai analisar a decisão do TSE. O partido reitera que apenas seguiu o que prevê o artigo 51 da Lei Eleitoral que obriga as legendas a realizar uma fiscalização do processo eleitoral”, diz a nota.

É legitimo que se proteste pelo resultado eleitoral, mas, isso não deve ser questionado a partir de dados irracionais, do ponto de vista técnico, como fez o Partido Liberal.

PL pede que TSE invalide votos de urnas com “mau funcionamento”

A coligação Pelo Bem do Brasil, composta pelo PL, legenda do presidente não reeleito Jair Bolsonaro, enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça-feira (22), relatório no qual alega haver “desconformidades irreparáveis no funcionamento das urnas”.

Segundo o documento apresentado pela legenda, o instituto Voto Legal aponta “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento das urnas com potencial para macular o segundo turno das eleições presidenciais de 2022”. O instituto foi contratado pelo PL para uma auditoria independente.

Com esse argumento, a coligação pede que “sejam invalidados votos das urnas em que sejam comprovadas desconformidades de mau funcionamento”. O documento tem 33 páginas e pede a anulação de votos computados em 250 mil urnas.

A nova tentativa de questionar a derrota de Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia sido anunciada na última semana pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O partido inclusive convocou uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (22/11) para anunciar detalhes da representação ingressada no TSE.

Costa Neto já havia adiantado, em um vídeo, que um estudo encomendado pela legenda havia encontrado problemas na identificação de cerca de 250 mil urnas eletrônicas fabricadas antes de 2020. De acordo com o dirigente partidário, as urnas antigas teriam todas um único número de patrimônio, que é uma espécie de RG de cada equipamento.

Congressistas bolsonaristas veem um movimento calculado de Costa Neto ao questionar a segurança das urnas e acreditam que o dirigente não esticará a corda com o Judiciário. Na avaliação de deputados e senadores próximos de Bolsonaro, o dirigente partidário busca fazer um gesto à militância, tendo em vista que parte considerável dos eleitos pelo PL integram a base do atual presidente.

PT é quem mais aciona TSE sobre fake news; metade é contra Bolsonaro

O PT é responsável pela maior parte de ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater fake news nas eleições de 2022. Ao todo, o partido concentra 62 dos 86 pedidos registrados entre 8 de agosto até 9 de outubro. Informações da Justiça eleitoral indicam que 32 destas ações (52%) têm o presidente Jair Bolsonaro (PL), seus filhos ou aliados como autores.

O partido de Lula conseguiu vitórias em metade dos pedidos feitos à Justiça eleitoral, seja total (42%) ou parcial (8%). Em 21% dos casos, os pedidos foram negados e as demais não têm conclusão até o momento.

Entre os temas divulgados em campanha eleitoral ou internet estão que Lula persegue cristãos, que o petista acabará com o agronegócio caso eleito presidente e que Lula tem ligação com facções criminosas.

Jair Bolsonaro e o PL também acionaram a Justiça eleitoral contra fake news, mas em apenas sete casos – quase 10 vezes menos do que o PT. O atual presidente venceu cinco dos pedidos, com aproveitamento positivo de 71% e derrotas nos dois demais casos. Cinco das ações tinham PT, Lula ou aliados, como o deputado federal André Janones, como autores do que Bolsonaro e o PL classificaram como notícia falsa.

As ações de Bolsonaro e seu partido incluem a retirada do ar do site www.bolsonaro.com.br – o domínio não foi renovado e acabou com novo dono postando críticas ao presidente. As mensagem o chamavam de genocida e mostra ainda vídeo de entrevista que liga Bolsonaro ao canibalismo.

As demais 17 representações feitas ao TSE têm o PDT, MDB e PSOL como autores e todos contra Bolsonaro.

Deputados do PL são investigados pela Polícia Federal

A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (11), mandados de busca e apreensão em endereços ligados a deputados federais do Maranhão e de Sergipe. Entre os alvos estão os parlamentares Pastor Gil (PL-MA), Bosco Costa (PL-SE) e Josimar Maranhãozinho (PL-MA).

Segundo a investigação, há um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares para cidades do interior maranhense. Foram feitas buscas nas residências e locais de trabalho dos investigados. O ministro negou pedido para que fossem feitas buscas nos gabinetes dos parlamentares, na Câmara, em Brasília.

A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski.

Deputado já foi investigado

O deputado Maranhãozinho já havia sido alvo de uma operação da PF, que aconteceu em dezembro de 2020, dentro de um inquérito que investigava desvio de emendas parlamentares. À época, os investigadores estimavam um prejuízo de R$ 15 milhões aos cofres públicos.

 

 

 

Deputado investigado é flagrado em evento de Maranhãozinho

O deputado federal Júnior Lourenço (PL) foi encontrado por um Oficial de Justiça, após meses de busca. O oficial estava à procura do parlamentar para entregar uma intimação. Sabendo da presença deste no evento de pré-campanha de Josimar de Maranhãozinho (PL), no último sábado (06), em Itapecuru-Mirim, foi até lá levar o documento. Porém, o deputado se recusou a receber o papel.

Enquanto o oficial de justiça tenta entregar o documento, o deputado rescusa a entrega e se mostra indignado com a abordagem, em  meio ao momento de confraternização.

Júnior Lourenço foi denunciado pelo Ministério Público do Maranhão, por fraude em licitação, peculato e organização criminosa. Os supostos crimes teriam ocorrido à época em que era prefeito de Miranda do Norte. O parlamentar, que responde a várias ações na Justiça, é a aliado forte de Josimar.