Em nota, Segurança descarta ação contra manifestantes acampados no Exército

A Polícia Militar do Maranhão (PMMA) não realizará operação para retirada de manifestantes contrários ao resultado das eleições a presidente do país. O comunicado faz referência a um grupo de pessoas apoiadoras do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), que estão acampados em frente ao 24º Batalhão de Infantaria de Selva (24º BIS), quartel do Exército Brasileiro, no bairro João Paulo, em São Luís. A informação foi repassada em comunicado da pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-MA).

“A Secretaria de Segurança Pública informa que a Polícia Militar do Maranhão não planeja nenhuma operação para retirada dos manifestantes de qualquer local. Vale acrescentar que buscamos ter um país livre, justo e soberano. A SSP reforça que o Brasil é um país democrático, onde o direito de expressar opinião pública é garantido pela Constituição, desde que não viole à ordem pública”, diz a nota.

O grupo está no local desde o dia 31 de outubro, dia seguinte à vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial.

Fake news sobre fraude nas urnas é rebatida pelo TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desmentiu informações divulgadas pelo canal argentino La Derecha Diário, que questionou a lisura das eleições no Brasil. O espaço pertence a Fernando Cerimedo, que realizou uma live na qual divulgou um relatório de procedência duvidosa com informações distorcidas sobre as eleições presidenciais brasileiras. O tribunal classificou o vídeo de fake news e determinou a suspensão deste das redes.

O argentino afirma ter recebido um relatório do Brasil com dados que apontam indícios de fraude nas urnas eletrônicas utilizadas no país. A suposta auditoria sustenta que cinco modelos de urnas eletrônicas usadas na eleição deste ano registraram mais votos para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vencedor da eleição, do que para o presidente Jair Bolsonaro (PL).

O tribunal citou ao menos cinco auditorias realizadas nas urnas eletrônicas desde 2012, destacando os nomes das empresas responsáveis pelos procedimentos.  “Nas três avaliações, não foi encontrada nenhuma fragilidade ou mesmo indício de vulnerabilidade”, diz a nota.

O TSE ressaltou ainda na nota que “os equipamentos antigos já estão em uso desde 2010 (para as urnas modelo 2009 e 2010) e todos foram utilizadas nas Eleições 2018”, ano em que Bolsonaro se elegeu presidente.

Íntegra da nota:

“Não é verdade que os modelos anteriores das urnas eletrônicas não passaram por procedimentos de auditoria e fiscalização. Os equipamentos antigos já estão em uso desde 2010 (para as urnas modelo 2009 e 2010) e todos foram utilizadas nas Eleições 2018. Nesse período, esses modelos de urna já foram submetidos a diversas análises e auditorias, tais como a Auditoria Especial do PSDB em 2015 e cinco edições do Teste Público de Segurança (2012, 2016, 2017, 2019 e 2021).

Os resultados de todas as edições do TPS estão disponíveis para consulta no endereço abaixo: https://www.justicaeleitoral.jus.br/tps/#resultados

As urnas eletrônicas modelo 2020 que ainda não estavam prontas no período de realização do TPS 2021 foram testadas pelo Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EP-USP), além de ter o conjunto de softwares avaliado também pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Nas três avaliações, não foi encontrada nenhuma fragilidade ou mesmo indício de vulnerabilidade. O software em uso nos equipamentos antigos é o mesmo empregado nos equipamentos mais novos (UE2020), cujo sistema foi amplamente aberto para auditoria dentro e fora do TSE desde 2021.

Por fim, ressalta-se que todas as urnas são auditadas e ela é um hardware, ou seja, é um aparelho. O que importa é o que roda dentro dela, ou seja, o programa, que ficou aberto por um ano para todas as entidades fiscalizadoras. O software da urna é único em todos os modelos, tendo sido divulgado, lacrado e assinado”.

Presidente do TSE diz que resultado das urnas é incontestável

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou, nesta quinta-feira (3) que o resultado das urnas são incontestáveis e que criminosos que atacam o sistema eleitoral serão responsabilizados.

“As eleições acabaram, o segundo turno acabou democraticamente no último domingo, o TSE proclamou o vencedor, o vencedor será diplomado até dia 19 de dezembro e tomará posse em 1º de janeiro de 2023. Isso é democracia, isso é alternância de poder, isso é estado republicano”, afirmou o ministro.

Moraes deu a declaração durante a primeira sessão do TSE, após a eleição do último domingo, na qual Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotou o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula recebeu 59.563.912 votos (50,83%) contra 57.675.427 votos (49,17%) de Bolsonaro. Após a oficialização da vitória do petista, apoiadores de Bolsonaro bloquearam rodovias em protestos antidemocráticos contra o resultado da eleição.

“Não há como se contestar um resultado democraticamente divulgado com movimentos ilícitos, com movimentos antidemocráticos, criminosos que serão combatidos e os responsáveis responsabilizados sob a pena da lei. A democracia venceu novamente no Brasil”, completou Alexandre de Moraes.

Bolsonaro se pronuncia pela primeira vez após vitória de Lula

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou pela primeira vez após a derrota nas urnas nas eleições do último domingo. Após deixar a imprensa esperando por mais de uma hora, em um discurso de aproximadamente dois minutos, ele agradeceu aos eleitores e defendeu protestos pacíficos,nesta terça -feira (1*°).

Bolsonaro falou dos atos que acontecem nas rodovias do país em protestos por conta do resultado da eleição.

“Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população”, disse ele.

O presidente enalteceu o resultado eleitoral para o Congresso. “A direita surgiu de verdade no nosso país”, disse, afirmando que foi mostrado a “força dos nossos valores”. “Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nosso sonho segue mais vivo do que nunca”, acrescentou, dizendo ser uma honra ser o líder de “milhões de brasileiros”.

Bolsonaro disse que enfrentou “o sistema” ao longo de seu governo e falou de vencer “uma pandemia e uma guerra”. “Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição”, acrescentou.

Eleições 2022: Prestação de contas do primeiro primeiro turno encerra nesta terça, 1º

Os candidatos que concorreram nas eleições têm até às 19h desta terça-feira (1º) para apresentar à Justiça Eleitoral a prestação de contas relativa ao primeiro turno do pleito. A determinação é do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Já para o segundo turno, o prazo para a prestação de contas vai até o dia 19 de novembro.

Dados mais recentes, com atualização até a última quarta-feira (26) pelo TSE, mostram que apenas 9,74% dos candidatos fizeram a prestação de contas até o momento. No mesmo período, o levantamento indica ainda que somente 1,43% das contas dos partidos políticos foram entregues à Justiça Eleitoral.

Entre os dias 28 e 31 de outubro, o serviço de prestação de contas ficou indisponível, devido à realização do segundo turno, que aconteceu no último domingo.

Bolsonaro mantém silêncio sobre vitória de Lula

Quinze horas após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter confirmado neste domingo (30) a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República, Jair Bolsonaro, candidato derrotado do PL à reeleição, ainda não se manifestou sobre o resultado.

A agenda de Bolsonaro para esta segunda-feira (31) não prevê compromissos oficiais, mas, ele se dirigiu ao Palácio do Planalto. Durante discurso a apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, Lula contou que até as 23h45 não havia recebido telefonema de Jair Bolsonaro.

“Vocês sabem que a gente vai ter que ter um governo para conversar com muita gente que está com raiva. Em qualquer lugar do mundo, o presidente derrotado já teria ligado para mim reconhecendo a derrota. Ele, até agora, não ligou, não sei se vai ligar e não sei se vai reconhecer”, disse Lula.

Tradicionalmente, candidatos derrotados ligam para o adversário e fazem uma declaração pública reconhecendo a vitória do oponente. Em 2018, por exemplo, o então candidato do PT Fernando Haddad reconheceu a vitória de Bolsonaro ainda no domingo à noite.

Neste segundo turno, o resultado foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57, quando 98,81% das urnas já tinham sido apuradas. Àquela hora, Lula, tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado por Bolsonaro, que contabilizava 49,17% de votos válidos. Ao todo, com 100% das urnas apuradas, Lula obteve 60,3 milhões de votos, e Bolsonaro, 58,2 milhões de votos.

Assim que o TSE declarou a vitória de Lula sobre Bolsonaro, diversos líderes mundiais reconheceram a vitória do petista, entre os quais: Joe Biden (Estados Unidos), Rishi Sunak (Reino Unido), Alberto Fernández (Argentina), Vladimir Putin (Rússia), Marcelo Rebelo de Sousa (Portugal), Olaf Scholz (Alemanha) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia).

Grupo de caminhoneiros fecha estradas no país

Após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições, neste domingo (30), caminhoneiros apoiadores do presidente fecharam trechos de estradas no Mato Grosso. Outras lideranças da categoria se organizam para bloquear BRs em Minas Gerais, Bahia, Goiás e no Sul do país.

Os apoiadores do presidente derrotado nas urnas alegam não aceitar a vitória do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito com 50,90% dos votos válidos, e pedem por uma intervenção militar. “72 horas para o exército tomar conta […] Não tem político nenhum que vai chegar perto de nós e só saímos da rua quando o Exército intervir. É o nosso futuro que está em jogo”, afirmou um dos integrantes do movimento em vídeo publicado na internet.

Alguns caminhoneiros estão usando os próprios caminhões para bloquear as vias, outros estão queimando pneus. Os protestos são acompanhados do hino nacional, como trilha sonora, e manifestantes vestidos com a camisa do Brasil e a bandeira do país amarrada ao corpo. Eles também reivindicam o artigo 142 da Constituição Federal, que estabelece que as Forças Armadas “destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.

De acordo com os caminhoneiros, eles “só voltarão para casa quando o exército tomar o Brasil”. Alguns integrantes da categoria estão usando as redes sociais para convocar eleitores de Bolsonaro para os protestos e, segundo alguns manifestantes no Twitter, representantes do agronegócio também estão aderindo à paralisação. “Ou lutamos agora ou perderemos o Brasil para o resto da vida”, disse um bolsonarista em vídeo.

Lula vence a eleição e será presidente pela terceira vez

Lula vence a eleição e será presidente pela terceira vez. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se elegeu presidente do Brasil pela terceira vez neste domingo (30). Com 99,34% das urnas apuradas, ele tem 50,86% dos votos válidos no segundo turno das eleições de 2022 e matematicamente não é mais possível reverter o resultado.

Lula venceu com 59,95 milhões de votos. O presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou com 49,14% dos votos válidos – ou 57,90 milhões de votos. Dos eleitores que compareceram às urnas, 3,16% (3,9 milhões) anularam e 1,43% (1,7 milhão) votaram em branco.

Desde que o país passou a ter a possibilidade de reeleição, em 1998, é a primeira vez que um presidente no exercício do mandato não vence a eleição que disputa.

Aos 77 anos de idade, Lula vai comandar o país pela terceira vez a partir de 1.º de janeiro de 2023. Ele já havia sido presidente por dois mandatos sucessivos entre 2003 e 2010.

Pesquisa Band aponta vitória de Lula no segundo turno

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está à frente na corrida presidencial, segundo pesquisa encomendada pela Band. O petista tem 73,4% dos votos válidos do Maranhão para presidente da República, e o atual presidente Jair Bolsonaro, 26,6%. Os índices consideram os votos válidos – que excluem votos brancos e nulos.

No resultado de votos totais, Lula apareceu com 68,9% e Bolsonaro, 24,9%. Indecisos somam 2,6%; brancos e nulos, 3,3%; e não opinou, 0,4%. Índices muito próximos da pergunta espontânea, quando não são apresentados nomes de nenhum candidato. Neste cenário, Lula tem 67,7%; Bolsonaro 24,4%; indecisos 4,1%; brancos e nulos, 3,5%; e não opinou 0,4%.

O levantamento perguntou ainda, se a escolha pelo candidato era definitiva – 93,5% disseram que sim, 6,2% disseram que ainda poderiam mudar de voto e 0,3% não soube opinar. Sobre a perspectiva de vitória, 69,6% acreditam que o vencedor será Lula, 19,6% acreditam que será Bolsonaro e 10,8% não soube opinar.

A pesquisa foi encomendada pela Band ao Instituto HC7 Consultoria, que ouviu 2.000 eleitores entre os dias 24 e 26 de outubro. Tem nível de confiança de 95%, margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob o número BR-06490/2022.

Rejeição

A pesquisa também questionou a rejeição dos dois candidatos. Neste item, o presidente Bolsonaro aparece com 66,9%. O candidato petista tem 25,1%. Eleitores que não rejeitam nenhum dos dois somam 4,0% e 4,5% não souberam opinar.

Acusações e pouco diálogo propositivo marcam debate entre Lula e Bolsonaro

Um debate marcado pela falta do diálogo. Essa foi a tônica do último encontro entre os candidatos ao Planalto antes do segundo turno, realizado pela TV Globo, na noite de sexta (28). Por pouco mais de duas horas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) promoveram um debate com poucas propostas, com muitas referências ao passado e calcado em ataques.

Com a tensão presente na interação entre os candidatos, que qualificavam o adversário com termos que iam de mentiroso a descompensado, nem o mediador do debate, o jornalista William Bonner, conseguiu manter a paciência. Em meio ao clima bélico, Lula pode ser saído como vencedor do debate.

Bolsonaro e Lula pouco se preocuparam com os eleitores indecisos e podem ter apenas agradado suas ‘bolhas’. Com a maior parte do tempo dedicada a ataques mútuos, faltou debater propostas. E não houve nenhum grande fato novo, que poderia alterar o cenário polarizado, no qual o petista teve vantagem no primeiro turno e está melhor nas pesquisas para a eleição de domingo.

Foi um debate de surdos, com críticas mútuas e sem qualquer chance de diálogo. Um candidato perguntava e outro respondia sobre outro assunto. Bolsonaro explorou novamente os processos aos quais Lula respondeu na Justiça.

O debate foi uma troca mútua de ataques e xingamentos. Tanto um quanto outro se referiu ao adversário como mentiroso. Esse tipo de acusação, de maneira geral, não favorece o agressor, a não ser que seja acompanhado de provas.

Bolsonaro repetiu todo o seu repertório e encontrou um Lula mais preparado e na sua melhor performance em todos os debates. Lula imprimiu uma tônica de estadista. Martelou o fato de o Brasil ter se isolado do mundo. Citou os escândalos familiares de corrupção da família Bolsonaro e, no geral, enfrentou melhor os ataques de Bolsonaro.

A votação será no domingo (30), das 8h às 17 horas.