PL cria o Selo de Educação Antirracista nas escolas do São Luís

O Vereador Profº Pavão Filho apresentou Projeto de Lei nº 073 / 2023, que Cria o Selo de Educação Antirracista nas escolas do Município de São Luís, objetivando o combate ao racismo e qualquer expressão de preconceito nas unidades escolares, visando a implementação de políticas, programas e projetos que promovam a igualdade racial, criando um ambiente escolar saudável, respeitador e acolhedor para os estudantes .

Com a implantação do referido selo, as escolas estarão mais comprometidas com a educação antirracista e com a aplicação de políticas que visem banir o preconceito racial, a violência, o bulling, com o intuito principal de diminuir o afastamento dos alunos negros do ambiente escolar, por danos psicológicos e falta de segurança

O Vereador e Professor Pavão Filho repudia qualquer tipo de discriminação, principalmente a racial, pois somos todos iguais diante de Deus, ressaltando que com a implantação da educação antirracista nas escolas, será construído uma sociedade mais igualitária, justa e humana, garantindo um ambiente seguro para a comunidade escolar e as famílias dos alunos.

É importante destacar, que todos viemos da mesma origem: Adão e Eva e a mutação de cores foram derivadas da cor de Adão que foi feito do pó do barro. Portanto, ninguém pode ser distinguido em função da cor.

Fonte: Câmara Municipal de São Luís

CCJ aprova parecer a PL que institui política estadual de atenção psicossocial nas escolas

Em reunião extraordinária realizada nesta terça-feira (25), a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Assembleia Legislativa aprovou, dentre outras proposições, parecer favorável ao Projeto de Lei 191/2023, de autoria do deputado Carlos Lula (PSB), que institui a Política Estadual de Atenção Psicossocial nas Comunidades Escolares do Maranhão.

Também foram aprovados pareceres favoráveis aos Decretos Legislativos de Declaração de Situação de Calamidade Pública nos municípios de Vargem Grande, Duque Bacelar e Bacabal.

Presidida pelo deputado Carlos Lula, participaram da reunião do colegiado os deputados Fernando Braide (PSC), Yglésio Moysés (PSB) e Cláudia Coutinho (PDT).

“Esse projeto sai um pouco do viés de tentar apenas reprimir a violência. Nossa preocupação é na criação da atenção psicossocial nas escolas. O objetivo é criar condições nas unidades de ensino, sejam elas na rede pública ou privada, para que possamos fazer uma espécie de observatório da violência e avaliar, num período de quatro em quatro meses, quais aspectos conseguimos avançar. Temos que elaborar um relatório e levar à comunidade escolar, com a preocupação fundamental sobre a saúde mental dos professores, das famílias e dos alunos”, esclareceu Carlos Lula.

Segundo o deputado, a violência nas escolas não é um problema só da escola. “Na verdade, ela é um sintoma muito mais grave de uma doença que está na sociedade. Por isto, temos que envolver a família e não só alunos e professores”, defendeu.

Saúde Ocupacional

A CCJ também aprovou parecer ao Projeto de Lei 223/2023, de autoria da deputada Solange Almeida (PL), que dispõe sobre a atenção à saúde ocupacional dos profissionais de educação na rede pública de ensino do Maranhão.

Fonte: Alema

Governo do Maranhão alinha ações de combate a ameaças em escolas

O governador em exercício, Felipe Camarão, fez uma reunião com órgãos públicos e diversos segmentos da sociedade para apresentar uma linha de ação contra os ataques e ameaças em escolas da rede pública e privada. Foram sugeridas medidas estratégicas, incluindo a instituição de um comitê direcionado à segurança nas escolas e que terá uma composição heterogênea, com representantes do poder público e da sociedade civil.

Tanto a criação do comitê quanto as demais linhas sugeridas serão apresentadas ao governador Carlos Brandão na próxima semana, em seu retorno da viagem à China. Felipe Camarão ressaltou que o empenho no combate à violência no ambiente escolar foi uma determinação de Brandão, que mobilizou o Sistema de Segurança Pública e solicitou a união de forças para definição das linhas estratégicas.

“Com as ações da segurança em curso, logo os ataques vão cessar, mas o problema continuaria existindo dentro dos muros das escolas e das casas das famílias. Por isso que estamos reunidos aqui, para propor medidas emergenciais e também ações estruturais que serão apresentadas ao governador Carlos Brandão”, observou Felipe Camarão.

A partir dos pontos apresentados pelos participantes da reunião, o governador em exercício destacou a criação de um comitê específico, o atendimento psicossocial para estudantes, realização de campanha publicitária de combate à violência, aumento do efetivo da ronda escolar, reunião com gestores escolares com informação e orientações sobre os casos de violência, além da mobilização dos estudantes com atividades culturais, esportivas e uma Semana Pedagógica.

O secretário de Estado da Segurança Pública, Maurício Martins, destacou que foram reforçadas as ações já realizadas juntos às escolas, como o trabalho da ronda escolar e também do Batalhão Escolar, assim como ações direcionadas ao combate de possíveis crimes. “Foi reforçada a ronda escolar em seu efetivo para um trabalho preventivo e a Polícia Civil fazendo a parte investigativa com resultados positivos”, informou.

O promotor de Justiça e diretor da Secretaria para Assuntos Institucionais do Ministério Público, José Márcio Maia Alves, parabenizou a iniciativa do Governo do Maranhão em reunir o poder público e representantes da sociedade civil em torno de uma pauta de grande relevância.

“Parabenizo o governo e nos colocamos à disposição para trabalhar em regime de cooperação com o Estado. Eu cito como outro ponto importante as ações pedagógicas coordenadoras para criar um ambiente de alerta a situações de crise, pois é preciso capacitar os trabalhadores sobre o comportamento a ser adotado nessas situações”, observou.

Durante a reunião, a coordenadora da Diretoria de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça, coronel Claridelma Mesquita, colocou a experiência desenvolvida pelo setor à disposição da união de esforços por uma cultura de paz. “Como temos muita dessa cultura, podemos contribuir com esse processo de segurança junto com o Ministério Público, com a Polícia Militar e todo o Sistema de Segurança”, pontuou.

O presidente da União Municipal de Estudantes Secundaristas no Maranhão, Marcelo Matos, reforçou a necessidade de trazer as famílias para uma participação mais ativa na vida escolar dos estudantes para o combate à violência. “Temos que melhorar a segurança nas nossas escolas, mas como já foi dito aqui, temos que trazer os pais. As revistas têm que ser feitas dentro de casa, não podemos deixar apenas o poder público ou as entidades civis, os pais precisam participar desse engajamento”, comentou.

A reunião foi realizada no Salão de Atos do Palácio dos Leões e contou com a presença da vice-presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas no Maranhão, a estudante Juliana Barbosa; da representante da Central Estudantil, Denise Duarte; da presidente do Conselho Estadual de Educação, Soraia Raquel Silva; da subsecretária de Estado da Saúde, Liliane Neves; do secretário de Articulação Política, Rubens Pereira; da secretária adjunta de Estado da Educação, Nádya Dutra; do subsecretário de Estado da Educação, Anderson Lindoso; do secretário adjunto de Educação Profissional da Seduc, Delmar Matias; do subsecretário de Estado da Cultura, Yuri Arruda; do promotor de Justiça e diretor da Secretaria para Assuntos Institucionais do Ministério Público, José Márcio Maia Alves; do secretário de Estado da Segurança Pública, Maurício Martins; do delegado geral da Polícia Civil, Jair Paiva; do subcomandante-geral da Polícia Militar, coronel Aritanã Lisboa; da comandante do Batalhão Escolar, Josmara Rocha Aguiar; da diretora geral do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, Criciele Muniz; do secretário adjunto de Estado da Juventude, Tiago Prado; da secretária adjunta de Direitos Humanos da Secretaria de Estado da Juventude, Elaine Cutrim; e diretor geral da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão, Miltinho Aragão; e do presidente do Sindicato das Escolas Particulares, Paulo Pereira.

Também estiveram presentes os deputados estaduais Francisco Nagib, Rildo Amaral, Carlos Lula, Solange Almeida, Zé Inácio e Janaína Ramos; os prefeitos Dr. Erivelton Pereira (Carolina), Luizinho da Amovelar (Coroatá), Toca Serra (Pedro do Rosário); e o vereador Lucivaldo Barros, presidente da Câmara Municipal de Pedro do Rosário.

Fonte: Agência de Notícias do Maranhão

Ministério da Justiça obriga retirar conteúdo com apologia à violência de redes sociais

Uma portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública estabeleceu as medidas administrativas a serem adotadas para prevenir a disseminação de conteúdos ilícitos, prejudiciais ou danosos em plataformas de redes sociais.

texto publicado hoje (13) no Diário Oficial da União prevê que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) instaure processo administrativo para apurar e responsabilizar as plataformas diante da propagação de conteúdos que incentivem ataques contra o ambiente escolar ou que façam apologia e incitação a esses crimes e seus perpetradores.

Ainda de acordo com a publicação, a Senacon deverá requisitar às plataformas um relatório sobre as medidas tomadas para fins de monitoramento, limitação e restrição de conteúdos, incluindo o desenvolvimento de protocolos para situações de crise.

“A Senacon, no âmbito de processo administrativo, deverá requisitar que as plataformas de redes sociais avaliem e tomem medidas de mitigação relativas aos riscos sistêmicos decorrentes do funcionamento dos seus serviços e sistemas relacionados, incluindo os sistemas algorítmicos.”

A avaliação de riscos sistêmicos, segundo a portaria, deverá considerar efeitos negativos, reais ou previsíveis, da propagação de conteúdos ilícitos, sobretudo o risco de acesso de crianças e adolescentes a conteúdos inapropriados para a idade; e o risco de propagação e viralização de conteúdos e perfis que exibam extremismo violento.

A Senacon deverá ainda requisitar às plataformas relatório que considere como os seguintes fatores influenciam riscos sistêmicos: a concepção de sistemas de recomendação e de qualquer outro sistema algorítmico pertinente; sistemas de moderação de conteúdos; termos e políticas de uso; influência da manipulação maliciosa e intencional no serviço, incluindo a utilização inautêntica ou da exploração automatizada do serviço.

Já a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) deverá coordenar o compartilhamento, entre plataformas de redes sociais e autoridades competentes, de dados que permitam a identificação do usuário ou do terminal da conexão que disponibilizou o conteúdo.

Por fim, a portaria prevê que a Senasp oriente as plataformas para impedir a criação de novos perfis a partir de endereços de protocolo de internet (endereço IP) em que já foram detectadas atividades ilegais, danosas e perigosas referentes a conteúdos de extremismo violento.

“A Senasp deverá instituir banco de dados de conteúdos ilegais, nos termos desta portaria, para fins de compartilhamento entre as plataformas de redes sociais, com o objetivo de facilitar a identificação pelos sistemas automatizados.”

Esse banco de dados poderá conter imagens, links e outros conteúdos ilegais, aos quais poderá ser atribuído hash (criptografia) exclusivo, entre outros recursos que os identifiquem e auxiliem na limitação da circulação de postagens nas plataformas de redes sociais.

“Na ocorrência de circunstâncias extraordinárias que conduzam a uma grave ameaça à segurança pública objetivamente demonstrada, o Ministério da Justiça e Segurança Pública poderá determinar a adoção de protocolos de crise, a serem observados pelas plataformas de redes sociais com medidas proporcionais e razoáveis.”

A portaria prevê também que as plataformas indiquem um representante responsável pela comunicação direta, inclusive por via eletrônica, com autoridades policiais e judiciárias da União e dos estados, apto a tomar decisões para mitigar a chamada situação de crise.

“As sanções para o não cumprimento das obrigações previstas nesta portaria se darão no âmbito de procedimento administrativo ou judicial, de acordo com as atribuições dos órgãos competentes.”

Escolas

Denúncias sobre ameaças de ataques a escolas podem ser comunicadas a um canal criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com SaferNet Brasil. As informações enviadas ao Escola Segura serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.

Acesse o site para fazer uma denúncia. Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.

Fonte: Agência Brasil

Comissão de Educação abre debates sobre violência, ameaças e ataques a escolas

Os parlamentares integrantes da Comissão de Educação, Desporto, Ciência e Tecnologia reuniram-se, na manhã desta quarta-feira (12), na Sala das Comissões da Assembleia Legislativa do Maranhão, para iniciar discussões sobre casos de violência, ameaças e ataques às escolas, que estão ocorrendo em várias regiões do país, agora com repercussões também em diversos municípios maranhenses.

Ao abrir a reunião, o presidente da Comissão de Educação, deputado Ricardo Arruda (MDB), disse que “é indispensável que esta nossa Assembleia faça com urgência o debate desse tema que agora tanto angustia a nossa sociedade, e, sobretudo, os estudantes, professores e pais de alunos”.

Além do presidente, Ricardo Arruda, e do vice-presidente, Leandro Bello (Podemos), a reunião da Comissão de Educação contou com presença dos deputados Carlos Lula (PSB), Janaína Ramos (Republicanos), Júlio Mendonça (PCdoB), Aluízio Santos (PL), Zé Inácio (PT) e Hemetério Weba (PP).

Após discussões preliminares, ficou acertado, ao final da reunião, que a Comissão de Educação realizará, na próxima semana, uma ampla reunião para tratar sobre o tema, com representantes da sociedade civil e dos poderes públicos.

“A ideia é reunir aqui nesta Casa todos os atores envolvidos: pais de alunos, representantes dos professores, Ministério Público, Secretarias de Educação, de Saúde, de Direitos Humanos, de Segurança Pública do Estado e outros órgãos que possam contribuir para o encaminhamento de soluções para o problema”, afirmou o deputado Leandro Bello.

Complexa

De acordo com o entendimento do deputado Carlos Lula, a violência nas escolas é provocada por uma série de fatores que refletem uma realidade muito complexa, envolvendo questões sociais, econômicas, emocionais e psicológicas.

Neste contexto, ele considera que a Assembleia Legislativa do Maranhão dá o primeiro passo na tentativa de mudar o quadro de insegurança, inclusive com projetos de lei que buscam garantir acompanhamento aos estudantes a partir de um programa de prevenção psíquica.

A deputada Janaína Ramos alerta que os pais devem fazer parte da solução com mais presença na vida escolar dos filhos, e o caminho para diminuir os episódios de violência também inclui a preparação continuada dos professores, para que possam identificar sinais de fragilidade emocional dos alunos e encaminhar o caso a profissionais especializados, como psicólogos, psicopedadogos, assistentes sociais e os próprios orientadores educacionais, que deverão fazer trabalho preventivo.

Sugestão

Os deputados Zé Inácio, Aluizio Santos e Hemetério Weba sugeriram que a Comissão de Educação faça amplo debate sobre o assunto. O tema ganhou repercussão nacional após uma série de ataques a escolas desde o último mês de março.

Os parlamentares lamentaram casos como o ocorrido, na semana passada, quando um homem invadiu uma creche na cidade de Blumenau (SC), matou quatro crianças e feriu outras quatro.

“Uma violência descabida, extrema e doentia. Quero externar solidariedade, amizade, carinho, respeito e orações para as famílias das crianças e para toda a aquela comunidade escolar. O que estamos vendo é uma violência descabida contra as escolas. Não é uma violência nas escolas, é contra as escolas. A promoção da cultura da paz é essencial”, enfatizou o deputado Hemetério Weba.

Presidente da Comissão de Educação, Ricardo Arruda, disse que debate sobre o tema é indispensável

Fonte: Alema

Dino exige de redes sociais retirada de mensagens de ameaça a escolas

O governo federal vai exigir que plataformas criem canais abertos e ágeis para atender solicitações das autoridades policiais sobre conteúdos com apologia à violência e ameaças a escolas nas redes sociais, como a retirada desses perfis, informou nesta segunda-feira (10) o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

O ministro cobrou ainda monitoramento ativo das plataformas em relação a ameaças. As plataformas serão notificadas formalmente nesta semana sobre os perfis e conteúdos suspeitos identificados pela pasta da Justiça em conjunto com as polícias dos estados.

Quem descumprir a notificação poderá sofrer sanções, como ser alvo de investigação da Polícia Federal e de medidas determinadas pelos ministérios públicos.

“Estamos vendo pânico sendo instalado no seio das escolas e das famílias e não identificamos ainda a proporcionalidade de reação das plataformas com essa epidemia de violência que ameaçam nossas escolas nesse momento”, disse em entrevista à imprensa. “Deixei claro na reunião que, se a notificação não for atendida, vamos tomar as providências policiais e judiciais contra as plataformas. Obviamente, não desejamos isso. Desejamos que as plataformas nos ajudem.”

O ministro reuniu-se hoje com representantes das empresas Meta, Kwai, Tik tok, Twitter, YouTube, Google e WhatsApp para debater ações de prevenção à violência nas escolas e evitar ataques como o ocorrido em uma creche em Blumenau, Santa Catarina, na semana passada, que levou à morte de quatro crianças e deixou várias feridas.

Até o momento, o ministério identificou mais de 511 perfis com divulgação de conteúdo violento contra escolas, identificados nos dias 8 e 9 de abril, somente no Twitter.

De acordo com o ministro, para não retirar o conteúdo e os perfis, as empresas argumentam respeito aos termos de uso e liberdade de expressão. Dino citou um caso em que foi solicitada a retirada de perfis com nome e fotos de homicidas. A plataforma alegou que somente pode derrubar se o perfil postar alguma mensagem de apologia à violência.

O ministro ressaltou que os termos de uso “não se sobrepõem à Constituição, à lei, não são maiores que a vida das crianças e adolescentes brasileiros”.

“Estamos em uma fronteira em que oportunistas vão ensaiar o argumento falso de que nós estamos tentando, de algum modo, limitar a chamada liberdade de expressão. Liberdade de expressão não existe para veicular imagens de adolescentes mutilados. Não existe liberdade de expressão para quem está espalhando pânico e ameaças contra escolas. Não existe liberdade de expressão para quem quer matar crianças nas escolas. Não há termo de uso que consiga, juridicamente, servir de escudo para quem quer se comportar de maneira irresponsável”, afirmou.

Sobre o funcionamento do algoritmo das redes e o fato de recomendarem a visualização de conteúdos violentos, o ministro ressaltou que as plataformas devem ser responsabilizadas por esse tipo de recomendação. “Não estamos dizendo que as plataformas de tecnologia são as únicas responsáveis pelo discurso de ódio nas escolas. Sabemos que há múltiplas determinações. Porém, não há dúvida de que, no modo como a sociedade contemporânea se estrutura, um nó fundamental, um elo fundamental na cadeia da violência nas escolas está exatamente na propagação desse discurso por intermédio dessas postagens”, disse.

O Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça, registrou grande circulação, no Brasil e no exterior, de mensagens com conteúdo de violência referente ao dia 20 de abril. Na entrevista, Flávio Dino descartou risco de ataques na data e ressaltou que a pasta faz monitoramento diário.

“Não há nenhuma razão, neste momento, para pânico. O que há é necessidade de fortalecimentos dos mecanismos institucionais e é decisivo o comportamento das plataformas de tecnologia para que possamos ter uma prevenção geral”, disse. No dia 20 de abril de 1999, ocorreu o massacre na escola Columbine, nos Estados Unidos.

Outro lado

A Agência Brasil entrou em contato com as assessorias da Meta (Instagram e o Facebook) e do Google (que controla o YouTube), mas ainda não recebeu manifestação.

A reportagem busca também contato com representantes do Tik Tok e do Twitter. O último não tem mais assessoria de comunicação no Brasil.

Fonte: Agência Brasi

Ameaças de massacres nas escolas repercutem na Câmara de São Luís

O mais recente ataque a uma creche que deixou quatro crianças mortas e outras quatro feridas, em Blumenau (SC), na última quarta-feira (5), sensibilizou vereadores na manhã desta segunda-feira (10), na Câmara Municipal de São Luís. Vários parlamentares se solidarizaram com as famílias e pediram mais políticas públicas que reduzam a violência nas escolas.

Primeiro a se manifestar, o vereador Gutemberg Araújo (PSC) lamentou o episódio e citou casos de ameaças que também ocorreram na capital maranhense na semana passada. Segundo o parlamentar, a situação vem causando pânico na sociedade.

“A ameaça dos massacres escolares tem levado pânico para a cidade de São Luís, quando a gente verifica que, na semana passada, três unidades de ensino, duas privadas e uma pública, suspenderam suas aulas por ameaça de massacre nas escolas”, disse.

Em seu pronunciamento, o Dr. Gutemberg pediu a união de todos para buscar uma solução visando minimizar ou evitar esse tipo de ação nefasta que vem acontecendo em todo o país. Além disso, o vereador levou ao plenário da Casa dados que afetam outro país: os Estados Unidos, que sofrem com a mesma problemática.

“Hoje vejo que [São José de] Ribamar também suspendeu as aulas na rede municipal com as mesmas suspeitas. Então, entendo que isso é de uma gravidade tão grande, que precisamos juntar nossas forças para buscar um norte visando minimizar ou evitar esse tipo de ação nefasta que vem acontecendo em todo o país que teve como modelo negativo, o que aconteceu em Blumenau, quando foi invadida uma creche que culminou com a morte de quatro crianças”, afirmou.

“Quando a gente faz uma avaliação, parece com atos que ocorrem nos Estados Unidos, que tem empregado quantias bilionárias para tentar conter ou minimizar esses ataques e massacres escolares. Ano passado, por exemplo, foram US$ 3,1 bilhões – equivalentes a R$ 15 milhões – para o sistema de violência e de proteção. O país já sofreu 377 massacres, sendo 47 ataques só em 2022”, completou.

Ao encerrar o discurso, Dr. Gutemberg destacou que não há evidências científicas de que todo aparato militar, por preços estratosféricos, possa impedir os massacres nas escolas, mas lembrou de que são medidas positivas, pois são ações emergenciais que dão segurança aos pais e aos estudantes.

“O que a gente pode concluir diante de tudo isso? É que não há evidências científicas de que todo esse aparato militar nos Estados Unidos, por preços estratosféricos e que vem sendo adotado também no Brasil, possa impedir os massacres nas escolas. A gente entende que são medidas positivas porque são medidas emergenciais que precisam dar segurança aos pais e aos estudantes”, concluiu.

Pais estão sem paz

Em seu discurso, o Dr. Gutemberg lembrou que muitos responsáveis por alunos não têm mais paz em mandar seus filhos para as escolas. Ele pediu a união de todos os vereadores para buscar soluções no âmbito da capital maranhense.

“Fica o alerta e essas reflexões. O que eu peço é que todos os vereadores se juntem a essa causa, pois todos nós, sobretudo, aqueles que têm filhos nas escolas, hoje não têm mais paz para mandar seus filhos para as unidades de ensino”, destacou.

Bullying como causa

Após o pronunciamento, muitos vereadores se manifestaram para tratar do assunto. Na opinião de Marcelo Poeta (PCdoB), a discussão precisa ser muito mais ampliada e apontou o bullying como possíveis causas para o problema.

“É necessário que seja feito um estudo sobre o tema, mas o que a gente percebe é que a grande maioria dos casos tem origem no bullying, homofobia, racismo e intolerância. É isso que temos que combater”, frisou.

Suspensão sem solução

Marcial Lima (Podemos) demonstrou preocupação com a possível suspensão das aulas sem que venha ocorrer medidas para solucionar o problema. “O que não pode acontecer é as autoridades de ensino suspender as aulas e não tomar medidas para o problema”, informou.

Durante o debate, Antônio Garcez (Agir) levou ao plenário o caso de um professor que foi transferido de uma determinada escola por ameaça de um pai de aluno. O caso, segundo o parlamentar, foi revelado durante uma audiência com o próprio docente na Secretaria Municipal de Educação (Semed). “O caso é sério e precisa ser debatido”, pontuou.

Combate ao bullying

Por fim, Nato Júnior (PDT) se manifestou sobre o tema, apontando algumas medidas aprovadas pela Casa. Uma delas, segundo ele, é uma lei de autoria do ex-vereador Nato – seu pai – que determina o combate ao bullying nas escolas. “Infelizmente até hoje essa regra não vem sendo cumprida na capital maranhense”, alertou.

Fonte: Câmara Municipal de São Luís

Ronda escolar da PM será intensificada nas escolas, diz Felipe Camarão

O secretário de Estado de Educação e vice-governador, Felipe Camarão (PT) anunciou reforço no sistema de segurança nas escolas públicas do Maranhão.

A medida ocorre depois de uma barbárie ter sido registrada em escola de Blumenau, que resultou em quatro crianças mortas e na apreensão de um adolescente que planejava ataque a uma escola pública de São Luís.

De acordo com Felipe Camarão, a inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) está monitorando possíveis ameaças.

“No Maranhão, por determinação do governador Carlos Brandão, a ronda escolar da PM será intensificada e a inteligência da secretaria de segurança pública está agindo e monitorando qualquer tipo de ameaça às nossas escolas. Com isso não se brinca, fica o alerta. Que a paz reine!”, escreveu em seu perfil no twitter.